Alunos de escola básica à mercê de aceleras
1 Comments Published by . on sexta-feira, dezembro 01, 2006 at 3:23 da manhã.

A sinalização está lá, mas é escassa e pouco visível. Não existem semáforos, lombas, ou qualquer outra forma de fazer os carros abrandar. A estrada é bastante movimentada e, apesar de estreita, a sua inclinação convida à velocidade. Tudo isto junto a uma escola frequentada por 251 crianças. É este o cenário caótico em frente à E. B. 1 Raul Lino - na Calçada da Tapada, à Ajuda, em Lisboa - onde quase todas as semanas se registam atropelamentos.
O último episódio aconteceu na terça-feira. Uma criança ficou ferida, depois de ter sido projectada por uma viatura, quando atravessava a passadeira em frente ao estabelecimento de ensino. Mas "este não é um caso isolado", garante Ana Gomes, coordenadora da escola, que acrescenta "Não são só as crianças a sofrer com esta situação, mas também os adultos. Ainda no mês passado foi aqui atropelado um professor".
A falta de civismo dos condutores e o pouco rigor no policiamento - que ignora os carros estacionados em cima da passadeira - são outras das queixas da Junta de Freguesia, escola e Associação de Pais, que não se cansam de pedir apoio às autoridades competentes. "Nem o projecto que pretendia ter um grupo de reformados para ajudar as crianças a atravessar a rua foi viabilizado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML)", adiantou Ana Saragoça, vice-presidente da Associação de Pais, que está ao lado José Godinho - presidente da Junta de Freguesia de Alcântara - nas críticas ao "inexistente apoio" da CML.
Para tentar resolver a situação, o autarca vai agora propor à CML que pinte uma zona do chão a vermelho e coloque chapas reflectoras, para despertar a atenção dos condutores. Até lá, o sentimento dos pais continua a ser o mesmo, diz Sandra Rodrigues, mãe de um aluno de oito anos. "Enquanto não houver soluções, vamos estar sempre com o coração nas mãos", referiu ao JN.
Quantos mais putos morrerem, menos escusas Hà para que se sustentem os chulos dos funcionários públicos que são os professores.