Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Carta Educativa fecha 62 escolas básicas em Paredes

Dez freguesias de Paredes vão deixar de ter escolas do ensino básico, as antigas primárias, e duas destas localidades perdem, também, os actuais jardins-de-infância. A decisão resulta da Carta Educativa concelhia que será hoje apresentada, em conferência de Imprensa, pela Câmara. Mas antes de o documento ter sido tornado público, há já críticas que prometem trazer dores de cabeça.
As alterações propostas pelo pelouro da Educação para a rede educativa de Paredes prevêem o encerramento de 62 estabelecimentos de ensino, mas, em contrapartida, serão construídos 16 novos estabelecimentos e feitas 13 remodelações e ampliações. Na maior parte dos casos, haverá uma concentração de alunos nos novos estabelecimentos .
O programa, no valor de 70 milhões de euros, é, segundo a autarquia social-democrata, o maior investimento sectorial realizado até hoje no concelho de Paredes.
Estas medidas, que têm por base uma projecção demográfica até 2016, irão permitir a concentração de recursos didácticos, materiais e humanos e, por outro lado, a disponibilização de valências educativas complementares, refere uma nota da assessoria de imprensa da Câmara de Paredes.
A intervenção proposta será acompanhada de compensações no âmbito do transporte escolar de alunos, com o objectivo de atenuar a existência de maiores distâncias entre a residência dos alunos e a escola, assegura aCâmara. Porém, a Carta Educativa não está a ser bem aceite por alguns presidentes de junta, indignados pelo facto de não terem sido ouvidos nesta decisão.

Ameaça de demissão
O caso paradigmático da polémica gerada pela Carta Educativa está em Parada de Todeia. Álvaro Pinto, presidente da Junta de Freguesia (o único eleito da CDU no concelho) ameaça fazer "uma guerra sem tréguas" contra a extinção da única escola básica da freguesia.
"Fizeram uma projecção para 2016 e tomaram por base os censos de 2001, mas a realidade de Parada de Todeia é outra e aqueles números estão errados. Temos uma população muito jovem e a única escola básica tem 93 alunos, com tendência a crescer. Por isso, fechá-la é um disparate", frisa.
A Carta Educativa prevê que os alunos do ensino básico de Parada de Todeia frequentem um novo estabelecimento de ensino, a ser construído em Baltar, mas Álvaro Pinto não se mostra convencido.
"Baltar é um centro mais urbano que este. Aqui, é a Junta que assegura transportes e toda a mobilidade necessária e a escola básica tem vindo a crescer em número de alunos, ao contrário de outras zonas, mais desertas. Por isso, lutarei até ao limite contra o encerramento da escola básica; e até já pensei em me demitir, se a decisão avançar, mas alguma coisa vamos fazer".
Agastado com a decisão, Álvaro Pinto lança um aviso "Vão ver quem é o povo de Parada de Todeia e podem contar, desde já, com a nossa resistência total a essa decisão".

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