Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Educação: professores receiam gestores profissionais

Os professores estão “expectantes”, mas já vão avisando que não aceitarão a imposição de gestores de carreira à frente das escolas.
Em reacção a um artigo de opinião da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, publicado ontem no jornal ‘Público’, em que considerou estarem reunidas as condições para “abrir o processo de revisão do regime de gestão e de avaliação das escolas”, o dirigente da Fenprof Mário Nogueira revela os receios dos docentes. “Pelos indícios do modo de trabalhar deste Ministério, uma alteração do regime deve assentar no afastamento dos professores das decisões, torná-los agentes passivos que apenas cumprem ordens de responsáveis e representantes da administração educativa”, disse ao CM.
No artigo de opinião, a ministra defende o Estatuto da Carreira Docente (ECD), aprovado quinta-feira, que “permitirá dispor de mecanismos de avaliação rigorosa e objectiva do trabalho docente, com consequências no reconhecimento do mérito dos melhores professores”.
Mário Nogueira replica: “É uma ideia errada do que vai ser o ECD. O objectivo é dispensar milhares de contratados e reduzir milhares de professores dos quadros. O Estatuto vai criar piores escolas públicas.”
O ME vai agora avançar para a revisão do regime de gestão, “com o objectivo de incrementar a autonomia das escolas e de melhorar as condições da sua liderança”.
“Concordamos que são necessárias mudanças, deve haver repartição de competências e reformulação do envolvimento da comunidade. Os professores devem ter formação para gerir as escolas, mas não estamos de acordo que o gestor seja de carreira, pois gerir uma escola não é o mesmo que gerir uma empresa”, avisa Mário Nogueira.
O dirigente sindical assegura que os docentes “têm sensibilidade pedagógica para resolver os problemas sem prejuízo para o trabalho”.

ENRIQUECIMENTO FUNCIONA MAL
Faltam professores e os que asseguram as actividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo não têm formação. Estas são duas conclusões do XXI Encontro da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (Ferlap), realizado sábado, contando com 130 participantes.
Para António Castela, presidente da Ferlap, tem havido “problemas na implementação” das actividades de enriquecimento curricular. “Houve pouca regulação. Há autarquias, como Sintra, que deixaram milhares de crianças de fora, o que é factor de exclusão, e a qualidade e diversidade de ofertas diminuiu em relação aos ATL.”
Por isso, a Ferlap enviou ‘recados’ ao Ministério da Educação, autarquias, escolas e pais: “É preciso apoio diferenciado para as autarquias, um modelo de contratação de professores que permita estabilidade, critérios e mais diversidade nas ofertas, formação de professores e reforço da intervenção pedagógica, técnica e linguística das escolas.”

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