Professoras Desesperadas

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Presidente da Câmara de Coimbra critica "política cega" de fecho de escolas

O presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação (PSD), insurgiu-se hoje contra a "política cega de fechar escolas a esmo", recusando-se a aplicar tal orientação no Concelho.
"Não concordo com a política de fecho de escolas a esmo, sem atender às raízes das crianças e ao seu ambiente. É uma política cega, estúpida e sem sentido", afirmou o autarca na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Coimbra.
A CDU, pela voz da deputada municipal Margarida Fonseca, responsabilizou a Câmara "pelas consequências e prejuízos decorrentes dos encerramentos que vierem a ser definidos e pela postura, incorrecta e de indiferença, com que acompanhou o reordenamento da rede escolar no Concelho de Coimbra".
"O Ministério da Educação arranjou uma forma boa de nos pôr a discutir uns contra os outros. Diz que o País deve ser arrumadinho, que as escolas com menos de 20 alunos devem ser fechadas e que as câmaras municipais devem executar esta política. Não concordo. Tenho poderes para contrariar esta política? Até certo ponto: a Carta Educativa não está de acordo com o que o Ministério da Educação entendeu", sustentou Carlos Encarnação.
Afirmando que a proposta de Carta Educativa, reformulada, será apresentada em breve e defendendo a apresentação de contributos concretos para o documento, o presidente da autarquia observou que "a Câmara pode fazer tudo, menos colocar professores".
Na sessão, Carlos Encarnação disse ainda ter apenas uma comunicação por escrito de fecho de uma escola básica, a da Rocha Nova, medida em relação à qual a autarquia expressou a sua discordância, também por escrito.
Na sua intervenção, a deputada municipal da CDU descreve o "panorama desastroso do número de escolas do 1º ciclo sinalizadas para encerramento no Concelho de Coimbra (20 escolas e dois jardins de infância)".
"Quando a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) publicar a lista final, com os estabelecimentos efectivamente encerrados a partir do próximo mês de Setembro, a quem é que os pais, os presidentes de junta vão pedir explicações?", questionou Margarida Fonseca.
Ao intervir no período reservado ao público, em nome de pais, encarregados de educação e alunos da EB do 1º ciclo da Lamarosa, Blandina Leitão frisou que o eventual fecho do estabelecimento "é prematuro e tem fundamentos discutíveis", reclamando a reapreciação do processo.
Também a deputada agora com o estatuto de independente Maria Reina Martín (eleita pelo CDS-PP na coligação maioritária Por Coimbra) questionou o presidente da Câmara, que detém o pelouro da Educação, acerca da Carta Educativa, querendo saber se a sua reformulação implica custos financeiros para o Município.
"A Carta Educativa foi aprovada à força, praticamente discutida em circuito fechado. Se não foi aceite pela DREC, por alguma razão é", salientou, por seu turno, Carlos Cidade, do grupo municipal do PS.

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