Professoras Desesperadas

Centenas de professores deslocados da escola de origem estão a receber ordem para “regressar de imediato” à escola a que são afectos, denunciou a Federação Nacional dos Professores.
Segundo Mário Nogueira, da direcção nacional, estão abrangidos pela medida os professores que por algum tipo de doença estão incapacitados para a docência, sendo colocados a exercer outras funções, como, por exemplo, apoios em bibliotecas escolares. Devido ao estado de saúde, os docentes por vezes pedem para ser colocados em escolas que não a de origem para ficarem mais perto da residência ou do local onde fazem tratamentos.
A mudança de escola só se dá com autorização das direcções regionais de Educação, as mesmas entidades que enviaram por correio electrónico, no passado dia 12, a ordem de regresso à escola a cujo quadro estes docentes pertencem. Os professores só ontem tiveram conhecimento da ordem. “Têm de mudar a vida toda de um dia para o outro, vão regressar a escolas que ficam a centenas de quilómetros de casa, não há humanismo do Ministério”, acusa Mário Nogueira. Para o sindicalista, a tutela deveria ter ordenado o regresso no final do ano lectivo e não nesta altura.
Segundo o Ministério da Educação, “não há cobertura legal” para este tipo de “colocações informais”, remetendo mais explicações para as direcções regionais. Não foi possível obter reacções, mas o CM sabe que há processos que poderão ser reavaliados.