Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Pais exigem indemnização ao Instituto Jean Piaget

Apenas três semanas é o prazo dado pela Nuclisol - Instituto Jean Piaget a cerca de 25 famílias para que arranjem uma escola e um espaço de ATL (actividades de tempos livres) alternativos para os seus filhos, devido ao encerramento da escola do 1.º ciclo no Bairro do Paraíso, em Vila Franca de Xira, propriedade da instituição.
A decisão apanhou de surpresa os encarregados de educação, aos quais foi pedido que renovassem - no princípio de Junho - a matrícula para o próximo ano lectivo. Agora, deparam-se com a falta de vagas em instituições onde possam colocar as crianças e as dificuldades resultantes das férias escolares.
«Houve o pagamento da matrícula e o anúncio do começo das aulas em Setembro, como normalmente, mas há duas semanas, por telefone, informaram os pais que a escola iria fechar por falta de condições e ordens da DREL (Direcção Regional de Ensino de Lisboa)», queixou-se uma das mães, que pediu o anonimato. Ao JN, diversos pais admitiram que terão de faltar ao trabalho a partir do momento em que as crianças ficarem em casa, por não existir resposta nas suas áreas de residência. Casos bem piores registam-se em algumas famílias de Samora Correia (Benavente) e Salvaterra de Magos.
O descontentamento levou já à realização de um abaixo-assinado (e à contratação de uma advogada), onde é exigida a manutenção da escola e uma indemnização aos pais, pelo que consideram ser «danos psicológicos causados às famílias e educandos». «Há crianças que irão ficar em casa porque não têm colocação em lado nenhum e outras que choram porque sabem que vão ficar sem os colegas e os professores», garantiu Manuela Cardoso, a magistrada representante da comissão de pais.
«Não tínhamos condições para manter em funcionamento umas instalações degradadas e os bombeiros não nos deram o auto de vistoria», justificou Manuela Marques, directora da Jean Piaget. Mas perante a evidência de se manter em funcionamento o pré-escolar, em salas com pior estado do que as que agora encerram, a responsável admitiu que em causa estão também razões económicas. «Se os pais pudessem suportar uma mensalidade de 300 euros, talvez se equacionasse a manutenção da escola. O Piaget é uma IPSS», admitiu. Sabe o JN que a DREL não aconselhou ao fecho do estabelecimento e que foi a própria instituição a informar dessa decisão.

Câmara não se pronuncia
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira cedeu à Nuclisol, em Dezembro passado, um terreno localizado no Casal do Malacieiro, destinado à construção das novas instalações para a instituição, com uma área total de 4492 metros quadrados. Com base no protocolo estabelecido - em Maio deste ano - a duração do direito de superfície é válida por 70 anos e renovável por períodos de 25 anos.
Todavia, perante a decisão de encerramento dos responsáveis da Nuclisol, e depois da insistência do JN, a autarquia socialista ainda não se pronunciou quanto ao incumprimento do acordo entre as duas entidades. Comportamento também adoptado em relação a um pedido de auxílio endereçado à autarquia pelos pais.
Já Manuela Marques, do Instituto Piaget, assumiu que «não houve condições para avançar com a construção das novas instalações porque a escritura só foi realizada recentemente». «Assim que tivermos possibilidades para construir, avançamos com o projecto. Mas os pais têm de entender que o Jean Piaget tem de ter viabilidade económica», concluiu a porta-voz da instituição.

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