Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Livros do Ensino Básico custam 300 euros

Neste ano lectivo, as mochilas não vão apenas continuar a pesar sobre os ombros das crianças e jovens. A frequência escolar exige sacrifícios à generalidade das famílias que, cada vez mais, tentam diluir as despesas ao longo de alguns meses através de prestações. Por cada criança ou adolescente, só no Básico, o arranque das aulas custará a cada agregado entre 250 e 300 euros. Do 7.º ao 9.º ano de escolaridade, a despesa sobe 50 euros, com o número de disciplinas. Até Outubro, os cerca de milhão e meio de alunos vão movimentar um negócio de 500 milhões.
É parte substancial do ordenado mínimo nacional a despesa de um aluno só nas "primeiras impressões" do ano lectivo. Famílias com mais de um filho, mesmo com rendimentos medianos, vão ter um Outono restritivo noutros gastos.
Segundo a Confederação Nacional das Associações de Pais, mesmo que não haja um aumento significativo de preços dos manuais, há que contar com pelo menos os efeitos da inflação. Disse-nos a presidente da mesma Confederação que as famílias devem contar com pelo menos 250 a 300 euros de despesa, no caso de uma criança do Básico. Já no caso dos 7.º, 8.º e 9.º anos, ainda de acordo com Maria José Viseu, o facto de haver 14 disciplinas pode elevar bastante a factura, pelo menos uns 50 euros. Uma factura que, admite a mesma responsável, vem nos últimos anos a obrigar muitos agregados a aderir às prestações.
Pagar aos poucos ou com descontos é facilidade proposta por um número crescente de comerciantes, desde as próprias editoras às grandes superfícies. As compras através da Internet são uma das fórmulas para obter descontos assegurando uma encomenda entregue em tempo útil e que atribuem bónus de desconto. Com maior ou menor prolongamento de compromissos, as famílias portuguesas vão transferir, nos próximos meses, para manuais e materiais escolares quase 500 milhões de euros.
Lembra Maria José Viseu que o desemprego recente de muitos pais é um obstáculo à obtenção de apoios para cobrir a entrada de muitas crianças no ano lectivo, na medida em que serão as declarações de rendimentos anteriores que valem.
Só para o ano lectivo de 2007-08 os manuais escolares começam a poder circular entre os irmãos com maior diferença de idades, uma aspiração das famílias com agregado mais alargado. Até lá, essa "herança" ainda é pouco facilitada. Faltará também, segundo a CONFAP, que se aproveitem as novas tecnologias de informação e comunicação (por exemplo, DVD ou CD) para proporcionar adendas a manuais desactualizados só numa parcela ínfima.

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