Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Cinco federações regionais de associações de pais exigiram hoje que seja atribuída a todos os alunos que realizaram o exame nacional de Física e Química A a cotação máxima da questão que foi anulada devido a um erro. Na sexta-feira, o Ministério da Educação (ME) decidiu anular uma questão daquela prova, realizada nesse dia por 28.070 alunos, alegando que uma incorrecção na formulação da pergunta "inviabilizava a concretização de uma resposta correcta".
Para não prejudicar os alunos na classificação final da prova, o ME decidiu que a nota de cada um dos estudantes que realizou o exame será multiplicada por 1,0417. A pergunta valia oito pontos, no conjunto dos 200 correspondentes à cotação total da prova, pelo que, sem essa questão, o exame passava a valer apenas 192 pontos. Multiplicando este valor por 1,0417, a cotação máxima do exame volta a ser de 200 pontos, o que levou o ME a definir que era este o factor a utilizar para corrigir a situação. A solução encontrada pela tutela é, no entanto, contestada pelos encarregados de educação de Leiria, Beja, Lisboa, Viseu e Guarda, que consideram que a decisão do ministério vai gerar uma "enorme injustiça e desigualdade".
"A valorização da questão não é igual para todos os alunos, pois depende da classificação que cada aluno venha a obter", criticam os pais. Numa carta dirigida à ministra da Educação, dão o exemplo de um aluno com uma classificação na prova de 90 pontos (nove valores), que passaria a ter uma nota final de 93,7 (igualmente correspondentes a nove valores), já que só obteria 3,7 pontos na questão anulada, se utilizado o coeficiente estipulado pelo ME. Já um estudante com uma classificação na prova de 150 pontos (15 valores) passaria a ter uma nota final de 156 pontos, equivalentes a 16 valores, uma vez que o mesmo coeficiente permitir-lhe-ia somar seis pontos naquela pergunta."Somente o aluno que obtiver 192 pontos na sua prova é que terá direito à pontuação total da questão, ou seja, oito pontos", criticam os encarregados de educação, sublinhando que serão penalizados todos os estudantes com uma classificação inferior àquela.
Na missiva, as federações regionais de associações de pais expressam o seu "descontentamento quanto à ligeireza" com que foi resolvido este caso, salientando que a medida do ME "acarreta consequências negativas para o percurso escolar dos alunos".
A este propósito, os encarregados de educação lembram "a perda de tempo, a confusão e a dúvida" que o erro na pergunta provocou no desempenho dos estudantes. Contactado pela Lusa, o assessor do ME afirmou não ter ainda conhecimento da carta, mas assegurou que a mesma será analisada e, só depois disso, poderá ser tomada uma decisão sobre este assunto.

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