Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Guardas na reforma previnem crime escolar

Um posto da GNR a fingir para casos a sério. Num pequeno gabinete da Escola Secundária Dr. Francisco Sanches, em Braga, o ex- agente da Brigada de Trânsito, Augusto Branco, faz as participações das ocorrências, registando roubos, agressões ou insultos entre alunos e, sobretudo, de "crimes" praticados por visitantes indesejados. São os guardas escolares, recrutados da reserva ou da reforma para travarem a insegurança nos estabelecimentos de ensino.
No distrito bracarense, num trabalho na maior parte das vezes confundido com o projecto Escola Segura, movem-se 15 guardas de segurança específica, 11 dos quais em escolas do concelho bracarense. De acordo com o responsável em matéria securitária do Centro de Área Educativa, Jorge Lage, os "agentes" escolares, vindos da GNR, PSP e até do Exército, foram chamados, ao abrigo de um programa nacional, para trabalhar nos pontos considerados mais complicados, onde "têm feito um trabalho meritório na mediação de conflitos".
Quem vê Augusto Branco em acção percebe melhor a sua missão diária, desde que há oito anos se reformou, após 28 como agente da autoridade. Por todos os cantos da escola, é cumprimentado e abraçado por alunos. "Falo muito com eles. Conheço-os a todos. Só é mais difícil quando chegam alunos de outras escolas, vêm mais rebeldes", explica.
A Francisco Sanches é uma escola "com muito trabalho", admite, contabilizando 140 participações desde o início do ano lectivo. Ali, trabalha em conjunto com o guarda Carvalho, sendo a única escola com dois elementos, devido a uma localização "problemática", perto de vários bairros sociais. As situações mais graves são encaminhadas para as entidades de segurança, sempre que se impõe, como aconteceu, recentemente, com o furto de sete telemóveis dos balneários.
"Fiz as minhas averiguações e descobri que tinha sido uma antiga aluna, conjuntamente com outra rapariga", conta. O incidente está a ser tratado criminalmente na PSP de Braga. Garante o presidente do Conselho Executivo que o trabalho dos guardas escolares é imprescindível. "Eles têm técnicas e descobrem tudo. Ninguém lhes consegue mentir", conta Jorge Amado.
Apesar de, como os outros, não ter vínculo à escola e receber uma espécie de "gratificação" do Ministério da Educação, Augusto Branco, que até já foi comandante de um posto, adaptou-se bem à juventude e aos seus dilemas. "Gosto do que faço. Trabalho como se fosse um posto da GNR normal".
O seu trabalho, salvaguarda, é também preventivo ou de aconselhamento. Nunca recorreu à violência. Um dos truques para os mais velhos, por exemplo, é incutir-lhes a responsabilidade de olhar pelos mais novos. Volta e meio, um "pequenote" bate-lhe à porta a pedir ajuda. "Não deixo que batam nos mais fracos".
Segundo o responsável do CAE, o papel dos agentes, que não devem ser confundidos com os guardas nocturnos e diurnos, tem sido essencial. Com uma habilidade ímpar no trato com jovens e adolescentes rebeldes, vão conseguindo suster o "bullying" e a criminalidade crescente que chega às escolas vinda do exterior.

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