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UE: Ribeiro e Castro considera que estatuto do Português está em risco

O eurodeputado democrata-cristão Ribeiro e Castro alertou hoje que "o estatuto do Português na União Europeia está em risco" e exigiu uma acção vigorosa do Governo, considerando que não está a dar o devido contributo "nesta batalha".
José Ribeiro e Castro falava em Bruxelas após uma reunião com o comissário europeu responsável pelo multilinguismo, Jan Figel, na qual defendeu, "uma vez mais", que, ao definir uma política, a UE "olhe para as línguas europeias não apenas em termos do número de falantes dentro da UE, mas também valorizando-as em termo do número de falantes em todo o mundo".
"As línguas são importantes não apenas para que os europeus comuniquem uns com os outros, mas para que comuniquem com o resto do mundo, e aí o Português surge como a terceira 'língua europeia de comunicação universal'", um estatuto que conseguiu ver consagrado numa resolução do Parlamento Europeu, em 2003.
Para o eurodeputado e líder do CDS-PP, esta luta pela defesa da língua portuguesa é "uma batalha política essencial, para a qual infelizmente o governo português não tem dado o devido contributo". "Creio que o Governo não tem uma política de língua portuguesa, e é indispensável que a tenha, particularmente nesta altura estratégica, de importância decisiva para as próximas décadas, em que a UE está a definir uma política de multilinguismo", assinalou, acrescentando que já sublinhou esta questão em encontros com o primeiro-ministro, José Sócrates.
O líder democrata-cristão advertiu que "hoje o estatuto do Português na UE está em risco" e que recentemente já houve "um indicador de alerta", quando o Parlamento Europeu aprovou, com o voto contra da generalidade dos deputados portugueses, um "indicador de competência linguística" na UE, que consagrava as cinco línguas mais ensinadas na União, deixando o Português de fora.
O deputado indicou ainda que, por sua iniciativa, foi assinada na semana passada, em Viena, uma declaração que procura que o Português passe a ser uma língua de trabalho permanente nas relações entre UE e países ACP (África, Caraíbas e Pacífico), nomeadamente na assembleia parlamentar paritária ACP/UE.
Esta "declaração de Viena", que reclama para o Português o mesmo estatuto do Francês e do Inglês, foi subscrita por outros deputados portugueses, todos os representantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Timor-Leste e mereceu já o apoio de deputados espanhóis, alemães e ingleses, assinalou.
Contudo, também neste caso o eurodeputado reclama uma maior intervenção do Governo. "Os deputados portugueses fazem o que podem, mas é indispensável que o Governo português torne isto também um combate diplomático de primeira linha e não deixe os deputados sozinhos nestes combates, como muitas vezes acontece".

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