Ex-ministro Veiga Simão faz reparos ao Governo
0 Comments Published by . on sexta-feira, janeiro 05, 2007 at 11:11 da tarde.
O ex-ministro da Educação Veiga Simão criticou, ontem, o Governo por não ter dado prioridade à autonomia universitária, por não partilhar o "espírito reformista" no sector com professores e outros agentes educativos e por demorar demasiado a regulamentar a Lei de Bases de 1986.
"Ainda não deu prioridade - no espírito reformista de que se arroga - aos atributos que permitem a autonomia das universidades personalidade, organização, propriedade e o modelo de avaliação. E era por aqui que deveria ter começado", referiu.
Na audição pública do Conselho Nacional de Educação (CNE), em que foi orador convidado, o ex-governante realçou que a excelência só pode ser atingida nas tecnologias da informação e nas ciências da vida, sendo as duas áreas em que deveriam assentar os pólos tecnológicos.
Resultados só em 2008
Veiga Simão lembrou ainda que Cavaco Silva referiu, há dias, que os portugueses aguardam resultados no sector para 2007, mas que "mesmo que já esteja montado um sistema de avaliação justa do impacto e execução das reformas, resultados talvez só mais para os finais de 2008".
Enumerando um conjunto de medidas para melhorar o ensino - em que incluiu "prestigiar a escola e o professor como cérebro na transmissão de saberes" -, disse que "seria suficiente um único Ministério com 30% dos funcionários" e que deveriam existir "exames no fim de todos os ciclos de ensino".
Já Fernando Adão da Fonseca advogou o financiamento de cursos universitários, por uma entidade estatal - não bancária - como em Inglaterra, em que os alunos "recebem 23 mil euros por ano. Se, depois, ganharem mais do que isso, têm uma majoração na taxa de imposto para pagar esse crédito". Um sistema que disse ser o mais eficaz para responsabilizar os futuros activos.
"Ainda não deu prioridade - no espírito reformista de que se arroga - aos atributos que permitem a autonomia das universidades personalidade, organização, propriedade e o modelo de avaliação. E era por aqui que deveria ter começado", referiu.
Na audição pública do Conselho Nacional de Educação (CNE), em que foi orador convidado, o ex-governante realçou que a excelência só pode ser atingida nas tecnologias da informação e nas ciências da vida, sendo as duas áreas em que deveriam assentar os pólos tecnológicos.
Resultados só em 2008
Veiga Simão lembrou ainda que Cavaco Silva referiu, há dias, que os portugueses aguardam resultados no sector para 2007, mas que "mesmo que já esteja montado um sistema de avaliação justa do impacto e execução das reformas, resultados talvez só mais para os finais de 2008".
Enumerando um conjunto de medidas para melhorar o ensino - em que incluiu "prestigiar a escola e o professor como cérebro na transmissão de saberes" -, disse que "seria suficiente um único Ministério com 30% dos funcionários" e que deveriam existir "exames no fim de todos os ciclos de ensino".
Já Fernando Adão da Fonseca advogou o financiamento de cursos universitários, por uma entidade estatal - não bancária - como em Inglaterra, em que os alunos "recebem 23 mil euros por ano. Se, depois, ganharem mais do que isso, têm uma majoração na taxa de imposto para pagar esse crédito". Um sistema que disse ser o mais eficaz para responsabilizar os futuros activos.
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