Carneirinhos para os professores em Penafiel
1 Comments Published by . on quarta-feira, junho 14, 2006 at 12:32 da manhã.
O carneirinho é uma das manifestações populares mais curiosas de Penafiel e única no país. Milhares de crianças dos infantários e das escolas do ensino básico concentram-se, esta manhã, na cidade e promovem um cortejo gigante para exibir dezenas de carneiros (ou anhos) e oferecê-los aos professores.
Desde 1880 que o anho se tornou num presente dos estudantes de Penafiel aos professores primários. Estes retribuíam com um cálice de vinho do Porto e bolos. Pelo caminho, as crianças adornavam o carneiro e "pintavam a manta" com o bicho até chegarem a casa do docente.
A adesão da cidade à manifestação permitiu melhorar e engrandecer a festa popular, que inicialmente se resumia apenas às escolas, mas acabou por se estender às 38 freguesias do concelho. Esta manhã, milhares de crianças dos infantários e escolas do Primeiro Ciclo vão entupir a avenida principal, exibir "o melhor carneirinho", enfeitado, transportado às costas, empurrado, arrastado ou transportado em carrinhas de caixa aberta, enquanto dão vivas aos professores cantarolando quadras populares.
Mas nem sempre a tradição é respeitada. Como o cortejo ocorre por alturas do encerramento do ano escolar, há professores que pedem aos alunos uma prenda diferente anéis ou fios de ouro. Este novo costume, sugerido pelos pais, tem provocado algum descontentamento, sobretudo nos encarregados de educação mais tradicionais. No final do cortejo, os negociadores de carneiros aproveitam a ocasião para o regatearem o preço, porque no dia de Corpo de Deus, penafidelense que se preze não deixa de comer anho com arroz de forno.
A tradição está de tal modo enraizada que reza a história que um penafidelense, condenado a indemnizar um cidadão, por agressão física, foi dispensado da coima ao alegar que era tão pobre, tão pobre, que nem dinheiro tinha para comer carneiro no dia do Corpo de Deus.
Desde 1880 que o anho se tornou num presente dos estudantes de Penafiel aos professores primários. Estes retribuíam com um cálice de vinho do Porto e bolos. Pelo caminho, as crianças adornavam o carneiro e "pintavam a manta" com o bicho até chegarem a casa do docente.
A adesão da cidade à manifestação permitiu melhorar e engrandecer a festa popular, que inicialmente se resumia apenas às escolas, mas acabou por se estender às 38 freguesias do concelho. Esta manhã, milhares de crianças dos infantários e escolas do Primeiro Ciclo vão entupir a avenida principal, exibir "o melhor carneirinho", enfeitado, transportado às costas, empurrado, arrastado ou transportado em carrinhas de caixa aberta, enquanto dão vivas aos professores cantarolando quadras populares.
Mas nem sempre a tradição é respeitada. Como o cortejo ocorre por alturas do encerramento do ano escolar, há professores que pedem aos alunos uma prenda diferente anéis ou fios de ouro. Este novo costume, sugerido pelos pais, tem provocado algum descontentamento, sobretudo nos encarregados de educação mais tradicionais. No final do cortejo, os negociadores de carneiros aproveitam a ocasião para o regatearem o preço, porque no dia de Corpo de Deus, penafidelense que se preze não deixa de comer anho com arroz de forno.
A tradição está de tal modo enraizada que reza a história que um penafidelense, condenado a indemnizar um cidadão, por agressão física, foi dispensado da coima ao alegar que era tão pobre, tão pobre, que nem dinheiro tinha para comer carneiro no dia do Corpo de Deus.
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