Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Universidade do Porto é a que produz mais doutorados no país

A Universidade do Porto foi a que produziu, de 1970 a 2005, mais docentes doutorados em Portugal (1338), seguida da Universidade Técnica de Lisboa (1225) e da Universidade de Lisboa (1095). Na cauda das universidades públicas encontra-se a da Madeira (34) e, nas privadas, a Portucalense (23), a Lusíada (17) e a Autónoma (7).
Os dados - embora provisórios por incluírem doutorados reformados e falecidos - foram ontem revelados, por Teresa Lemos, do Observatório da Ciência e do Ensino Superior (OCES), na segunda edição dos "Gulbenkian Alumni Meetings", em Oeiras.
"Endogamia e mobilidade na universidade portuguesa" foi o tema do debate sobre por que é Portugal o país da Europa com maior índice de endogamia, ou seja, de contratação de docentes da própria instituição em detrimento de candidatos externos - 91% face aos 88% da Espanha, muito longe do 1% da Alemanha.
Um inquérito realizado pela OCES a 3800 doutorados mostra que de, 2000 a 2004, 43,7% ingressaram de imediato na instituição em que obtiveram o grau académico e, quatro anos depois, essa taxa era já de 57,5%.

Relatório decide salário
Irene Fonseca deixou Portugal em 1981 rumo aos EUA, como bolseira da Gulbenkian, onde se doutorou em Matemática. Fez o pós-doutoramento em Paris e recruta agora os docentes para a Carnegie Mellon University, em Pittsburgh, onde "um docente júnior com pós-doutoramento" leva nove anos até ser professor associado e nos primeiros seis tem a ajuda de um mentor para preparar projectos e relatórios.
Na palestra explicou que na sua universidade há avaliações escritas anuais - que são obrigatórias - para se saber como evoluiu o professor. E revelou algo que surpreendeu a plateia "O meu salário depende da qualidade do meu relatório anual. Pode descer, subir ou ficar congelado".
Nada semelhante ao que se passa em Portugal ou Espanha, país onde, segundo ironizou o orador catalão Arcadi Navarro "os docentes estão sentados 20 anos na cátedra e só de lá saem para irem de férias". Já que só 20% leccionaram fora do país.

Ex-ministro aponta saída
Marçal Grilo, antigo ministro da Educação do Governo socialista (1995-99), disse ontem que "chegou o momento de mudar o sistema de governo das universidades". "O Governo deu um sinal muito forte na semana passada", referiu no segundo encontro de ex-alunos de doutoramentos do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras.
Considerando que existem agora condições para que a mudança ocorra, o antigo governante manifestou-se a favor do fim da eleição dos reitores. Para acabar com a endogamia (ler texto ao lado) e a perpetuação de clãs nos departamentos.
"É preciso ganhar liderança e prestação de contas", as universidades devem ter fontes de financiamento e gerar receitas próprias e é preciso mudar o critério da dotação estatal. Em vez do número de alunos ou de docentes, ser a qualidade dos projectos, defendeu o responsável pela Educação da Fundação Gulbenkian.

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