Professoras Desesperadas

A Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Sernancelhe (APAES) classifica de "absurdo" o resultado de uma vistoria feita por técnicos da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), às instalações da Casa da Criança e do Centro Municipal de Artes da vila. Conclusões que inviabilizam a utilização imediata, ainda que provisória, daquele espaço como sala de aulas para as crianças das escolas do 1.º Ciclo de Carregal e Sernancelhe.
"É ridículo que se condicione a utilização precária daquele edifício a questões tão básicas como equipar as salas de aula, que provisoriamente vão ser utilizadas, com quadros de giz a 80 centímetros do chão, de modo a que a entrada da luz natural se efectue da esquerda", critica João Aguiar, presidente da APAES.
O dirigente diz que a serem levadas à letra as orientações impostas pela DREN, "a maioria das escolas que estão em funcionamento pelo país teria de fechar as portas".
A vistoria efectuada pela DREN sucede à polémica que envolveu o encerramento da maioria das escolas do concelho de Sernancelhe. Na altura, o autarca local, José Mário Cardoso, acusou aquela entidade de não aceitar as instalações da Casa da Criança e do Centro Municipal de Artes para o acolhimento provisórios dos alunos de cerca de uma centena de crianças. Alunos que estão a ter aulas, também a título precário, na EB 2.3 da vila.
A solução proposta pela autarquia duraria enquanto decorressem obras de adaptação dos estabelecimentos de ensino de origem. "Avançámos com uma contraproposta à DREN ou deixa ir os alunos para a solução oferecida pela Câmara ou permite que se mantenham onde têm estado", sugere João Aguiar.