Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


REALIDADES-34: Maioria dos portugueses são analfabetos informáticos

A maioria dos portugueses (53%) nunca utilizou um computador, apenas 28% navega regularmente na Internet e só um terço dos trabalhadores usa tecnologia digital na actividade laboral. Estes são os principais factores que fazem com que Portugal esteja na cauda da Europa em matéria de conhecimentos básicos de informática, revela um estudo da Eurostat, ontem apresentado.
Pior que Portugal apenas se encontram quatro países entre os 25 da UE: a Grécia (65%), a Itália (59%), a Hungria (57%) e Chipre, nação que têm a mesma percentagem que Portugal de população sem os "conhecimentos básicos" para trabalhar com um computador (54%). Ou seja, não sabem copiar e substituir partes de um texto, usar programas informáticos, mudar ou comprimir ficheiros e fazer contas. Apenas 21% dos portugueses revelaram ter conhecimentos de informática "elevados", 16% mostrou ter um nível "médio" e 9% "fraco".
Aquelas conclusões não surpreendem o sociólogo Gustavo Cardoso, autor do livro "Sociedade em rede em Portugal", publicado o ano passado. "A utilização do computador, e da Internet em particular, está ligada à escolaridade e à idade. A população mais jovem e a que tem um percurso escolar maior têm mais probabilidades de utilizar um computador. Com as baixas taxas de frequência do secundário e do ensino superior não me espantam esses valores", justifica. No inquérito que coordenou sobre a utilização da Internet, em 2003, verificou que apenas 35% das pessoas tinham um computador em casa.
Os dados do instituto europeu de estatística Eurostat revelam que a esmagadora maioria (83%) dos jovens portugueses entre os 16 e 24 sabem trabalhar com um computador, percentagem que desce para 51% no grupo etário entre os 25 e 54 anos. Não há informação sobre a população com mais de 55 anos.
Em termos de habilitações literárias, apenas um por cento dos estudantes e cinco por cento de universitários não têm os conhecimentos básicos de informática, enquanto que esta é a realidade de 57% dos desempregados.
Gustavo Cardoso salienta, ainda, o facto de apenas 33% dos activos em Portugal trabalharem com computador, o que tem atrasado a expansão dos meios informáticos no País. "No Norte da Europa, a introdução das novas tecnologias fez-se através do emprego, enquanto que no Sul se fez através de casa", diz.
O estudo da Eurostat foi realizado em finais de 2005 e tem por base um inquérito à população da UE entre os 16 e 74 anos. Não há dados sobre a Bélgica, República Checa, Espanha, França, Irlanda, Malta, Holanda e Finlândia. Em termos gerais, os resultados não são animadores para os dirigentes europeus, já que um terço (37%) da população da UE não sabe trabalhar com computadores. A Dinamarca (90%) e a Suécia (89%) são os países com uma população mais habilitada a nível informático, seguindo-se um grupo de três Estados da UE em que praticamente um quarto da população sabe trabalhar com um computador: Reino Unido (25%), Alemanha (21%) e Luxemburgo (20%).

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