Obras para remover amianto inquietam Alcabideche
0 Comments Published by . on domingo, maio 14, 2006 at 4:43 da manhã.
A direcção da Escola Básica do 2º e 3º ciclos de Alcabideche, em Cascais, está preocupada com os riscos para saúde de alunos, professores e funcionários que podem ser provocados com os trabalhos de substituição do telhado daquele estabelecimento de ensino, cuja cobertura é de amianto, uma substância cancerígena.
De acordo com duas professoras que leccionam na escola, os trabalhos começaram esta manhã, tendo alguns pais ido buscar os filhos à escola com receio de problemas de saúde. A escola tem perto de 400 alunos, do 5º ao 9º ano de escolaridade.
"Houve crianças que foram para casa porque têm problemas de asma", contou a professora Filomena Raposo, segundo a qual os professores contactaram o Instituto Nacional de Saúde Pública Ricardo Jorge para se inteirarem dos riscos que correm. "Disseram-nos que o amianto é perigoso e que, a partir da altura em que começarem a desmontar, as partículas soltam-se. Devia ser feito o trabalho sem as pessoas cá dentro", afirmou a professora.
Segundo a docente, o concelho directivo da escola foi alertado, respondendo que “estava tudo sob controlo".
Porém, as duas professoras garantem que não os encarregados de educação não foram informados da intervenção e que a única providência que tomada “foi vedar aquela zona". Filomena Raposo admite que a Direcção Regional de Educação (DREL) comunicou ao Conselho Directivo que as obras deveriam começar no fim-de-semana, mas que essa informação não sossegou os professores. "Eles deviam primeiro regar o telhado porque senão segunda-feira, as pessoas chegam e vão inspirar este pó".
A assembleia de escola, composta por professores e funcionários administrativos, reuniu-se à hora de almoço para decidir o que fazer, mas nenhuma decisão foi tomada. Uma das professoras que integra este órgão, Helena Escoval, afirmou que o Conselho Directivo acabou por comunicar a suspensão das obras até quarta-feira, dia em que se realiza uma reunião com a DREL e um elemento da saúde pública de Cascais, concelho a que pertence o agrupamento escolar.
O presidente do Conselho Executivo, João Manuel Neves, negou o início das obras em questão, assegurando que “só depois de as pessoas estarem esclarecidas e de se saber se estão reunidas todas as condições de segurança é que começam".
Porém, Helena Escoval avança que foram já feitas algumas intervenções e que alguns alunos de uma turma, com problemas de asma e alergia, se sentiram mal. A professora adiantou ainda que estes alunos estavam num corredor que começou a ser intervencionado.
A associação ambientalista Quercus já defendeu o encerramento do estabelecimento enquanto decorrem as obras, como medida preventiva para proteger a saúde da população escolar.
De acordo com Carlos Moura, elemento da Quercus, a situação é "bastante preocupante". "Fomos alertados várias vezes por professores e funcionários. É irrelevante a obra começar hoje ou amanhã, uma vez que o grave problema é estas obras poderem prosseguir com as aulas a decorrer", explicou.
O ambientalista indicou que placas de fibrocimento com aminato utilizadas na cobertura da escola “podem partir-se” quando forem retiradas, sendo “previsível que isso aconteça e que espalhem fibras por todo o recinto, dependendo também dos ventos".
O método a seguir, segundo a mesma fonte, seria lavar todo o espaço com mangueiras para não ficarem poeiras que pudessem depois ser levantadas.
A Quercus enviou um fax com recomendações à DREL e defende que os professores e os pais deviam ser avisados antecipadamente. "Por outro lado, também é importante saber que empresa foi contratada, coisa que desconhecemos e os professores também porque o Conselho Executivo não lhes deu essa informação e os engenheiros da DREL presentes no local também não", assegurou Carlos Moura.
De acordo com duas professoras que leccionam na escola, os trabalhos começaram esta manhã, tendo alguns pais ido buscar os filhos à escola com receio de problemas de saúde. A escola tem perto de 400 alunos, do 5º ao 9º ano de escolaridade.
"Houve crianças que foram para casa porque têm problemas de asma", contou a professora Filomena Raposo, segundo a qual os professores contactaram o Instituto Nacional de Saúde Pública Ricardo Jorge para se inteirarem dos riscos que correm. "Disseram-nos que o amianto é perigoso e que, a partir da altura em que começarem a desmontar, as partículas soltam-se. Devia ser feito o trabalho sem as pessoas cá dentro", afirmou a professora.
Segundo a docente, o concelho directivo da escola foi alertado, respondendo que “estava tudo sob controlo".
Porém, as duas professoras garantem que não os encarregados de educação não foram informados da intervenção e que a única providência que tomada “foi vedar aquela zona". Filomena Raposo admite que a Direcção Regional de Educação (DREL) comunicou ao Conselho Directivo que as obras deveriam começar no fim-de-semana, mas que essa informação não sossegou os professores. "Eles deviam primeiro regar o telhado porque senão segunda-feira, as pessoas chegam e vão inspirar este pó".
A assembleia de escola, composta por professores e funcionários administrativos, reuniu-se à hora de almoço para decidir o que fazer, mas nenhuma decisão foi tomada. Uma das professoras que integra este órgão, Helena Escoval, afirmou que o Conselho Directivo acabou por comunicar a suspensão das obras até quarta-feira, dia em que se realiza uma reunião com a DREL e um elemento da saúde pública de Cascais, concelho a que pertence o agrupamento escolar.
O presidente do Conselho Executivo, João Manuel Neves, negou o início das obras em questão, assegurando que “só depois de as pessoas estarem esclarecidas e de se saber se estão reunidas todas as condições de segurança é que começam".
Porém, Helena Escoval avança que foram já feitas algumas intervenções e que alguns alunos de uma turma, com problemas de asma e alergia, se sentiram mal. A professora adiantou ainda que estes alunos estavam num corredor que começou a ser intervencionado.
A associação ambientalista Quercus já defendeu o encerramento do estabelecimento enquanto decorrem as obras, como medida preventiva para proteger a saúde da população escolar.
De acordo com Carlos Moura, elemento da Quercus, a situação é "bastante preocupante". "Fomos alertados várias vezes por professores e funcionários. É irrelevante a obra começar hoje ou amanhã, uma vez que o grave problema é estas obras poderem prosseguir com as aulas a decorrer", explicou.
O ambientalista indicou que placas de fibrocimento com aminato utilizadas na cobertura da escola “podem partir-se” quando forem retiradas, sendo “previsível que isso aconteça e que espalhem fibras por todo o recinto, dependendo também dos ventos".
O método a seguir, segundo a mesma fonte, seria lavar todo o espaço com mangueiras para não ficarem poeiras que pudessem depois ser levantadas.
A Quercus enviou um fax com recomendações à DREL e defende que os professores e os pais deviam ser avisados antecipadamente. "Por outro lado, também é importante saber que empresa foi contratada, coisa que desconhecemos e os professores também porque o Conselho Executivo não lhes deu essa informação e os engenheiros da DREL presentes no local também não", assegurou Carlos Moura.
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