Fundos de alunos servem para fazer obras na escola
0 Comments Published by . on domingo, novembro 19, 2006 at 12:48 da tarde.
A Direcção da Escola Básica 2,3 de Alpendorada, no Marco de Canaveses, está a aproveitar os fundos recolhidos através de iniciativas curriculares promovidas por alunos, caso da Feira de S. Martinho, para financiar obras no estabelecimento de ensino. Alguns alunos e encarregados de educação não concordam. O Conselho Executivo considera que a aplicação do dinheiro se baseia em princípios de "boa-fé, com benefícios para os alunos". A Associação de Pais e Encarregados de Educação, em processo eleitoral, remete-se ao silêncio, embora na localidade se saiba que a presidente não concorda com a actual gestão escolar dos recursos angariados pelos alunos. O facto de o Conselho Executivo ter dirigido aos encarregados de educação um comunicado a explicar a aplicação dos fundos gerou algum mal-estar junto da comunidade escolar. Há quem entenda que o dinheiro deveria ser aplicado em actividades "como viagens de estudo, por exemplo", dizem, sob anonimato.
Encarregados de educação ouvidos pelo JN consideram que as obras da escola devem ser financiadas pelo Estado, porque é para isso que se pagam os impostos. "Se assim não for, estamos a pagar duas vezes impostos. Tem de haver pressão da escola junto da DREN para que financie as obras necessárias", explicam. Os fundos recolhidos, este ano, pela Feira de S. Martinho, segundo a circular emitida pela escola, destinam-se "à colocação de estores, até esgotar a verba, que, além de retirar luz, também isolam do calor", pode ler-se no comunicado. Os contestatários consideram "uma chantagem, porque os pais, obviamente, querem o melhor para os filhos e sentem-se obrigados a contribuir monetariamente", argumentam. "Fizemos esse aviso aos pais no sentido de que quem estivesse a favor participava, trazendo produtos para os filhos venderem. Quem não estivesse, não participava. Sabemos que, na conjuntura actual, o ministério não consegue dar resposta a tudo. Em muito lados, são as próprias associações de pais a tomar em mão essa tarefa de arranjarem verbas para obras nas escolas", argumenta Estela Freitas, presidente do Conselho Executivo da EB2,3. Fruto da polémica, este ano, já houve um decréscimo da verba angariada. "Decresceu, mas não foi assim tanto. Fizemos 3800 euros", garante Estela Freitas.
Encarregados de educação ouvidos pelo JN consideram que as obras da escola devem ser financiadas pelo Estado, porque é para isso que se pagam os impostos. "Se assim não for, estamos a pagar duas vezes impostos. Tem de haver pressão da escola junto da DREN para que financie as obras necessárias", explicam. Os fundos recolhidos, este ano, pela Feira de S. Martinho, segundo a circular emitida pela escola, destinam-se "à colocação de estores, até esgotar a verba, que, além de retirar luz, também isolam do calor", pode ler-se no comunicado. Os contestatários consideram "uma chantagem, porque os pais, obviamente, querem o melhor para os filhos e sentem-se obrigados a contribuir monetariamente", argumentam. "Fizemos esse aviso aos pais no sentido de que quem estivesse a favor participava, trazendo produtos para os filhos venderem. Quem não estivesse, não participava. Sabemos que, na conjuntura actual, o ministério não consegue dar resposta a tudo. Em muito lados, são as próprias associações de pais a tomar em mão essa tarefa de arranjarem verbas para obras nas escolas", argumenta Estela Freitas, presidente do Conselho Executivo da EB2,3. Fruto da polémica, este ano, já houve um decréscimo da verba angariada. "Decresceu, mas não foi assim tanto. Fizemos 3800 euros", garante Estela Freitas.
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