Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Ministra acusa Fenprof de ter agenda partidária

A ministra da Educação hoje a Federação Nacional de Professores de ter uma agenda partidária e de ter convocado uma greve prejudicial para os alunos. A Fenprof já negou a acusação de partidarismo, afirmando que o seu objectivo é construir escola pública de qualidade.
"Há sindicatos capturados por partidos e que têm uma agenda que não é a educação", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, no final da reunião do Conselho de Ministros.
Questionada sobre a quem se referia, a ministra da Educação foi clara: “Estava a falar da Fenprof”.
Explicando ter apresentado aos seus colegas de Governo o ponto da situação do processo de revisão do estatuto da carreira docente, Maria de Lurdes Rodrigues garantiu ter havido “no Conselho de Ministros uma incompreensão generalizada em relação à greve marcada para hoje, porque se tratou da primeira reacção ao início de um processo negocial”.
A ministra da Educação sublinhou que a greve "terá consequências muito prejudiciais para os alunos, sobretudo para aqueles que terão exames a partir da próxima semana".
Questionada sobre os números da adesão à greve – 70 a 80 por cento segundo a Fenprof, 35 por cento segundo as direcções regionais de Educação – a governante minimizou este aspecto, sustentando que"o importante" é discutir "os efeitos" da paralisação "para os outros professores que não fazem greve e para os alunos".
Ainda assim, a ministra admitiu que “os professores que fazem greve estão a exprimir uma insatisfação pelas mudanças que estão a ser propostas”. “É natural que haja insegurança e até um sentimento de fragilidade em relação às medidas, porque está em causa uma mudança radical" no sector”, acrescentou.

Fenprof diz que o seu objectivo é construir escola de qualidade
Confrontado com as acusações da ministra, António Avelãs, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), garantiu que a Fenprof “desde a sua fundação tem uma agenda política clara, que é construir uma escola pública de qualidade para todos os portugueses e construir uma profissão docente com dignidade”.
“Esta é uma agenda política, não tem qualquer natureza partidária”, sublinhou.
"Gostávamos que a ministra estivesse connosco nesta agenda, mas pelos vistos não está", acrescentou o dirigente, no início da concentração de professores, no Parque Eduardo VII, em Lisboa antes do desfile até ao Ministério da Educação.
De acordo com a Lusa, cerca de dois mil docentes, vindos de vários pontos do país, responderam ao apelo da Fenprof, apesar da chuva que cai esta tarde na cidade.

Ministra rejeita despedimento de professores
Durante a conferência desta tarde imprensa, a ministra da Educação negou que o Governo esteja preparar despedimentos de professores. "Isso não está em causa. Mas alguns professores precisam de uma nova oportunidade de reconversão profissional", afirmou.
Segundo a titular da pasta da Educação, encontram-se em situação de incapacidade definitiva "entre 2000 e 2500 docentes" e "idêntico número" em situação de incapacidade transitória.
"No ano passado, encontrámos apenas 750 docentes nessas circunstâncias, mas esse número subiu agora muito. São pessoas que estão incapacitadas para a docência, mas não para exercerem outra profissão", afirmou.
Sobre a margem negocial que o executivo terá nas conversações com os sindicatos ao nível da revisão do estatuto da carreira docente, Maria de Lurdes Rodrigues declarou que "não está tudo em aberto". "Mas alguns pontos podem ser negociados com os sindicatos, como o tempo e o modo de aplicação de algumas medidas", explicou.

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