Notas descem abaixo dos 18 valores em Medicina
0 Comments Published by . on sábado, setembro 16, 2006 at 1:09 da manhã.Aconteceu há dois anos, antes disso só tinha sucedido em 1996, voltou a registar-se este ano: a nota de entrada nos cursos de Medicina caiu quase um valor em relação a 2005, baixando a fasquia dos 18 valores para seis das nove licenciaturas do País. O aumento de 8,1% nas vagas é uma explicação, outra poderá passar pelos maus resultados obtidos pelos alunos do 12.º ano em Física e Química, disciplinas específicas para aceder a Medicina.
O fenómeno afectou também o preenchimento de lugares nas licenciaturas de Química: é o caso do curso de Évora, que não conseguiu preencher uma única das 25 vagas a concurso - quando em 2005 tinha garantido a ocupação de 14 lugares logo em Setembro.
Na primeira fase de acesso ao ensino superior público, cuja lista completa o DN divulga nas páginas seguintes, foram colocados 86% dos candidatos, encontrando-se ainda disponíveis 11 687 vagas. O aumento em relação ao ano anterior é de 4% - mais 1545 candidatos -, com estas primeiras colocações a beneficiarem especialmente o ensino politécnico, onde o número de estudantes cresceu 11%. Os que ficaram de fora - 5661 alunos - poderão ainda concorrer à segunda fase, que começa na segunda-feira e se prolonga até dia 22.
Em termos de preferências, o quadro geral apresenta alguns dados interessantes. Um total de 61 % - exactamente o mesmo valor do ano passado - conseguiu colocação no curso e estabelecimento de primeira escolha, e 93% numa das suas quatro primeiras opções. No entanto, e apesar de não ter sobrado um único lugar nessa área, o número de estudantes que colocaram Medicina no topo das prioridades desceu de 3423 em 2005 para 3185 em 2006.
Pelo segundo ano consecutivo, a licenciatura da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa foi a que registou o recorde de primeiras opções, tendo conquistado a preferência de 822 candidatos. Foi também este o curso que conseguiu o maior aumento de vagas na área: mais 25, num total de 200 lugares. Entre as nove licenciaturas existentes, a nota de entrada variou entre os 17,6 (no ciclo básico de Medicina da Universidade da Madeira) e os 18,3 valores (na Universidade do Minho). No ano passado, o intervalo tinha-se situado entre 18,1 e 18,6 valores. No total, eram 1347 os lugares a concurso para esta área, mais 102 do que os disponibilizados em 2005.
Logo a seguir à Medicina, foram os cursos de Arquitectura que registaram a nota de entrada mais elevada, entre os 18,1 e os 14 valores, respectivamente nas universidades do Porto e de Évora. As 521 vagas disponíveis também foram totalmente esgotadas nesta primeira tentativa de aceder ao ensino superior.
354 cursos em risco
Quase metade dos 991 cursos das universidades e politécnicos ficaram com as vagas preenchidas nesta primeira época, mas há 354 que registaram menos de 20 lugares arrecadados pelos estudantes. Se o valor se mantiver na segunda fase, não deverão obter financiamento do Ministério da Ciência e do Ensino Superior em 2007/2008, tal como Mariano Gago já anunciou.
Dez licenciaturas não tiveram mesmo nenhum aluno colocado (no ano passado foram 21 cursos); 73 conseguiram três ou menos estudantes; 118 um máximo de cinco alunos e 215 apenas dez ou menos interessados.
História, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, registou a nota de entrada mais baixa: 10 valores (desde 2005 que ninguém pode entrar na universidade com menos de 9,5 valores).
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