Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


56 professores doentes obrigados a regressar

Mário Nogueira, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), queria mostrar ao secretário de Estado da Educação, Válter Lemos, o "mal que está a fazer" a 56 docentes, "em situação extrema", ao obrigá-los, por despacho de 4 de Abril, a abandonarem as escolas onde estavam destacados para se apresentarem nos estabelecimentos de origem. E nem a intervenção policial que tentou, ontem, dissuadir a sua permanência na ala privada do Instituto Superior Politécnico de Viseu, em cujo interior o membro do governo se encontrava, impediu que atingisse os seus objectivos. Ao final da manhã, uma reunião autorizada com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, deixou a certeza de uma posição da tutela durante o dia de hoje.
Vários assuntos que preocupam a classe docente estiveram em cima da mesa durante a curta reunião entre a delegação liderada pelo SPRC e Jorge Pedreira. Mas o mais relevante, segundo Mário Nogueira, foi o despacho, alegadamente assinado por Valter Lemos, que obrigou 56 professores da região centro a regressarem às escolas de raiz, dando lugar, em alguns casos, a situações sociais dramáticas.
"Não estamos a falar de pessoas que tomam um comprimido "Melhoral" de manhã para passarem bem o resto do dia. Estamos a falar de professores que estão sujeitos a tratamento de quimioterapia, diálise ou se movimentam em cadeiras de rodas. Pessoas que foram destacadas no início do ano lectivo pelo Ministério da Educação e que, a escassos meses de terminarem o destacamento (31 de Agosto), são obrigadas a regressar às escolas para ficarem paradas", criticou o dirigente do SPRC.
Mário Nogueira espera que ao SPRC chegue, durante o dia de hoje, informação que aponte para a resolução do problema. O que poderá levar a organização sindical a retirar a providência cautelar interposta, na última terça-feira, no Tribunal de Coimbra, no sentido da neutralização dos efeitos do Despacho de 4 de Abril.
"Se isso não acontecer, e se o despacho não for revogado, iremos onde for preciso, inclusive ao Ministério da Educação, Em Lisboa", avisou Mário Nogueira.
Durante a manifestação de protesto, que juntou mais de meia centena de professores, Mário Nogueira acusou Valter Lemos de ter "mentido" ao Grupo Parlamentar do Partido Socialista quando "negou" ter assinado qualquer despacho.

Punir severamente situações irregulares
Mário Nogueira, do SPRC, acusou, ontem, o secretário de Estado da Educação, de "baralhar" o país ao anunciar que há milhares de professores destacados envoltos em "situações menos transparentes". No que respeita à região centro, o sindicalista garante que existem casos dramáticos de pessoas com problemas de saúde graves. Mas adverte "Se há situações que não são correctas ou desconfiança de fraudes, que [os professores] sejam punidos e punidos severamente".

Professores afectados nas suas aposentações
Alegados erros nos concursos de acesso à actividade docente estão a penalizar, segundo o SPRC, duas centenas de professores, de Viseu, que concluíram os seus cursos em 1976. "Os professores deveriam ter sido colocados em Outubro e isso só aconteceu em Novembro. Agora falta-lhes tempo de serviço e só poderão aposentar-se dentro de 10 a 15 anos", denunciou Francisco Almeida, do SPRC/Viseu.

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