Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Exames Nacionais: Matemática foi a matar

Se os resultados a Matemática não foram animadores em 2005, este ano o caminho para a razia nas avaliações ameaça ser igual. A avaliar pelas opiniões de quem fez ontem o exame do 12.º ano, a prova não foi nada fácil.
Em Aveiro a prova de Matemática foi “a matar”. A cara dos alunos da Escola Secundária Homem Cristo dizia tudo. Inês Ferreira só encontrava uma forma de descrever a prova: “Foi a matar!” Segundo a aluna, “o Ministério está a exagerar. A prova deste ano foi muito mais difícil do que a do ano passado, com muito mais interpretação e cálculo”.
No campo oposto estava Fernando Pina, a quem o exame correu bem. O aluno admite que “o raciocínio exigido era para mais de duas horas, pelo que foi tudo feito sob grande pressão”. Na sua opinião, “a dificuldade e a exigência das provas de Biologia, Química e Matemática, todas necessárias à área de Saúde, deve ser uma tentativa para baixar as notas a Medicina”.
Nas Caldas da Rainha as expectativas saíram defraudadas. Os alunos da Escola Secundária Raul Proença consideraram que o teste, não sendo muito difícil, foi extenso de mais. As duas horas foram “insuficientes”. “Não tive tempo para fazer tudo”, relatou Sérgio Pereira. Diana Mendes, de 20 anos, deu o exemplo da pergunta n.º 7 – em que se tinha de elaborar um gráfico depois de achados os dados – que “era um bocado puxadinha”. Para Filipe Simões, de 20 anos, “devia haver tolerância de mais meia horinha, dava para organizar melhor as ideias”.
Em Lisboa, a ideia geral foi de que a segunda fase é um destino fatal. “A prova correu muito mal e a segunda parte, pessimamente”, frisou Paula Alves, que fez o exame na secundária Padre António Vieira. A falta de tempo e a questão 7, onde tinha de se calcular valores gráficos com a máquina calculadora, foram os problemas mais complicados de resolver. “Demorava-se muito tempo a chegar ao resultado, o tempo era curto”, lamentou Ana Faria, de 20 anos.

MANUAIS CERTIFICADOS
O Ministério da Educação (ME) vai acreditar sociedades científicas, universidades e especialistas para avaliarem os manuais escolares antes da sua comercialização. O Governo não terá assim de nomear comissões de peritos para certificarem previamente os livros – como consta da proposta de lei a ser votada esta semana no Parlamento. A medida agora avançada aproxima-se da solução encontrada pelos principais editores de manuais escolares, que divulgaram ontem um acordo com várias entidades especializadas, no sentido de certificarem os livros. Para o próximo ano lectivo estão em causa os manuais dos 4.º, 7.º e 12.º anos, já certificados.

EXAMES NACIONAIS
Mais de 66 mil alunos do 12.º estavam inscritos para as provas de Matemática. Os exames foram muito extensos. Os professores de Matemática criticam algumas das questões e temem maus resultados.
O ar descontraído à saída das salas mostrava que o primeiro exame nacional para os alunos dos cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologia do 11.º ano correra bem. “Acessível e equilibrado” foram os adjectivos encontrados pelos estudantes para explicar a prova.
Ana Rita, de 16 anos e aluna da Escola Padre António Vieira, em Lisboa, considerou que no exame “saiu o que demos, mas houve muita coisa que estudámos e que acabou por não vir no teste”.
Para João Gonçalves, a prova “correu bem e estava equilibrada. O mais difícil foi a primeira parte”, disse. “Era acessível, mas estudei, o que facilitou”, disse Ana Filipa.
Um pequeno grupo juntou-se à entrada da escola para discutir possíveis soluções. Quando a professora Maria José Varela saiu, ‘atacaram-na’ com perguntas. E logo ali se aperceberam, pelas respostas da docente, de que os resultados poderão ser positivos.
A prova, disse a professora, “está dentro dos conteúdos dados ao longo do ano”. A professora de Física e Química A considerou que a prova “era bastante acessível, acho que um aluno que tenha estudado não teve muitas dificuldades”. Na sexta-feira há nova prova, desta feita de Biologia e Geologia.

INFORMAÇÃO EM TORNO DOS EXAMES DO SECUNDÁRIO E BÁSICO
MAIS 5600 FALTARAM
Na segunda-feira faltaram aos exames nacionais do Secundário mais de 5600 dos 25 667 inscritos. Às provas de Desenho e Geometria Descritiva faltaram 4652 (16 816 inscritos). Às cinco provas de Francês faltaram 544 alunos.

MAIS DE 60 MIL
Dos 3088 alunos que iriam testar conhecimentos a Alemão, 405 não compareceram à chamada. No total dos seis dias de exames nacionais do Secundário, que começaram a 19 de Junho faltaram às provas 62 773 alunos.

LATIM E ECONOMIA
Ontem também foi dia de exames a Latim e Latim A e de Introdução à Economia e Economia A. Alguns alunos ouvidos pelo ‘CM’ mostraram-se confiantes para a prova de Economia. “Se não der agora, temos a 2.ª fase, o que não é mau”, frisaram.

2ª FASE DO BÁSICO
Ontem cerca de 1400 alunos realizaram o exame de Língua Portuguesa do 9.º ano. A prova de Matemática da segunda fase realiza-se na sexta-feira e deverão comparecer os 1361 alunos que estavam inscritos mas falharam a primeira fase.

90 MIL NA SEXTA
Depois de amanhã, os exames do Secundário deverão ser realizados por mais de 90 mil alunos. As provas de Biologia e Geologia (26 mil inscritos) e de Psicologia (47 mil inscritos) são as que reúnem o maior número de estudantes.

700 A ESPANHOL
Na sexta-feira realizam-se os exames de Espanhol. Estão inscritos cerca de 700 alunos para quatro provas. A última língua estrangeira a exame é Grego, na segunda-feira. Deverão realizar o exame 22 alunos.

RESULTADOS DIA 13
Os exames nacionais do 12.º ano prolongam-se até dia 3, com mais de 176 mil alunos inscritos em 618 escolas secundárias de todo o País. Até ao final da primeira fase vão realizar-e exames a 36 disciplinas. Os resultados saem dia 13.

2ª FASE DIA 19
A candidatura ao Ensino Superior decorre entre 17 e 21 de Julho. A segunda fase dos exames do Secundário decorre entre 19 e 25 de Julho, iniciando-se com as provas de Português, A e B. As pautas serão afixadas em 4 de Agosto.


Ligações:
Proposta de correcção da prova 835 (Matemática Aplicada às Ciências Sociais)

Proposta de correcção da prova 435 e 635 (Matemática)
Proposta de correcção da prova 175 (Física e Química)
Proposta de correcção da prova 132 (Latim)

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