Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Educação: 300 escolas avaliadas em cada ano

O Ministério da Educação (ME) quer que todas as escolas sejam alvo de avaliações, para melhorarem os resultados escolares. Vinte e quatro já foram avaliadas; no próximo ano, serão cerca de 100 e, a partir de 2008, o ME quer que a avaliação seja rotineira – 300 por ano.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, presidiu à apresentação dos resultados da avaliação externa, no Conselho Nacional de Educação (Lisboa), que vai permitir a celebração de contratos de autonomia com 24 escolas (ver lista ao lado). Candidataram-se 120 escolas, foram seleccionadas 24, tendo em conta a existência de processos de auto-avaliação anteriores, a indicação dos pontos fortes e fracos e um conjunto de estabelecimentos que representasse o panorama das escolas do país.
O quadro de referência para a avaliação das 24 escolas integrou cinco domínios-chave (ver coluna ao lado). Segundo Pedro Guedes de Oliveira, coordenador do Grupo de Trabalho de Avaliação das Escolas, os estabelecimentos de ensino “alcançaram os melhores resultados no domínio da liderança e os piores nos resultados”.
Até ao final do ano, cada escola deverá indicar ao ME quais as condições de que necessita para melhorar os resultados e definir os objectivos. “A avaliação e a autonomia são instrumentos que permitem melhorar”, frisou Maria de Lurdes Rodrigues.
O trabalho agora realizado vai permitir ter “um referencial de auto-avaliação e de avaliação externa que permitirá a generalização de um processo de rotina”. O objectivo, explicou a governante, é que “em períodos de quatro anos todas as escolas possam ser avaliadas”. Actualmente, os mais de dez mil estabelecimentos de ensino são geridos por 1200 unidades de gestão (escolas ou agrupamentos) e o ME prevê que anualmente sejam avaliadas 300.
A especialização e diferenciação das escolas poderá ser um caminho a seguir. “Uma escola pode querer ser muito boa em ensino de Português para Estrangeiros, deve apostar aí e centrar os seus esforços para consegui-lo”, referiu a ministra.
À margem da cerimónia, a ministra apelou aos professores que “leiam” a proposta do ME de alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD). Maria de Lurdes Rodrigues revelou que apenas viu “pequenas reportagens” sobre a marcha de professores, que reuniu 20 mil docentes na 5.ª feira em Lisboa em protesto contra a proposta do ME de alteração do Estatuto da Carreira Docente (ECD).
“Pelo que vi, os professores não conhecem as propostas” do ME. Por isso, a ministra lançou um apelo. “Os professores que leiam por si próprios, conheçam as propostas.” Questionada sobre se considera que os sindicatos manipulam os professores, a ministra atirou com um “não acho nada”.

O QUE É AVALIADO
RESULTADOS
O sucesso académico, a valorização dos saberes e da aprendizagem, o comportamento e disciplina e a participação e desenvolvimento cívico são os factores avaliados no domínio dos resultados de cada escola.

NÍVEL EDUCATIVO
Articulação e sequencialidade, diferenciação e apoios, abrangência do currículo, oportunidades de aprendizagem, equidade e justiça, articulação com famílias, valorização e impacto das aprendizagens são factores do domínio do serviço educativo.

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
Concepção, planeamento e desenvolvimento da actividade, gestão de recursos humanos, qualidade e acessibilidade dos recursos e ligação às famílias também são avaliados.

LIDERANÇA
Visão e estratégia, motivação e empenho, abertura à inovação, parcerias, protocolos e projectos são factores no domínio da liderança; a auto-avaliação e a sustentabilidade do progresso também estão sob avaliação.

ESTABELECIMENTOS CANDIDATOS À AUTONOMIA
ESCOLAS SECUNDÁRIAS
Eça de Queirós, Póvoa do Varzim
Caldas das Taipas, Guimarães
João da Silva Correia, S. João da Madeira
João Gonçalves Zarco, Matosinhos
Quinta das Palmeiras, Covilhã
Dr. Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz
Quinta do Marquês, Oeiras
D. Luísa de Gusmão, Lisboa
Rainha Santa Isabel, Estremoz
Pinheiro e Rosa, Faro

AGRUPAMENTOS

Escolas de Gondifelos,V. N. Famalicão
Escolas de Miragaia, Porto
Escolas Eugénio de Andrade, Porto
Cávado Sul, Barcelinhos
Escolas de Colmeias, Leiria
Escolas de Vouzela
Escolas de Nery Capucho, Marinha Grande
Escolas de Alfornelos, Amadora
Escolas Ferreira de Castro, Mem Martins
Escolas de Mem-Ramires, Santarém
Matilde Rosa Araújo, S. Domingos de Rana
Escola Básica Integrada da Charneca de Caparica
Escolas de Portel
Escolas de Algoz, Silves

1 Responses to “Educação: 300 escolas avaliadas em cada ano”

  1. # Blogger Qualidade nas Escolas

    A CAF (Common Assessement Framework) - traduzido em português, Estrutura Comum de Avaliação- é um modelo de análise organizacional, baseado no modelo de Gestão de excelência da EFQM (European Foundation for Quality Management), que aplicado de forma contínua e sistemática, permite à Escola realizar um exercício de auto-avaliação a custos reduzidos.
    Diversas Escolas já estão a implementar a CAF:

    Externato Cooperativo da Benedita,
    Escola Secundária da Amadora,
    Escola Secundária Damião de Goes,
    Escola EB 2,3 Pêro Alenquer,
    Escola Secundária José Gomes Ferreira de Benfica,
    Escola Secundária Leal da Câmara,
    Escola Secundária de Caneças,
    Escola Secundário Pedro Nunes,
    Escola Secundária de Fonseca Benevides,
    Escola Secundária IBN Mucana,
    Escola Profissional Agrícola D.Dinis,
    Entre outros.
    A avaliação é fundamental para uma preparação da avaliação do Ministério da Educação e da própria Inspecção Geral da Educação.
    A CAF é um modelo que abrange muitas das áreas da avaliação do ME, isto porque o modelo piloto do ME é baseado cinco domínios chave:
    • Resultados educativos
    • Prestação do serviço educativo
    • Organização e gestão escolar
    • Liderança
    • Capacidade de auto-avaliação e de progresso da escola

    A CAF avalia praticamente todas estas áreas como por exemplo a organização e gestão escolar, a liderança e a auto-avaliação.
    Com a CAF as Escolas poderão reforçar a sua capacidade de auto-avaliação, utilizando um modelo abrangente e sistemático de avaliação organizacional, que potencie ainda mais a gestão do seu desempenho organizacional, nas suas várias vertentes, no sentido da melhoria contínua.  

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