Professoras Desesperadas

O aumento das instalações da Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE) permitirá à instituição resolver o problema antigo de falta de espaço para a licenciatura de Música e, até, alargar as áreas de formação com um curso de Dança.
"O novo edifício vai permitir-nos duplicar a área disponível. Actualmente temos 565 alunos, dos quais mais de 400 estão no curso de Música. No entanto, continuámos a ter o mesmo número de salas de há 10 anos, em que tínhamos apenas 100 alunos nessa área", referiu Francisco Beja, director da ESMAE.
O Instituto Politécnico do Porto já tinha adquirido uma antiga fábrica junto à ESMAE para a empreitada de alargamento, mas só a recente resolução do Conselho de Ministros que autoriza a compra de mais quatro prédios contíguos garante a concretização da expansão desejada.
Já está elaborado um projecto preliminar do novo edifício. Falta, contudo, assegurar o financiamento para a realização dos trabalhos. Nesse contexto, Francisco Beja lembrou que grande parte das verbas devem ser asseguradas através de fundos europeus do Quadro de Referência e Estratégia Nacional, que guarda uma fatia para o Ensino Superior.
"Estou convencido que o projecto é para avançar", afirmou, confiante, o director da ESMAE, acrescentando que ainda não está definido o montante global do investimento. "É muito dinheiro", afiança o mesmo responsável.

Teatro e Música
A ESMAE nasceu em 1995, resultando da extinção da Escola Superior de Música, que tinha sido criada em 1985. Oferece licenciaturas em Teatro e Música, bacharelato em Teatro e pós-graduação em Gestão Cultural. Há, ainda, cursos livres de música antiga, fagote, piano, saxofone, canto-jazz, vibrafone-jazz, viola e teatro. Alunos da instituição já ganharam prémios internacionais.

Verba gasta
Para comprar os quatro prédios, o Instituto Politécnico vai gastar uma soma de 700 mil euros.