Giz pode causar elevada concentração de partículas nas escolas
1 Comments Published by . on terça-feira, junho 06, 2006 at 12:09 da manhã.
O giz usado para escrever nos quadros das escolas poderá ser o responsável por elevadas concentrações de partículas detectadas na atmosfera do interior dos edifícios, revelam resultados preliminares de um estudo a decorrer em Viseu.
O projecto «Saudar - A saúde e o ar que respiramos», elaborado pelas universidades de Aveiro e Nova de Lisboa e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, teve início em Abril de 2004 e só deverá estar concluído em 2008.
No entanto, os responsáveis do «Saudar» avançaram já hoje, Dia Mundial do Ambiente, alguns resultados, conseguidos no âmbito da primeira campanha experimental do projecto, desenvolvida em Janeiro deste ano.
Segundo Carlos Borrego, da Universidade de Aveiro, nesta campanha foi possível verificar que «não há poluição significativa» em Viseu, excepto no que respeita às partículas, tendo sido encontrados «alguns indícios quer de concentrações elevadas no exterior, quer no interior da escolas».
Participam no estudo quatro escolas de Viseu, duas situadas na zona urbana (Marzovelos e Massorim) e outras duas em zonas mais periféricas (Jugueiros e Ranhados).
No interior das escolas «as partículas são em concentrações três a quatro vezes superiores às do exterior», afirmou Carlos Borrego, esclarecendo que esta «não é com certeza poluição que vem de fora, é sim poluição no interior da própria escola».
Por outro lado, acrescentou, os próprios alunos ao levarem as suas mochilas e pastas para o interior da sala levam consigo «determinado tipo de partículas que são depois levantadas».
«Isto significa que haverá com certeza cuidados adicionais a ter no interior das salas de aulas e a segunda campanha já está orientada para aí», sublinhou.
Na próxima campanha, a desenvolver durante este mês, vai haver «uma sala de aulas com quadro de giz e uma outra onde se vão usar marcadores», sendo previamente medidos «os compostos orgânicos voláteis que esses marcadores têm».
No que respeita ao exterior, os resultados preliminares do «Saudar» revelam que «o ar de Viseu está bom e recomenda-se, não há problemas de poluição atmosférica», mas existe «uma concentração relativamente elevada de partículas na atmosfera, que às vezes ultrapassa os limites da legislação no Inverno», adiantou Carlos Borrego.
Para já, os responsáveis do projecto consideram que tal poderá estar relacionado com a queima da lenha nas lareiras das casas, uma vez que os valores excessivos foram encontrados entre as 18:00 e as 02:00.
«Foi numa altura em que o tráfego automóvel não era significativo, portanto não podia ser disso», explicou o responsável do projecto.
Na campanha experimental de Junho serão tomados «cuidados adicionais para verificar se é, ou não, uma situação apenas pontual e que merecerá, numa futura campanha feita com a população de Viseu, uma indicação de qual a melhor maneira de ter as suas lareiras em casa para se poderem aquecer», acrescentou.
O estudo escolheu um grupo de risco, crianças entre os sete e os nove anos de idade, para, pela primeira vez em Portugal, fazer um trabalho que permita estabelecer uma ligação entre a saúde e a qualidade do ar.
Carlos Borrego adiantou que as análises já realizadas demonstraram que a prevalência de asma nas 805 crianças das quatro escolas de Viseu «é equivalente àquilo que sucede em todo Portugal: cerca de 11% são asmáticas».
«O que nos permite partir de uma situação de referência que é interessante para daqui a dez anos verificarmos como é que as coisas evoluíram», referiu.
Viseu foi escolhido em Abril de 2005 de entre dez cidades do interior do país para acolher o projecto «Saudar» por não ser poluída, uma vez que o objectivo era encontrar «um sítio de referência onde a situação fosse suficientemente clara para não ser mascarada com outro tipo de poluição».
O projecto «Saudar - A saúde e o ar que respiramos», elaborado pelas universidades de Aveiro e Nova de Lisboa e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, teve início em Abril de 2004 e só deverá estar concluído em 2008.
No entanto, os responsáveis do «Saudar» avançaram já hoje, Dia Mundial do Ambiente, alguns resultados, conseguidos no âmbito da primeira campanha experimental do projecto, desenvolvida em Janeiro deste ano.
Segundo Carlos Borrego, da Universidade de Aveiro, nesta campanha foi possível verificar que «não há poluição significativa» em Viseu, excepto no que respeita às partículas, tendo sido encontrados «alguns indícios quer de concentrações elevadas no exterior, quer no interior da escolas».
Participam no estudo quatro escolas de Viseu, duas situadas na zona urbana (Marzovelos e Massorim) e outras duas em zonas mais periféricas (Jugueiros e Ranhados).
No interior das escolas «as partículas são em concentrações três a quatro vezes superiores às do exterior», afirmou Carlos Borrego, esclarecendo que esta «não é com certeza poluição que vem de fora, é sim poluição no interior da própria escola».
Por outro lado, acrescentou, os próprios alunos ao levarem as suas mochilas e pastas para o interior da sala levam consigo «determinado tipo de partículas que são depois levantadas».
«Isto significa que haverá com certeza cuidados adicionais a ter no interior das salas de aulas e a segunda campanha já está orientada para aí», sublinhou.
Na próxima campanha, a desenvolver durante este mês, vai haver «uma sala de aulas com quadro de giz e uma outra onde se vão usar marcadores», sendo previamente medidos «os compostos orgânicos voláteis que esses marcadores têm».
No que respeita ao exterior, os resultados preliminares do «Saudar» revelam que «o ar de Viseu está bom e recomenda-se, não há problemas de poluição atmosférica», mas existe «uma concentração relativamente elevada de partículas na atmosfera, que às vezes ultrapassa os limites da legislação no Inverno», adiantou Carlos Borrego.
Para já, os responsáveis do projecto consideram que tal poderá estar relacionado com a queima da lenha nas lareiras das casas, uma vez que os valores excessivos foram encontrados entre as 18:00 e as 02:00.
«Foi numa altura em que o tráfego automóvel não era significativo, portanto não podia ser disso», explicou o responsável do projecto.
Na campanha experimental de Junho serão tomados «cuidados adicionais para verificar se é, ou não, uma situação apenas pontual e que merecerá, numa futura campanha feita com a população de Viseu, uma indicação de qual a melhor maneira de ter as suas lareiras em casa para se poderem aquecer», acrescentou.
O estudo escolheu um grupo de risco, crianças entre os sete e os nove anos de idade, para, pela primeira vez em Portugal, fazer um trabalho que permita estabelecer uma ligação entre a saúde e a qualidade do ar.
Carlos Borrego adiantou que as análises já realizadas demonstraram que a prevalência de asma nas 805 crianças das quatro escolas de Viseu «é equivalente àquilo que sucede em todo Portugal: cerca de 11% são asmáticas».
«O que nos permite partir de uma situação de referência que é interessante para daqui a dez anos verificarmos como é que as coisas evoluíram», referiu.
Viseu foi escolhido em Abril de 2005 de entre dez cidades do interior do país para acolher o projecto «Saudar» por não ser poluída, uma vez que o objectivo era encontrar «um sítio de referência onde a situação fosse suficientemente clara para não ser mascarada com outro tipo de poluição».
i muito interessante, pois nem eu sabia que o giz tinhas essas particulas...aprendi um pouco de tudo...xeruh'