Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Notas descem abaixo dos 18 valores em Medicina

Aconteceu há dois anos, antes disso só tinha sucedido em 1996, voltou a registar-se este ano: a nota de entrada nos cursos de Medicina caiu quase um valor em relação a 2005, baixando a fasquia dos 18 valores para seis das nove licenciaturas do País. O aumento de 8,1% nas vagas é uma explicação, outra poderá passar pelos maus resultados obtidos pelos alunos do 12.º ano em Física e Química, disciplinas específicas para aceder a Medicina.
O fenómeno afectou também o preenchimento de lugares nas licenciaturas de Química: é o caso do curso de Évora, que não conseguiu preencher uma única das 25 vagas a concurso - quando em 2005 tinha garantido a ocupação de 14 lugares logo em Setembro.
Na primeira fase de acesso ao ensino superior público, cuja lista completa o DN divulga nas páginas seguintes, foram colocados 86% dos candidatos, encontrando-se ainda disponíveis 11 687 vagas. O aumento em relação ao ano anterior é de 4% - mais 1545 candidatos -, com estas primeiras colocações a beneficiarem especialmente o ensino politécnico, onde o número de estudantes cresceu 11%. Os que ficaram de fora - 5661 alunos - poderão ainda concorrer à segunda fase, que começa na segunda-feira e se prolonga até dia 22.
Em termos de preferências, o quadro geral apresenta alguns dados interessantes. Um total de 61 % - exactamente o mesmo valor do ano passado - conseguiu colocação no curso e estabelecimento de primeira escolha, e 93% numa das suas quatro primeiras opções. No entanto, e apesar de não ter sobrado um único lugar nessa área, o número de estudantes que colocaram Medicina no topo das prioridades desceu de 3423 em 2005 para 3185 em 2006.
Pelo segundo ano consecutivo, a licenciatura da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa foi a que registou o recorde de primeiras opções, tendo conquistado a preferência de 822 candidatos. Foi também este o curso que conseguiu o maior aumento de vagas na área: mais 25, num total de 200 lugares. Entre as nove licenciaturas existentes, a nota de entrada variou entre os 17,6 (no ciclo básico de Medicina da Universidade da Madeira) e os 18,3 valores (na Universidade do Minho). No ano passado, o intervalo tinha-se situado entre 18,1 e 18,6 valores. No total, eram 1347 os lugares a concurso para esta área, mais 102 do que os disponibilizados em 2005.
Logo a seguir à Medicina, foram os cursos de Arquitectura que registaram a nota de entrada mais elevada, entre os 18,1 e os 14 valores, respectivamente nas universidades do Porto e de Évora. As 521 vagas disponíveis também foram totalmente esgotadas nesta primeira tentativa de aceder ao ensino superior.

354 cursos em risco
Quase metade dos 991 cursos das universidades e politécnicos ficaram com as vagas preenchidas nesta primeira época, mas há 354 que registaram menos de 20 lugares arrecadados pelos estudantes. Se o valor se mantiver na segunda fase, não deverão obter financiamento do Ministério da Ciência e do Ensino Superior em 2007/2008, tal como Mariano Gago já anunciou.
Dez licenciaturas não tiveram mesmo nenhum aluno colocado (no ano passado foram 21 cursos); 73 conseguiram três ou menos estudantes; 118 um máximo de cinco alunos e 215 apenas dez ou menos interessados.
História, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, registou a nota de entrada mais baixa: 10 valores (desde 2005 que ninguém pode entrar na universidade com menos de 9,5 valores).

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