Educação poupa 6 milhões com greves
0 Comments Published by . on sábado, novembro 11, 2006 at 2:30 da manhã.
O Ministério da Educação poupou cerca de seis milhões de euros nos dois dias de greve que os professores fizeram a 17 e 18 de Outubro. O valor foi apurado a partir das declarações apresentadas pelos docentes para justificarem as respectivas faltas.
Segundo o gabinete da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, a média de adesão à greve daqueles dois dias ficou-se nos 32 por cento, percentagem muito inferior ao que foi avançado na altura pelas estruturas sindicais do sector (85 por cento) e abaixo das próprias estimativas do Governo, que rondavam os 39 por cento.
Na base do protesto de educadores e professores esteve um dossiê cuja discussão parece longe de terminar – a revisão do Estatuto da Carreira Docente – e que vai continuar a motivar os docentes para outro tipo de acções já agendadas.
Na próxima semana, os professores fazem uma vigília de três dias, a 15, 16 e 17, em frente ao Ministério da Educação, na Av. 5 de Outubro, em Lisboa. Segue-se um plenário nacional, dia 17, que terminará com um cordão humano até ao Ministério onde os professores pretendem entregar um abaixo-assinado.
A estruturação da carreira em duas categorias e a imposição de quotas na categoria superior estão no centro da discórdia. O estatuto, recorde-se, já vai na sexta versão e entrará em vigor em 2007.
Apesar das negociações para a revisão do Estatuto da Carreira Docente terem sido dadas como encerradas no final de Outubro, uma nova ronda, de carácter extraordinário, já foi pedida pelos sindicatos.
Como ponto de partida para as novas negociações, que começam dia 16, Maria de Lurdes Rodrigues já fez saber que não vai mudar nada do que considera essencial na sua proposta.
Há dois dias, o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, veio a público reafirmar a disponibilidade do Governo para discutir o projecto, mas sublinhando, também ele, a firmeza de princípios.
O novo processo negocial pode durar até 15 dias e o Ministério poderá optar por reunir com os sindicatos em conjunto ou com cada uma das quatro mesas negociais em separado.
ESTADO LUCRA COM PARAGENS
Quem mais lucra com a greve dos trabalhadores da Função Pública é o próprio Estado. Com as várias paralisações que já ocorreram este ano, o Governo poupou um valor global que pode chegar aos 80 milhões de euros. Feitas as contas, e olhando para os valores inscritos no Orçamento de Estado para 2007 com a previsão das despesas com pessoal, os cofres públicos vêem reduzidos 3,3 milhões por dia por cada dez por cento dos trabalhadores grevistas. Da mesma forma, se os números da adesão à greve apontados pelos sindicatos estiverem colados ao número efectivo de trabalhadores em protesto, entre ontem e hoje o Governo garante uma poupança equivalente a 53 milhões de euros.
Segundo o gabinete da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, a média de adesão à greve daqueles dois dias ficou-se nos 32 por cento, percentagem muito inferior ao que foi avançado na altura pelas estruturas sindicais do sector (85 por cento) e abaixo das próprias estimativas do Governo, que rondavam os 39 por cento.
Na base do protesto de educadores e professores esteve um dossiê cuja discussão parece longe de terminar – a revisão do Estatuto da Carreira Docente – e que vai continuar a motivar os docentes para outro tipo de acções já agendadas.
Na próxima semana, os professores fazem uma vigília de três dias, a 15, 16 e 17, em frente ao Ministério da Educação, na Av. 5 de Outubro, em Lisboa. Segue-se um plenário nacional, dia 17, que terminará com um cordão humano até ao Ministério onde os professores pretendem entregar um abaixo-assinado.
A estruturação da carreira em duas categorias e a imposição de quotas na categoria superior estão no centro da discórdia. O estatuto, recorde-se, já vai na sexta versão e entrará em vigor em 2007.
Apesar das negociações para a revisão do Estatuto da Carreira Docente terem sido dadas como encerradas no final de Outubro, uma nova ronda, de carácter extraordinário, já foi pedida pelos sindicatos.
Como ponto de partida para as novas negociações, que começam dia 16, Maria de Lurdes Rodrigues já fez saber que não vai mudar nada do que considera essencial na sua proposta.
Há dois dias, o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, veio a público reafirmar a disponibilidade do Governo para discutir o projecto, mas sublinhando, também ele, a firmeza de princípios.
O novo processo negocial pode durar até 15 dias e o Ministério poderá optar por reunir com os sindicatos em conjunto ou com cada uma das quatro mesas negociais em separado.
ESTADO LUCRA COM PARAGENS
Quem mais lucra com a greve dos trabalhadores da Função Pública é o próprio Estado. Com as várias paralisações que já ocorreram este ano, o Governo poupou um valor global que pode chegar aos 80 milhões de euros. Feitas as contas, e olhando para os valores inscritos no Orçamento de Estado para 2007 com a previsão das despesas com pessoal, os cofres públicos vêem reduzidos 3,3 milhões por dia por cada dez por cento dos trabalhadores grevistas. Da mesma forma, se os números da adesão à greve apontados pelos sindicatos estiverem colados ao número efectivo de trabalhadores em protesto, entre ontem e hoje o Governo garante uma poupança equivalente a 53 milhões de euros.
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