Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Professores suspeitam que nem todas as vagas foram a concurso

Há professores que se queixam de que poderiam ter ficado em melhor posição, se todas as vagas disponíveis tivessem estado a concurso. Alegam que havia lugares vagos nalgumas escolas, mas não foram disponibilizados pela Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE), o organismo do Ministério da Educação responsável pelo processo.
As listas de colocação foram conhecidas no início do mês. Ficaram de foram dos quadros, nesta fase, mais de 60 mil docentes; e outros 40 mil não conseguiram mudar de escola. Desde então que há professores, colocados e não colocados, que fazem escrutínios às listas para perceber se alguma coisa não correu bem.
E alguns chegaram à conclusão de que terá havido erros e já apresentaram queixas à Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e à Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE). O Partido Os Verdes divulgou ontem, em comunicado, um conjunto de denúncias de professores que apontam o mesmo erro.
A Fenprof já recebeu várias queixas que vão no mesmo sentido, informa a dirigente Anabela Delgado. A federação quer analisar "com cuidado" as reclamações. A FNE também e já comunicou à DGRHE. Segundo o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, a DGRHE considera que essas vagas podem ser de professores que estavam em escolas que foram extintas; lugares de docentes que estavam em regime de destacamento e regressaram à escola de origem ou "pode ser um erro por parte dos conselhos executivos ou da administração". A todos os candidatos, a direcção-geral recomenda que façam recursos hierárquicos, acrescenta.
Segundo o comunicado de Os Verdes, haverá mais de mil vagas que não foram recuperadas, ou seja, em várias escolas saíram professores e os lugares vazios não foram contemplados no concurso.
Na Internet, em pelo menos dois sites - www.educare.pt e www.saladosprofessores.com - os docentes comentam "o caso das vagas desaparecidas" e contestam o concurso.
Um professor de Educação Física examinou as listas e verificou que no grupo a que pertence, o 620, não foram recuperados 79 lugares, contou ao PÚBLICO. Prefere não ser identificado porque vai fazer uma reclamação à tutela.

"Efeito dominó"
Outro professor fez as contas às vagas para Informática (550) e contabilizou 43 lugares de quadros de zona pedagógica que não foram a concurso.
O docente de Educação Física começou a suspeitar que algo não estava bem quando ficou vago um lugar na escola onde está actualmente a leccionar e esse não apareceu no concurso. Cabe aos conselhos executivos identificar esses lugares e informar a DGRHE.
Para estes candidatos, trata-se de um erro técnico que tem "efeito dominó", ou seja, se as vagas que deveriam estar a concurso não estão, os professores foram mal colocados na lista. "No que me diz respeito, em virtude de várias vagas de escola e de quadro de zona pedagógica a que concorri não terem sido consideradas pelo sistema, parece-me que a minha colocação neste momento é questionável", diz o docente de Educação Física.
Contactado pelo PÚBLICO, o Ministério da Educação não comenta.

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