Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Manuais escolares do 1º Ciclo mais baratos?

Os manuais escolares do 1.º Ciclo poderão registar uma quebra nos preços agora praticados na ordem dos 50%, já no ano lectivo de 2007/8. Nos restantes ciclos, a redução poderá atingir os 20%. Os editores estão dispostos a colaborar na regulação do mercado, caso o Ministério da Educação aceite sentar-se à mesa das negociações. As associações de pais dizem-se satisfeitas com a ideia e já manifestaram a Maria de Lurdes Rodrigues a necessidade de avançar, sem demoras, com uma regulação séria do mercado do livro escolar.
A ideia de não esperar pela aprovação da proposta de lei do Governo relativa ao "regime de avaliação e adopção de manuais escolares do Ensino Básico e do Ensino Secundário" para proceder a uma regulação do mercado suscitou o interesse das associações de pais. Foi assim que editores e livreiros, de um lado, e pais, do outro, acordaram vontades e manifestaram ao Ministério da Educação a intenção de se sentarem à mesa de negociações.
Para tanto, os editores estão dispostos a aceitar - apenas de forma transitória - a certificação prévia dos manuais no 1.º Ciclo. "Só um processo de certificação centralizado na escola pode funcionar numa sociedade livre como a nossa", justificou, ao JN, Vasco Teixeira, da Comissão do Livro Escolar.
Aquele responsável concorda que é no 1.º Ciclo que existe maior desregulação, havendo disciplinas com mais de 20 manuais em oferta. Assim, Vasco Teixeira admitiu que os editores estão dispostos a fazer baixar os preços, "desde que se defina onde se quer poupar". Como realçou, "é possível fazer livros mais baratos, mas não subscrevo que se proceda a uma baixa radical, pois pode ter reflexos na qualidade do produto e na sua eficácia".
Albino Almeida, membro da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), disse ao JN que é possível, já no ano lectivo de 2007/8, baixar o preço dos manuais escolares em cerca de 50%, desde que os livros sejam produzidos em papel de qualidade inferior e com a utilização de apenas duas cores.
Assim, o preço médio de um manual mais o caderno de exercícios poderia passar de 15 euros para um valor entre os 8 e os 9 euros. Vasco Teixeira considera estes valores como "no limite do mínimo aceitável". "Posso produzir livros com papel de 60 gramas, como se faz para Moçambique, e não com 80 gramas, como usamos. Será utilizar um papel quase transparente. Por isso, será necessário pensar seriamente onde se quer poupar", sublinhou.
No que se refere aos 2.º e 3.º ciclos, a proposta dos editores e da Confap admite a certificação feita apenas pelas sociedades científicas. "O cabaz de manuais por disciplina custa, actualmente, uma média de 20 euros. Num quadro de regulação, seria possível baixar esse valor em 20% já em 2007/8", afirmou Albino Almeida. "Se multiplicarmos o valor poupado pelos 200 mil alunos carenciados que o Governo quer ver apoiados em 2009, vê-se quanto o Estado e as famílias vão poder economizar", concluiu.As propostas - que resultaram de um diálogo mantido entre a Confap e os editores e livreiros - estão já em cima da secretária de Maria de Lurdes Rodrigues. "As editoras assumiram que os tempos áureos dos manuais chegaram ao fim. Contudo, não estão dispostos a perder o negócio e, por isso, estão interessados numa regulação negociada", afirmou Albino Almeida.Para já, os editores avançaram com a certificação dos manuais escolares dos 4.º, 7.º e 12.º ano, que estão em época de adopção, fazendo-os aprovar pelas respectivas associações científicas. Ao JN, o Ministério da Educação afirmou estar interessado num mecanismo regulador, estendida ao Ensino Secundário. E recordou que a proposta de Lei vai no sentido da regulação desejada.

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