Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Imigrantes foram à escola fazer prova de Português


Terminada a prova, Iryna sentiu que acabava de dar mais um passo para a concretização dos seus sonhos. A prova de Língua Portuguesa para imigrantes , ontem realizada pela primeira vez em meio escolar, tinha sido fácil. Assim, a obtenção da nacionalidade parecia-lhe mais perto. Da Ucrânia para Portugal, de engenheira civil a mulher-a-dias, passo-a-passo Iryna procura a integração plena no país que, como afirma, lhe tem dado condições para ser feliz.
Ontem de manhã, em 57 estabelecimentos de ensino de Portugal e três centros no estrangeiro (Espanha, México e Federação Russa), realizou-se a prova de Língua Portuguesa para imigrantes interessados em obter a nacionalidade portuguesa. Tratou-se da primeira vez que a referida prova - uma aferição de conhecimentos de Português - foi realizada em meio escolar. Até aqui, a comprovação estava a cargo de funcionários, nomeadamente notários.
Eram 11,30 horas quando a campainha da "Secundária" Carolina Michaelis, no Porto, deu por finalizada a prova. Iryna Kyrylyuk, 44 anos, saiu satisfeita. Engenheira civil de profissão, deixou a Ucrânia há seis anos rumo a Portugal. "Na minha terra, soube que os imigrantes eram bem aceites em Portugal e, por isso, decidi vir", afirmou.
Como a maioria dos imigrantes, sofreu as agruras da fixação, como arranjar um lugar para viver e trabalho. O "canudo" e a experiência profissional como engenheira civil de nada lhe serviram. "Portugal é dos poucos países que não reconhecem as habilitações que tenho", lamentou, com um olhar resignado. Com o diploma na gaveta, Iryna aceitou ser operária e, agora, dedica-se às limpezas domésticas. Contudo, não desiste do seu sonho "Se eu conseguir a equivalência, pretendo fazer um curso de actualização para ver se consigo voltar a trabalhar na minha especialidade", salientou.
Casada com um ucraniano que conheceu em Portugal e com a sua filha mais velha também já no nosso país, Iryna anseia, para já, a obtenção da nacionalidade. "É neste país que quero continuar a viver, gosto mais de Portugal do que da Ucrânia", realçou.
Satisfeita com a prova estava, também, Karyna Mazina, oriunda da Ucrânia. "Correu muito bem. Acredito que é o primeiro passo para aquilo que mais quero a nacionalidade portuguesa", referiu. Há seis anos em Portugal, afirmou concordar que seja necessário dar provas do bom conhecimento da língua para obter a nacionalidade. Outro sonho a alcançar é poder deixar de ser secretária para exercer a profissão que tinha na sua terra natal: economista.
Tal como estas duas imigrantes, mais 949 inscreveram-se para a realização da prova de língua portuguesa, que se realizará de três em três meses. As inscrições podem ser feitas através do endereço electrónico www.provalinguaportuguesa.gov.pt.
Os testes são classificados numa escala de 0 a 100, sendo que os candidatos com nota igual ou superior a 50% terão a menção de "aprovado".
Os resultados obtidos nas provas serão conhecidos, nos locais onde foram prestadas, no prazo máximo de 15 dias contado a partir da data da sua realização.

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