Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


CGTP-IN e UGT dizem que Governo maltrata professores

Os secretários-gerais das duas centrais sindicais solidarizaram-se hoje com o protesto dos professores junto ao Ministério da Educação (ME), acusando o Governo de maltratar os docentes e comprometer a qualidade do ensino. Manuel Carvalho da Silva e João Proença, responsáveis máximos da CGTP-IN e UGT, respectivamente, marcaram hoje presença no segundo dia de vigília promovida pelos 14 sindicatos de professores, e que termina sexta-feira, incentivando-os a continuar a luta.
"A vossa luta é extraordinariamente importante. Lutem pelas vossas carreiras, pelas vossas profissões. Os professores não aceitam estas propostas do Governo porque elas são injustas", afirmou Carvalho da Silva, acusando o ME de ter uma "visão economicista neo-liberal" que tem como único objectivo a redução dos gastos no sector.
Para a CGTP, o Executivo socialista "insiste em maltratar os professores", em vez de se concentrar no combate ao insucesso e ao abandono escolar, objectivos que afirma estarem presentes apenas no discurso dos governantes.
Também João Proença, secretário-geral da UGT, foi hoje prestar solidariedade aos docentes, considerando que "esta é uma luta por melhores condições de vida e de trabalho, mas também por uma melhor Educação em Portugal".
"O Governo tem posto em causa a dignidade de todos os professores. Trata-os como se fossem todos abusadores e maus profissionais. Confunde a excepção com a regra", acusou o sindicalista, salientando que "a defesa de uma escola pública de qualidade não pode ser feita sem a mobilização dos docentes".
A revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD) promovida pelo ME foi igualmente alvo de críticas por parte da UGT, que considera que "o Governo encara a negociação como um mero ritual que tem de cumprir, não tendo qualquer espírito de abertura e procura de consensos".
Além dos responsáveis da CGTP e UGT, também os dirigentes do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, da Frente Comum e da Frente Sindical da Administração Pública (Fesap) se solidarizaram com os professores, marcando presença no segundo dia da vigília, que termina às 12:00 de sexta-feira. Um plenário de professores e educadores no Alto do Parque Eduardo VII e a realização de um cordão humano junto ao Ministério da Educação concluem mais esta jornada de contestação. O novo ECD, que a tutela quer aplicar a partir de 01 de Janeiro, já motivou a realização de duas greves e duas manifestações nacionais, a última das quais a 05 de Outubro, Dia Mundial do Professor, que reuniu em Lisboa mais de 20 mil docentes.

1 Responses to “CGTP-IN e UGT dizem que Governo maltrata professores”

  1. # Blogger José Carrancudo

    A qualidade de ensino foi já comprometida há 20 anos.

    O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.

    Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.

    Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.  

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