Professoras Desesperadas

O Governo já escolheu as 32 escolas que vão receber apoios excepcionais para combater a insegurança, a indisciplina e o insucesso escolar, entre outros problemas, revela hoje o "Correio da Manhã".
Até ao fim deste mês, a ministra da Educação irá anunciar publicamente o Despacho da Autonomia, ao abrigo do qual serão assinados contratos-programa com as escolas - 17 da Grande Lisboa e 15 do Grande Porto -, que passam a dispor de mecanismos excepcionais, designadamente no domínio dos recursos humanos e financeiros.
O objectivo das medidas é combater a violência escolar e reforçar a segurança, que implicará, na prática, um reforço dos meios para o programa Escola Segura do Ministério da Administração Interna mas também a contratação de pessoal especializado, como psicólogos e assistentes sociais, e mesmo de professores oriundos da comunidade que conheçam a escola.
O projecto prevê ainda a constituição de núcleos comunitários em coordenação com os centros de saúde e de Segurança Social.
De acordo com o jornal, os contratos-programa obedecerão a diferentes requisitos, definidos pelos próprios estabelecimentos de ensino. "Além do reforço de vigilância e da contratação de pessoal especializado, também o fornecimento de refeições, defeituoso na maioria das escolas do primeiro ciclo, pode constar das medidas a tomar", lê-se no "Correio da Manhã".
Segundo o mesmo jornal, no ano lectivo de 2004/2005 foram contabilizados 1232 casos de ofensas à integridade física nas escolas, entre alunos, pessoal auxiliar e professores. Dos1232 agredidos, 191 receberam cuidados médicos, entre os quais 79 professores.
A PSP registou 1287 roubos e furtos nas imediações das escolas e a GNR deu conta de 501 ocorrências no âmbito do programa Escola Segura.