Alunos e professores faltam às aulas por medo
0 Comments Published by . on sexta-feira, setembro 22, 2006 at 7:30 da tarde.
Sensação de insegurança causa falta de prazer em aprender e ensinar. Escolas mais inseguras são as que têm mais falta de materiais e funcionários. Estudantes e docentes não conhecem o Programa Escola Segura
Muitos são os alunos e docentes que faltam às aulas por medo. E à sensação de insegurança está também associada uma falta de prazer em aprender e ensinar, o que influencia em muito as taxas de insucesso escolar.
De acordo com um estudo realizado pela DECO, que envolveu 46 mil estudantes e docentes de 204 escolas portuguesas, oito por cento dos estudantes e professores garantem que se sentem muito afectados no desempenho escolar e profissional pela insegurança em que vivem.
O estudo levado a cabo pela Defesa do Consumidor conclui mesmo que as vítimas de insegurança dentro ou nas imediações da escola têm menos prazer em frequentar a escola, seja para aprender seja para ensinar.
Medo, insegurança, discriminação, gozo ou criminalidade são mesmo as razões apontadas por cerca de cinco por cento dos alunos para faltarem às aulas. Serem descriminados ou gozados é a justificação apresentada em 38 por cento dos casos de absentismo.
O estudo revelou ainda que a maior permeabilidade das escolas aos problemas de segurança tem uma relação directa com as falhas ao nível da capacidade. Mais de um quarto dos estudantes e quase 40 por cento dos docentes consideram que a sua escola não possui capacidade para os alunos que acolhe. Os distritos de Setúbal e Braga são os mais problemáticos. Aqui as principais queixas passam pelo mau estado das infra-estruturas, a ausência de equipamento (como mesas e cadeiras), a falta de funcionários e de professores e o excesso de alunos.
Cerca de 13 por cento dos alunos já levou armas para a escola
13 por cento dos estudantes inquiridos afirmam já ter levado para a escola objectos de defesa pessoal, sobretudo armas brancas como facas, ponta-e-molas, canivetes e x-actos. Dois por cento confessam mesmo já ter levado pistolas, segundo dados não publicados, a que a agência Lusa teve acesso.
«Escola Segura? Não sei o que é»
Um quarto dos alunos que participaram no estudo da DECO não conhece o Programa Escola Segura, iniciativa do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Educação, e que passa por um patrulhamento constante das zonas escolares por agentes da PSP.
Os distritos de Lisboa e Portalegre, no entanto, mostram estar mais cientes do programa. Menos de metade dos que já ouviram falar do programa sabem se a sua escola está abrangida, mas confiam pouco na sua eficácia no combate à insegurança e criminalidade. Apesar de conhecerem o programa, mais de um quarto dos professores não sabe se a escola onde lecciona está abrangida e, na sua maioria, consideram a sua eficácia mediana.
Muitos são os alunos e docentes que faltam às aulas por medo. E à sensação de insegurança está também associada uma falta de prazer em aprender e ensinar, o que influencia em muito as taxas de insucesso escolar.
De acordo com um estudo realizado pela DECO, que envolveu 46 mil estudantes e docentes de 204 escolas portuguesas, oito por cento dos estudantes e professores garantem que se sentem muito afectados no desempenho escolar e profissional pela insegurança em que vivem.
O estudo levado a cabo pela Defesa do Consumidor conclui mesmo que as vítimas de insegurança dentro ou nas imediações da escola têm menos prazer em frequentar a escola, seja para aprender seja para ensinar.
Medo, insegurança, discriminação, gozo ou criminalidade são mesmo as razões apontadas por cerca de cinco por cento dos alunos para faltarem às aulas. Serem descriminados ou gozados é a justificação apresentada em 38 por cento dos casos de absentismo.
O estudo revelou ainda que a maior permeabilidade das escolas aos problemas de segurança tem uma relação directa com as falhas ao nível da capacidade. Mais de um quarto dos estudantes e quase 40 por cento dos docentes consideram que a sua escola não possui capacidade para os alunos que acolhe. Os distritos de Setúbal e Braga são os mais problemáticos. Aqui as principais queixas passam pelo mau estado das infra-estruturas, a ausência de equipamento (como mesas e cadeiras), a falta de funcionários e de professores e o excesso de alunos.
Cerca de 13 por cento dos alunos já levou armas para a escola
13 por cento dos estudantes inquiridos afirmam já ter levado para a escola objectos de defesa pessoal, sobretudo armas brancas como facas, ponta-e-molas, canivetes e x-actos. Dois por cento confessam mesmo já ter levado pistolas, segundo dados não publicados, a que a agência Lusa teve acesso.
«Escola Segura? Não sei o que é»
Um quarto dos alunos que participaram no estudo da DECO não conhece o Programa Escola Segura, iniciativa do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Educação, e que passa por um patrulhamento constante das zonas escolares por agentes da PSP.
Os distritos de Lisboa e Portalegre, no entanto, mostram estar mais cientes do programa. Menos de metade dos que já ouviram falar do programa sabem se a sua escola está abrangida, mas confiam pouco na sua eficácia no combate à insegurança e criminalidade. Apesar de conhecerem o programa, mais de um quarto dos professores não sabe se a escola onde lecciona está abrangida e, na sua maioria, consideram a sua eficácia mediana.
0 Responses to “Alunos e professores faltam às aulas por medo”