Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Professores criticam provas de aferição

Os professores não estão contra as provas de aferição nos 4º e 6º anos mas criticam o seu objectivo e garantem que «o Ministério da Educação (ME) não revela tudo o que pretende» com as provas. Em comunicado, a FENPROF aponta ainda que a realização das provas «põe, mais uma vez, os direitos dos docentes em causa».

Qual o objectivo das provas de aferição a nível nacional?
«As provas de aferição não podem servir para avaliar alunos, professores ou escolas, mas o sistema educativo», defende a FENPROF, argumentando que «o modelo utilizado até ao passado ano lectivo ¿ o da realização por amostragem ¿ cumpre, cabalmente, tal objectivo», o que faz com que «discorde da realização de provas aferidas por parte de todos alunos dos 4º e 6º anos de escolaridade».
«Será que o objectivo do ME não é avaliar o sistema, mas qualquer outro que não explicita?», questiona a FENPROF, no comunicado.
«O Ministério de Lurdes Rodrigues parece pretender que as referidas provas sejam mais um mecanismo de avaliação e responsabilização das escolas e dos professores, caso as classificações dos alunos venham a ser baixas. Esta intenção, que a FENPROF rejeita e repudia, fica muito clara pelo facto de o ME remeter para as escolas, e só para estas, a incumbência de montar estratégias de superação das dificuldades dos alunos, pretensamente diagnosticadas através das classificações por eles obtidas», explica a Federação.
Os representantes dos docentes acrescentam que «a realização destas provas de aferição, nos próximos dias 22 e 24 de Maio, está a gerar um clima de perturbação nas escolas e provocar o protesto dos professores».

Professores envolvidos nas provas vão ter de trabalhar mais dois dias
«A decisão de generalização das provas de aferição levanta um conjunto de questões organizativas, além de estar a pôr em causa o próprio trabalho dos professores, que ficarão sujeitos a um acréscimo de trabalho, cuja compensação ser a sua penalização com medidas e situações que já vão sendo conhecidas», pode ler-se no comunicado.
A FENPROF exemplifica dizendo que «já se fez saber que os professores envolvidos nas provas de aferição que, por essa razão, não possam leccionar nos dias da sua realização, terão de trabalhar, no final do ano lectivo, mais dois dias do que os restantes colegas».

Docentes a trabalhar nove horas num dia
«Sabe-se, também, que os docentes que leccionem em regime duplo da tarde terão, no final das provas de aferição, de trabalhar com as suas turmas o que, em alguns casos, levará a que, nesse dia, desenvolvam nove horas de actividade, o que é ilegal. Além disso, e apesar do carácter extraordinário da actividade, não serão remunerados como tal», avançam os representantes dos professores.

Professores pagam do seu bolso deslocações
A FENPROF acrescenta ainda que «muitos docentes serem deslocados das suas escolas para aquelas em que se realizarão as provas, incluindo para os colégios privados, preparando-se o ME para desrespeitar o estabelecido na lei no que respeita ao pagamento de deslocações».
Os docentes apontam, por fim, o facto de «a tipologia de grande número das EB1, bem como, tantas vezes, a necessidade da existência de horários duplos (aulas exclusivamente de manhã, para umas turmas, e só de tarde, para outras), levam a que, em muitos casos, não haja condições físicas, nem recursos humanos, para o desenvolvimento, em simultâneo, das várias actividades escolares ¿ provas de aferição, actividades lectivas e actividades de enriquecimento curricular».

ME recusa responder a acusações
O PortugalDiário tentou obter uma reacção do Ministério da Educação às acusações dos professores, junto do gabinete de imprensa, que apenas respondeu que «não há resposta da tutela a estas acusações».

0 Responses to “Professores criticam provas de aferição”

Enviar um comentário

Search

Sugestão

Calendário


Internacional

eXTReMe Tracker BloGalaxia

Powered by Blogger


Which Muskehound are you?
>

XML