Crianças alertadas para a protecção do património
0 Comments Published by . on domingo, setembro 24, 2006 at 5:35 da tarde."O património? É uma coisa que devemos proteger". Marco Miguel, 9 anos, aluno do colégio de Nossa Senhora da Conceição, em Guimarães, não sabe o que são as Jornadas Europeias do Património, "nunca ouvi falar", mas sabe, porque aprendeu, que "todos devemos proteger o património".
Tal como Marco, também Francisco Arlindo segue atentamente as danças dos colegas, num palco no pátio central do Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. E já que se fala de património, o rapaz de 9 anos faz questão de mostrar a sua costela bairrista. "Nós somos património mundial", vinca (o "nós" refere-se a Guimarães).
O monumento nacional, que recebe cerca de 200 mil visitantes por ano, abriu as portas a 300 alunos do ensino básico, de Guimarães e do Porto, para assinalar as Jornadas Europeias do Património, iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia, que envolve mais de 50 países, este ano com o tema "Património
somos nós".
Nos claustros, expectante, Lúcia Cunha não perdia pormenor da actuação da afilhada Margarida, de 8 anos. "Pediu-me encarecidamente para a vir ver. Não podia recusar", diz.
Ao lado, Arlinda Freitas veio pela neta, Ana Rita. "Sempre que cá vem, tenho que vir com ela. Os pais estão no estrangeiro e sou eu que tomo conta dela".
O Paço dos Duques assinala as Jornadas com visitas gratuitas, incluindo a algumas alas que habitualmente estão encerradas, como a residência oficial do presidente da República no Norte, pouco utilizada devido à sua falta de conforto - o último que lá ficou, duas vezes, foi Mário Soares, informa a directora do monumento. Depois dele, Jorge Sampaio nunca quis experimentar os aposentos ducais nas suas deslocações à região. "O Paço precisa de obras. Chove nalguns sítios", justifica Conceição Marques. "Estamos à espera que o Tribunal de Contas dê o aval ao projecto de obras. Quando for aprovado teremos dois anos de trabalhos, mas com o Paço aberto ao público".
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