Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Universidades e politécnicos do Sul criam academia para partilhar alunos

Seis universidades e politécnicos do Sul vão criar uma academia conjunta, para coordenar as suas ofertas formativas. A ideia é evitar sobreposições e repetições de cursos entre regiões tão próximas, que acabam por resultar em formações que não chegam aos 20 alunos, perdendo, por isso, o acesso ao financiamento. Numa segunda fase, a designada Academia do Sul vai funcionar em rede com as universidades espanholas da Andaluzia e Estremadura, para captar capacidade científica.
Num quadro de cortes orçamentais no superior, as universidades do Algarve e Évora juntaram-se aos politécnicos de Santarém, Setúbal, Portalegre e Beja. Juntas, prometem por termo ao que adjectivam de "desperdício de recursos", com as ofertas a repetirem-se num raio de apenas cem quilómetros, enquanto o número de matrículas diminui.
A universidade alentejana, por exemplo, tem este ano vários cursos que não chegam aos 20 alunos, como engenharia agrícola, zootecnia, informática, ciências do ambiente e na própria matemática. Todos eles estão sem financiamento estatal, por falta de estudantes.
Para o reitor da universidade, Jorge Araújo, a aposta nesta academia "não pode falhar em 2007", sob pena de fragilizar ainda mais a situação. "Cada instituição continua a ter a sua autonomia, mas não podemos andar todos a fazer a mesma coisa, porque com os actuais cortes não é possível pôr estes cursos a funcionar". As quebras no financiamento estatal, que as instituições do sector estimam em 15%, requerem "criatividade" e não deixam alternativa: "Só juntos conseguimos ser agressivos na conquista dos novos financiamentos disponíveis."
Cerca de 80 quilómetros mais abaixo no mapa, o Politécnico de Beja debate-se com os mesmos problemas. O vice-presidente José Pedro Fernandes revela a existência de vários cursos com menos de 20 alunos, havendo outros que andam no limiar. "Temos que estar empenhados nesta rede, mas vamos ver como são os contornos do processo", ressalva, explicando que "há muito tempo" que o tema vem sendo estudado.

Possível rede internacional
Uma vez consolidada, a Academia do Sul tenciona avançar para Espanha, em busca de parcerias ao nível das ofertas de doutoramentos e mestrados. O objectivo é contornar debilidades científicas em algumas áreas de ensino, de forma a avançar com novas ofertas que mereçam a aprovação da recém-criada Agência Nacional para Acreditação, à qual os cursos serão submetidos.
Para Jorge Araújo, a junção às universidades sediadas em Badajoz e Sevilha - criando a Rede de Conhecimento do Sudoeste Ibérico - teria um "enorme impacto" junto do poder político, já que se inscreve no género de rede correspondente às políticas europeias. "Isso iria permitir mais candidaturas a financiamentos substanciais, porque são modelos muito privilegiados pela União Europeia", sublinha.
Actualmente, já decorre um projecto transfronteiriço no âmbito das energias renováveis, que envolve as universidades de Évora e da Extremadura. Estão a ser criados dois parques temáticos, dedicados à investigação das energias eólica, solar, biomassa, biocombustíveis, e concepção de edifícios bioclimáticos.

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