Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Ensino de espanhol triplica no Alentejo em dois anos

A procura do castelhano disparou nas escolas públicas do Alentejo e já atinge números considerados "surpreendentes" pelos próprios professores. No total, existem 2477 alunos a estudarem espanhol, repartidos por 280 turmas, quando em 2004 não iam além dos 786 estudantes e 48 turmas, segundo dados revelados pela Direcção Regional de Educação. Ou seja, o ensino de espanhol triplicou em dois anos.
A intenção de seguir um percurso académico em Espanha explica o fenómeno, numa altura em que o francês entrou em declínio.
O distrito de Portalegre lidera este ranking regional, funcionando 124 turmas frequentadas por 1191 alunos, contra os 867 do ano passado, sendo curioso que nas escolas do distrito de Beja é onde se regista o maior aumento. As 217 matrículas de 2005/2006 subiram para as 657 no corrente ano lectivo, estando a funcionar 43 turmas. Évora acompanha a tendência, tendo 629 alunos de castelhano, quando há um ano tinha 427.
A maior procura do espanhol registada em Portalegre é atribuída à proximidade da região com as universidades da Extremadura e de Salamanca e à expectativa de os alunos virem a fazer o seu curso do lado de lá da raia. Aliás, o castelhano começa mesmo a ser apontado como prioritário pelos familiares dos alunos, que procuram definir desde cedo o percurso académico e profissional dos seus educandos, havendo famílias que aproveitam logo o ensino básico para formatarem o futuro dos filhos.
O director regional de Educação do Alentejo, José Verdasca, reconhece que o castelhano "dá aspirações" do ponto de vista formativo e profissional, admitindo que a leitura que as famílias e os jovens começaram a fazer é a de que os cenários de empregabilidade e formação em certas áreas, como acontece com a medicina, conduzem à definição de uma estratégia que privilegia Espanha.
Depois, insiste, o castelhano "é um língua mais fácil e mais útil que o francês, levando os miúdos a pensarem que poderão ter melhores notas", acrescenta, deixando, contudo, reticências quanto ao futuro. "Se esta moda, que se acentua, se deparar com algumas expectativas goradas por parte dos alunos, certamente que haverá uma inversão no futuro", refere, garantindo que a direcção regional vai procurar responder à procura que irá aumentar já em 2007. Não vai ser fácil, porque o grupo de docência é escasso, mas o dirigente espera que o crescimento se faça de "uma forma controlada e que não aconteça tudo de repente".

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