FENPROF pede demissão da ministra da Educação
0 Comments Published by . on sexta-feira, junho 02, 2006 at 5:02 da manhã.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) pediu ontem a demissão da ministra da Educação e anunciou a realização de uma greve nacional para o dia 14, nove dias antes do fim do ano lectivo. Nessa mesma data, aquela estrutura sindical irá realizar um plenário - há 70 mil associados em todo o país -, logo seguido de uma manifestação em Lisboa.
O Ministério da Educação recusou-se a comentar o pedido de demissão da ministra, assegurando apenas que a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues vai manter-se no cargo. "A ministra continua determinada a aplicar o programa e, portanto, não irá demitir-se antes de estar terminado o trabalho do Governo nesta área", disse o adjunto de Maria de Lurdes Rodrigues.
António Avelãs, membro do secretariado nacional da Fenprof, justificou a posição daquela estrutura sindical com as sucessivas intervenções, "de uma agressividade insustentável", por parte da ministra da Educação relativamente aos professores. No dia 29 de Maio, no Fórum da Maia, como noticiou o JN, Maria de Lurdes Rodrigues desferiu um violento ataque, culpando basicamente os professores pelo grau de insucesso escolar.
Coincidência ou não, o secretário de Estado adjunto da ministra apresentou, naquele mesmo dia, o projecto que visa reestruturar a carreira docente. António Avelãs reiterou, ao JN, a discordância absoluta da Fenprof relativamente ao projecto. "Cerca de dois terços dos professores com menos de 18 anos de carreira (tempo exigido para subir ao patamar seguinte) não terão no futuro acesso à categoria de professor titular". O Governo quer dividir a carreira em dois patamares (professor e professor titular). Ou seja, os cerca de 100 mil ou mais docentes com menos de 18 anos de carreira irão ficar "bloqueados" na sua progressão quando atingirem aquele tempo de serviço. Porquê? Por simples falta de vaga devido contingentação de "titulares" (um terço dos docentes por escola).
António Avelãs acusa o Ministério de não ter cumprido a promessa de entregar em Fevereiro a proposta de alteração da carreira, fazendo-o apenas no final de Maio. "A ministra sabia que esta altura é de exames e paragem lectiva. Vai querer arrumar tudo num mês (entre Setembro e Outubro)? Isto não é sério", argumenta o responsável da Fenprof. "Se esta proposta passar, e eu não acredito que isso aconteça, as candidaturas só serão possíveis lá para Janeiro. E depois vamos estar parados durante anos devido ao acumular de candidaturas e exames para progressão na carreira", afirma António Avelãs.
A Federação queixa-se de a actual equipa ministerial ter contribuído para criar um ambiente de grande hostilidade relativamente aos professores. "Não é possível trabalhar nas escolas portuguesas quando se é tão mal tratado", sublinha.
O Ministério da Educação recusou-se a comentar o pedido de demissão da ministra, assegurando apenas que a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues vai manter-se no cargo. "A ministra continua determinada a aplicar o programa e, portanto, não irá demitir-se antes de estar terminado o trabalho do Governo nesta área", disse o adjunto de Maria de Lurdes Rodrigues.
António Avelãs, membro do secretariado nacional da Fenprof, justificou a posição daquela estrutura sindical com as sucessivas intervenções, "de uma agressividade insustentável", por parte da ministra da Educação relativamente aos professores. No dia 29 de Maio, no Fórum da Maia, como noticiou o JN, Maria de Lurdes Rodrigues desferiu um violento ataque, culpando basicamente os professores pelo grau de insucesso escolar.
Coincidência ou não, o secretário de Estado adjunto da ministra apresentou, naquele mesmo dia, o projecto que visa reestruturar a carreira docente. António Avelãs reiterou, ao JN, a discordância absoluta da Fenprof relativamente ao projecto. "Cerca de dois terços dos professores com menos de 18 anos de carreira (tempo exigido para subir ao patamar seguinte) não terão no futuro acesso à categoria de professor titular". O Governo quer dividir a carreira em dois patamares (professor e professor titular). Ou seja, os cerca de 100 mil ou mais docentes com menos de 18 anos de carreira irão ficar "bloqueados" na sua progressão quando atingirem aquele tempo de serviço. Porquê? Por simples falta de vaga devido contingentação de "titulares" (um terço dos docentes por escola).
António Avelãs acusa o Ministério de não ter cumprido a promessa de entregar em Fevereiro a proposta de alteração da carreira, fazendo-o apenas no final de Maio. "A ministra sabia que esta altura é de exames e paragem lectiva. Vai querer arrumar tudo num mês (entre Setembro e Outubro)? Isto não é sério", argumenta o responsável da Fenprof. "Se esta proposta passar, e eu não acredito que isso aconteça, as candidaturas só serão possíveis lá para Janeiro. E depois vamos estar parados durante anos devido ao acumular de candidaturas e exames para progressão na carreira", afirma António Avelãs.
A Federação queixa-se de a actual equipa ministerial ter contribuído para criar um ambiente de grande hostilidade relativamente aos professores. "Não é possível trabalhar nas escolas portuguesas quando se é tão mal tratado", sublinha.
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