Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Espaços públicos cada vez mais hostis às crianças

A Associação Portuguesa para a Segurança Infantil (APSI) defendeu hoje que os espaços públicos portugueses são cada vez mais hostis e limitadores da autonomia das crianças, um tema que estará em debate num congresso que arranca quinta-feira em Lisboa.
Arquitectos, engenheiros, médicos, educadores, técnicos de desporto, seguradoras e autarquias reúnem-se durante três dias na Faculdade de Motricidade Humana, em Algés, Oeiras, num congresso sobre espaços de jogo e recreio.
O objectivo do encontro, promovido pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), é avaliar o impacto da lei de 1997 que regulamenta as condições de segurança dos espaços de jogo e recreio com vista a produzir recomendações ao Governo e aos vários sectores de profissionais.
Segundo a presidente da APSI, o planeamento dos espaços urbanos, tal como tem sido feito ao longo dos últimos anos, dá prioridade aos interesses dos adultos em detrimento das necessidades das crianças e das famílias.
Helena Cardoso Menezes considera que isto contribui para que, actualmente, o espaço público seja cada vez mais hostil e limitador da autonomia e qualidade de vida das crianças.
Para a APSI, os bons espaços são aqueles onde as crianças sentem prazer e liberdade e, ao mesmo tempo, protecção.
Para isso, defende a associação, é preciso espaços bem localizados, bem concebidos, bem integrados na malha urbana e residencial, com doses equilibradas de actividades lúdicas, desafio e segurança.
«Os espaços de recreio tem de estar bem integrados na malha urbana para que as crianças possam ir para a rua brincar em segurança», disse à Lusa Helena Cardoso Menezes.
Se os adultos sentirem que os espaços são seguros tornam-se mais confiantes e deixam de super-proteger os filhos, contribuindo para que as crianças se tornem mais autónomas e mais preparadas para enfrentar os perigos.
A APSI faz um balanço positivo de oito anos de vigência do decreto-lei que regulamenta as condições de segurança dos espaços de jogo e recreio, mas defende que está na altura de serem feitas algumas alterações.
«Temos uma situação diferente da que tínhamos há oito anos. É altura de rever para beneficiar», disse.
O 3º congresso sobre espaços de jogo e recreio visa, segundo a APSI, agitar as águas e marcar um ponto de viragem na qualidade de vida, sobretudo urbana, promovendo espaços públicos de lazer e recreios escolares dignos de uma sociedade moderna, centrando a problemática na criança, nos seus direitos, capacidades e necessidades.

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