Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


"Liceu" aposta nas aulas de Português para estrangeiros


Desde Janeiro de 2005 que o Ministério da Educação prevê que sejam dadas aulas de apoio no domínio da língua portuguesa a alunos estrangeiros e a filhos de ex-emigrantes do Ensino Básico. A Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, em Espinho, adiantou-se e há já quatro anos que vem dando aulas suplementares de Português, não só aos alunos do básico, mas também do secundário.
Segundo Maria Filomena Fardilha, professora de Português e Francês, uma das três docentes envolvidas no projecto, a ideia das aulas é ajudar os alunos na interpretação e produção de texto. No entanto, segundo Lígia Moreira, também ela docente de Português, o trabalho vai muito mais além. "Cria-se uma empatia muito forte com os alunos, ganha-se uma maior familiaridade com eles e isso é muito importante para a sua integração numa escola e até numa sociedade que lhes é estranha", explicou a professora, responsável, desde há três anos, por dar apoio a dois alunos, irmãos, de origem ucraniana, Volodymyr Dzyuba e Serhiy Dzyuba, ambos a frequentar o 12º ano na área de Arte.
Embora não seja inédito na escola, já que o mesmo foi feito há quatro anos com uma aluna moldava para as disciplinas de Filosofia e História, os dois ucranianos têm mais uma aula suplementar, neste caso de História da Arte.
Segundo Maria Augusta Araújo, docente responsável pela disciplina, a aula não tem por objectivo dar matéria, mas sim dar a conhecer aos alunos estrangeiros o vocabulário muito específico da disciplina, termos que não são usados no dia-a-dia, nem nas outras aulas. Maria Augusta Araújo deu-se mesmo ao trabalho de criar um glossário, que vai crescendo ao longo do tempo, por forma à ajuda ser ainda mais eficaz.
"Na verdade, acho que o mesmo poderia ser feito em todas as disciplinas e para todos os alunos e não só para os estrangeiros. Seria uma excelente ferramenta de estudo", fez notar a docente.
Questionado se valia a pena tanto tempo passado na escola, Volodymyr Dzyuba não hesita em afirmar que sim.
"Há três anos, antes de virmos para Portugal, eu e o meu irmão tivemos duas semanas de aulas de Português, uma espécie de curso intensivo. Ajudou bastante, mas se não fosse o apoio que encontramos nesta escola, se calhar não teríamos tão bons resultados, não só na integração, mas a todos os níveis", explicou o jovem, num Português perfeitamente inteligível. "Tive de estudar muito e tenho muito a agradecer aos professores, sobretudo à professora Lígia", salientou.
Já Dayane Bonifácio, brasileira, aluna do 7º ano, um dos cerca de dez alunos que beneficiam das aulas de apoio de Português, quando chegou ao nosso país, foi como se encontrasse uma língua completamente estranha. Hoje, apesar do intenso trabalho, confessa que ainda dá muitos erros e já teme, por antecipação, o estudo da obra "Os Lusíadas".
No entanto, uma coisa é certa, já é adepta dos escritores portugueses, elegendo Sophia de Mello Breyner como a sua preferida.

1 Responses to “"Liceu" aposta nas aulas de Português para estrangeiros”

  1. # Anonymous Anónimo

    Quem "dá erro" (que construção mais nojenta!) é o imbecil que troca a língua brasileira por esse lixo lusitano de quinta categoria.  

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