Estatuto de carreira tem perfil "salazarista"
0 Comments Published by . on quinta-feira, junho 01, 2006 at 3:39 da tarde.
O novo estatuto da carreira docente, que o Governo pretende aplicar em Outubro, é rotulado de "salazarista" pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE). Além disso, a data em que surgiu a proposta é considerada totalmente "inoportuna" e até "premeditada", tendo em conta as férias grandes que se aproximam.
"É um espírito castrador que subjaz a este estatuto salazarista. Aliás, têm sido tomadas atitudes constantes de punição e ameaça contra os professores", refere Júlia Azevedo, presidente do SIPE, estrutura com 4500 associados. A participação dos pais dos alunos na classificação dos professores é considerada com "um factor de constrangimento" pelo SIPE.
Quanto à divisão da carreira em dois patamares, o SIPE critica o facto de grande parte da carreira ser passada no patamar mais baixo ("professor"), uma vez que para se chegar a "professor titular" é necessário ter 18 anos de profissão com a classificação de bom. "Este é o requisito mínimo (classificação de 'bom'), mas o professor também vai precisar 97% do serviço lectivo cumprido, o que não é nada fácil se tivermos em conta que a maioria dos profissionais são mulheres (partos, acompanhamento na doença dos filhos, entre outros aspectos) e que uma simples gripe pode pôr em causa a evolução na carreira", refere Júlia Azevedo.
Outro aspecto criticado pelo SIPE tem a ver com a aparente desvalorização de toda formação inicial (licenciatura) e estágio de um ano que o candidato a professor tem de fazer. Depois, ingressa na carreira como contratado, estatuto que pode prolongar-se por uma década. "Quando consegue lugar no quadro, vai novamente ser avaliado, entrando no tal período probatório. Se não se tiver avaliação de 'bom', é-se exonerado", diz Júlia Azevedo.
O SIPE ainda tem esperança que o Governo altere o projecto de estatuto. "Vamos apresentar contra-propostas e tentar constituir uma frente de trabalho com todos os sindicatos".
"É um espírito castrador que subjaz a este estatuto salazarista. Aliás, têm sido tomadas atitudes constantes de punição e ameaça contra os professores", refere Júlia Azevedo, presidente do SIPE, estrutura com 4500 associados. A participação dos pais dos alunos na classificação dos professores é considerada com "um factor de constrangimento" pelo SIPE.
Quanto à divisão da carreira em dois patamares, o SIPE critica o facto de grande parte da carreira ser passada no patamar mais baixo ("professor"), uma vez que para se chegar a "professor titular" é necessário ter 18 anos de profissão com a classificação de bom. "Este é o requisito mínimo (classificação de 'bom'), mas o professor também vai precisar 97% do serviço lectivo cumprido, o que não é nada fácil se tivermos em conta que a maioria dos profissionais são mulheres (partos, acompanhamento na doença dos filhos, entre outros aspectos) e que uma simples gripe pode pôr em causa a evolução na carreira", refere Júlia Azevedo.
Outro aspecto criticado pelo SIPE tem a ver com a aparente desvalorização de toda formação inicial (licenciatura) e estágio de um ano que o candidato a professor tem de fazer. Depois, ingressa na carreira como contratado, estatuto que pode prolongar-se por uma década. "Quando consegue lugar no quadro, vai novamente ser avaliado, entrando no tal período probatório. Se não se tiver avaliação de 'bom', é-se exonerado", diz Júlia Azevedo.
O SIPE ainda tem esperança que o Governo altere o projecto de estatuto. "Vamos apresentar contra-propostas e tentar constituir uma frente de trabalho com todos os sindicatos".
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