Professoras Desesperadas

Seis crianças, com seis e sete anos de idade, alunos da escola nº 3 (primeiro ciclo) foram assistidas, ontem de manhã, no Hospital de Peniche, devido a um mal-estar súbito. Um assalto que, de madrugada, deixou a escola revirada, terá abalado os alunos e, segundo os médicos, pode ter dado origem aos sintomas que as crianças apresentavam. Depois de observado, o grupo foi enviado de volta às aulas.
Os responsáveis da escola alertaram os bombeiros cerca das 11 horas, para que fosse efectuado o transporte dos seis alunos, que se queixavam de náuseas e dores de cabeça. "Foram observados e, não tendo sido detectado nada de anormal, regressaram à escola", contou Teresa Cadêncio, directora clínica do Hospital.
A responsável sublinhou que os médicos que observaram as crianças não identificaram nenhuma causa para o súbito mal-estar. Mas admite que, confrontados com o cenário resultante do assalto que aconteceu no estabelecimento de ensino, os alunos possam ter ficado de tal forma "nervosos e angustiados, até ficarem indispostos".
Durante a madrugada, a escola foi invadida por desconhecidos, que reviraram algumas das salas e danificaram portas, janelas e material.
Quando chegaram à escola, pela manhã, as crianças depararam-se com esse cenário. Para além disso, havia no local diversos agentes policiais a recolher pistas para a investigação. Uma situação que "terá quebrado a rotina das crianças, podendo alterar-lhes o sistema nervoso", considerou Jorge Amador, vereador com o pelouro da Educação.
Segundo a PSP, este foi o quarto furto a acontecer numa escola da cidade desde o início do ano lectivo. Um número que é considerado "fora do normal" em relação aos dois últimos anos.