Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Cem mil estudantes à procura de casa

Mais de cem mil alunos do ensino superior português vão estar longe das suas famílias, no ano lectivo que agora se inicia, e terão de recorrer ao arrendamento de quarto ou casa nas cidades onde estudam. Cruzados os dados de diferentes estudos disponibilizados pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior, conclui-se que o arrendamento de habitação por estudantes é um negócio que tem movimentado entre 200 a 400 milhões de euros por ano. A maior fatia desse montante, não obstante a solitária acção de fiscalização da Direcção de Finanças de Coimbra, continua a revelar-se lucro absoluto para os senhorios, que fogem ao fisco com a maior descontracção.
O alojamento é "claramente" a despesa "com maior peso" para os estudantes do ensino superior deslocados e para os que já se autonomizaram da sua família de origem, confirmou, no ano passado, uma equipa de investigadores do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), num estudo encomendado pelo ministério da tutela.
Cruzando dados do Observatório da Ciência e do Ensino Superior com os do estudo do ISCTE, chega-se à conclusão que, no final de 2005, mais de 30% dos cerca 367 estudantes matriculados no último ano lectivo encontravam-se em casa ou apartamento arrendado (15,1%), quarto individual arrendado (12%), quarto conjunto arrendado (2,7%) ou em residência para estudantes (3,9%).
Cerca de 12% encontravam-se em casa/apartamento próprio, o que significa que uma parte destes pode integrar-se no grupo cada vez maior dos que optam por comprar imóvel, para eventualmente negociar após a conclusão do curso superior .
Apenas 10% dos deslocados não paga renda. Vivem em casa de familiares ou amigos.
O inquérito do ISCTE, baseado numa amostra de três mil entrevistas, revela também que cada estudante deslocado paga uma média de 252 euros/mês pela renda, água e electricidade.
Este montante sublinha a ideia do quão importante é para o orçamento familiar conseguir uma colocação na área da sua residência de origem. Muitos agregados familiares optam mesmo por colocar os seus filhos em estabelecimentos de ensino privados próximos de casa, porque se lhes afigura mais vantajoso pagar as propinas deste tipo de escolas do que as despesas da sua deslocação para instituições públicas distantes.

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