Professoras Desesperadas

A Associação de Desportos de Aventura Juventude e Ambiente (Azimute), sediada em Bragança, vai levar ciência às crianças das aldeias, através do ecolaboratório itinerante. Trata-se de um equipamento que deverá contribuir para a formação ambiental de crianças e jovens.
O Ministério do Ambiente já aprovou a candidatura de cinco mil euros, que permitiu a aquisição de material, designadamente microscópios e medidores de solos, que poderá ser deslocado num veículo da associação às escolas que o solicitem.
O alvo preferencial são as escolas do 1.º ciclo e os residentes no meio rural, onde raramente este tipo de equipamento existe ou chega. No entanto, o ecolaboratório estará disponível para associações ambientalistas, visitantes e turistas. Desta forma, a Azimute pretende "incentivar o interesse pela investigação, bem como a promoção de uma cidadania consciente e a alteração de comportamentos", explicou João Cameira, líder da associação.
A Azimute solicitou a colaboração do Instituto Politécnico de Bragança, através dos alunos dos cursos vocacionados para o ensino que poderão aproveitar o laboratório itinerante para realizar trabalhos científicos ou estágios curriculares, e ao mesmo tempo ensinar os mais novos. Trata-se também de uma forma de rentabilizar e optimizar os recursos existentes, humanos e físicos, por meio da "colaboração entre entidades, imprimindo um carácter mais científico e pedagógico à iniciativa", referiu.
No ecolaboratório, as crianças poderão aprender mais sobre os solos, a fauna, a flora, a geologia, e a água, recolhendo amostras, analisando-as e fazendo o acompanhamento das mudanças que ocorrem com experiências.