Campanha contra critérios de avaliação na Beira Interior
0 Comments Published by . on terça-feira, maio 30, 2006 at 5:23 da tarde.A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (UBI) anunciou hoje que vai lançar uma campanha contra os critérios de avaliação adoptados por alguns professores.
A associação de estudantes acusa perto de uma centena de professores de diferentes faculdades de adaptarem os seus critérios de avaliação ao Processo de Bolonha (que prevê a unificação do Ensino Superior na Europa) de forma ilegal.
Entre outros aspectos, os estudantes dizem que é ilegal a imposição de notas mínimas e taxas de assiduidade para acesso aos exames finais de cada uma das disciplinas.
Em Janeiro, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco concordou com uma providência cautelar movida pela associação académica contra a aplicação dos critérios de avaliação. Entretanto, a UBI recorreu para o Tribunal Central Administrativo do Sul, mas a 22 de Maio aquela instância negou provimento ao recurso, dando razão aos estudantes.
"Em virtude de a reitoria da UBI ter perdido o recurso, todo o processo vai ser enviado ao ministro da Ciência e Ensino Superior", refere o comunicado.
A associação pretende que a tutela nomeie "um moderador para se negociar um novo regulamento de avaliação com a reitoria".
Entre outros aspectos, os estudantes defendem que os alunos que tenham sido impedidos de realizar exames finais no primeiro semestre, os possam fazer de forma gratuita durante a "época especial", em que é necessário pagar uma taxa para ter acesso a essa época de exames.
A associação vai ainda solicitar a intervenção da Inspecção-Geral do Ensino Superior e accionar queixas judiciais contra os docentes que tenham violado a providência cautelar.
A Agência Lusa tentou obter uma reacção do reitor da UBI, Manuel Santos Silva, mas tal foi impossível devido a compromissos em que está hoje envolvido.
A UBI é frequentada por cerca de cinco mil alunos distribuídos por 31 licenciaturas.
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