Mãe que agrediu professora condenada a multa
0 Comments Published by . on sexta-feira, abril 07, 2006 at 3:32 da tarde.
Uma mãe acusada de ter agredido a professora da filha na sala de aulas em Repeses, Viseu, foi condenada esta sexta-feira ao pagamento de multa e indemnização por danos não patrimoniais, no valor total de cerca de três mil euros. A professora disse que foi feita "alguma justiça", mas sublinhou que jamais esquecerá o episódio.
O Tribunal de Viseu considerou provado que, em Setembro de 2000, a mãe "agarrou pelos cabelos a ofendida, atirou-a ao chão e pisou-a com os pés", só não tendo prosseguido a agressão porque foi impedida por uma funcionária da escola.
A mulher deslocou-se à escola numa segunda-feira, depois de, na sexta-feira anterior, a filha ter molhado os calções que trazia vestidos. Segundo o acórdão, a professora tirou a roupa à criança para que esta não ficasse com ela molhada no corpo e vestiu-lhe uma camisola de adulto que se encontrava na sala de aulas, tendo assim regressado a casa, uma "actuação que a arguida e o marido não aceitaram".
Maria de Belém Silva foi acusada do crime de ofensa à integridade física qualificada, tenso sido condenada ao pagamento de uma multa de 1875 euros. Caso não o faça, terá de cumprir 166 dias de prisão subsidiária. Além da multa, a mulher terá de pagar uma indemização de 1500 euros à professora.
Professora diz que não esquece episódio
No final da audiência, a professora, Maria da Graça Peres, disse que "em parte fez-se justiça", mas sublinhou que nunca ficará completamente recomposta deste episódio.
"Acho que alguma justiça foi feita, mas não na totalidade porque isto é um trauma numa carreira que é considerada muito brilhante", disse, sublinhando que as "marcas psicológicas" não vão desaparecer. Por seu lado, Francisco Almeida, dirigente da Fenprof, saudou sentença do tribunal de Viseu e disse não ter conhecimento de outro caso em que a justiça tenha condenado um episódio semelhante.
Na leitura da sentença de ontem, o juiz mostrou-se preocupado com a "frequência" da prática de casos de violência contra docentes. "Muitas vezes causando-lhes estados depressivos", sublinhou.
Isso sucedeu com a professora de Viseu que, tendo estado 117 dias de baixa, voltou depois ao trabalho, mas debaixo de medicação "e sempre com o receio de voltar a ser agredida", disse o juiz. A mãe da aluna estava também acusada do crime de introdução em lugar vedado ao público, mas o tribunal entendeu não a penalizar por isso, "uma vez que é normal os pais entrarem nas instalações da escola, nomeadamente nas salas de aula, para levaram ou irem buscar os filhos e falarem com os professores".
O Tribunal de Viseu considerou provado que, em Setembro de 2000, a mãe "agarrou pelos cabelos a ofendida, atirou-a ao chão e pisou-a com os pés", só não tendo prosseguido a agressão porque foi impedida por uma funcionária da escola.
A mulher deslocou-se à escola numa segunda-feira, depois de, na sexta-feira anterior, a filha ter molhado os calções que trazia vestidos. Segundo o acórdão, a professora tirou a roupa à criança para que esta não ficasse com ela molhada no corpo e vestiu-lhe uma camisola de adulto que se encontrava na sala de aulas, tendo assim regressado a casa, uma "actuação que a arguida e o marido não aceitaram".
Maria de Belém Silva foi acusada do crime de ofensa à integridade física qualificada, tenso sido condenada ao pagamento de uma multa de 1875 euros. Caso não o faça, terá de cumprir 166 dias de prisão subsidiária. Além da multa, a mulher terá de pagar uma indemização de 1500 euros à professora.
Professora diz que não esquece episódio
No final da audiência, a professora, Maria da Graça Peres, disse que "em parte fez-se justiça", mas sublinhou que nunca ficará completamente recomposta deste episódio.
"Acho que alguma justiça foi feita, mas não na totalidade porque isto é um trauma numa carreira que é considerada muito brilhante", disse, sublinhando que as "marcas psicológicas" não vão desaparecer. Por seu lado, Francisco Almeida, dirigente da Fenprof, saudou sentença do tribunal de Viseu e disse não ter conhecimento de outro caso em que a justiça tenha condenado um episódio semelhante.
Na leitura da sentença de ontem, o juiz mostrou-se preocupado com a "frequência" da prática de casos de violência contra docentes. "Muitas vezes causando-lhes estados depressivos", sublinhou.
Isso sucedeu com a professora de Viseu que, tendo estado 117 dias de baixa, voltou depois ao trabalho, mas debaixo de medicação "e sempre com o receio de voltar a ser agredida", disse o juiz. A mãe da aluna estava também acusada do crime de introdução em lugar vedado ao público, mas o tribunal entendeu não a penalizar por isso, "uma vez que é normal os pais entrarem nas instalações da escola, nomeadamente nas salas de aula, para levaram ou irem buscar os filhos e falarem com os professores".
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