Corte de 343 milhões nos salários implica saída de milhares de professores
0 Comments Published by . on segunda-feira, novembro 13, 2006 at 7:10 da tarde.
O Ministério da Educação vai usar o quadro de mobilidade para transferir professores efectivos de zonas despovoadas ou "com zero turmas" para áreas "densamente habitadas". A medida, que levará à saída de milhares de docentes do ensino, permitirá reduzir em 343,1 milhões de euros os salários a pagar durante o próximo ano aos professores do ensino básico e secundário.
O Governo não divulga o números de professores a abranger pelo quadro de mobilidade em 2007 e não explica, na totalidade, quantos docentes terão de sair do sistema de ensino para sustentar a redução de salários nas escolas secundárias e do ensino básico. Nestes estabelecimentos, a redução de salários atinge os 342 milhões de euros, dos quais 213,4 milhões de euros referentes ao ensino básico.
Ao DN, fonte oficial do Ministério da Educação limita-se a falar em "ganhos de eficiência" e na saída de cinco mil contratados do ensino - já anunciado pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues -, em paralelo com a passagem para a reforma de mais cinco mil docentes, no decorrer do próximo ano lectivo.
Mas a poupança de dez mil salários, mesmo anuais, está longe de explicar a redução de 343,1 milhões de euros, de acordo com simulações, utilizando médias salariais vencidas por docentes no topo da carreira. No máximo, de acordo com cálculos do DN, a saída de dez mil docentes do ensino explica apenas metade da redução das remunerações. Acresce que o ministério prepara-se para contratar 1200 funcionários para a área auxiliar, "respeitando", diz fonte oficial, "a regra de entrada de um funcionário em cada duas saídas".
Mobilidade
O ministério admite utilizar o quadro de supranumerários como "instrumento de gestão" para proceder a "migrações de docentes". O objectivo é levar os professores efectivos "sem carga horária" a substituírem os contratados a prazo. Nesse caso uma nova vaga de milhares de professores sem vínculo permanente - não contabilizado pela Educação - terá de sair do sistema.
O Governo não divulga o números de professores a abranger pelo quadro de mobilidade em 2007 e não explica, na totalidade, quantos docentes terão de sair do sistema de ensino para sustentar a redução de salários nas escolas secundárias e do ensino básico. Nestes estabelecimentos, a redução de salários atinge os 342 milhões de euros, dos quais 213,4 milhões de euros referentes ao ensino básico.
Ao DN, fonte oficial do Ministério da Educação limita-se a falar em "ganhos de eficiência" e na saída de cinco mil contratados do ensino - já anunciado pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues -, em paralelo com a passagem para a reforma de mais cinco mil docentes, no decorrer do próximo ano lectivo.
Mas a poupança de dez mil salários, mesmo anuais, está longe de explicar a redução de 343,1 milhões de euros, de acordo com simulações, utilizando médias salariais vencidas por docentes no topo da carreira. No máximo, de acordo com cálculos do DN, a saída de dez mil docentes do ensino explica apenas metade da redução das remunerações. Acresce que o ministério prepara-se para contratar 1200 funcionários para a área auxiliar, "respeitando", diz fonte oficial, "a regra de entrada de um funcionário em cada duas saídas".
Mobilidade
O ministério admite utilizar o quadro de supranumerários como "instrumento de gestão" para proceder a "migrações de docentes". O objectivo é levar os professores efectivos "sem carga horária" a substituírem os contratados a prazo. Nesse caso uma nova vaga de milhares de professores sem vínculo permanente - não contabilizado pela Educação - terá de sair do sistema.
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