Professoras Desesperadas

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.


Governo acusa Fenprof de "má-fé" por ter interposto providência cautelar

O secretário de Estado adjunto da Educação, Jorge Pedreira, acusou hoje a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) de "má-fé e total irresponsabilidade" por ter interposto no tribunal uma providência cautelar para suspender o concurso de professores de Português no estrangeiro.
"Sinceramente, creio que é só um expediente para tentar criar dificuldades ao Governo, mas é uma iniciativa de má-fé e de total irresponsabilidade porque, caso seja aceite, pode pôr em causa o início do ano lectivo em vários países e prejudicar os professores e milhares de alunos que querem aprender Português", argumentou o membro da equipa da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
A Fenprof entregou ontem no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa uma providência cautelar para suspender o concurso de professores de Português no estrangeiro, cuja fase de candidaturas termina na próxima segunda-feira, alegando erros "que não garantem o seu funcionamento".
Em comunicado, a Fenprof criticou a "excessiva e redundante" documentação exigida aos candidatos em "prazos insuficientes" e o facto de os docentes concorrerem para um horário que pode ser distribuído por várias escolas, sem que saibam quais são, "arriscando-se assim a prestar serviço semanal em cinco ou seis localidades a dezenas ou mais de uma centena de quilómetros".
O secretário de Estado Adjunto explicou que é identificada a escola principal a que se refere o horário e não as restantes e considerou que isso é já "um progresso" relativamente ao passado, quando os professores não concorriam a um horário, mas apenas a uma área consular. De qualquer forma, os professores podem recusar o horário, depois de conhecerem as escolas, sem qualquer tipo de penalização, adiantou Jorge Pedreira.
Além desta questão, a federação alega ainda que os critérios para a organização dos horários postos a concurso não foram aplicados da mesma forma em todos os países, havendo uma maioria de horários incompletos em vários estados, como a França ou o Reino Unido.
A contagem de tempo de serviço é outra das críticas da Fenprof, que afirma que os docentes que concorrem à mesma área consular onde leccionaram nos últimos quatro anos apenas têm como bonificação o tempo de serviço prestado nessa área e não todo o tempo que deram aulas no estrangeiro.
O secretário de Estado afirmou que esta questão "já está resolvida" e que "todo o tempo de serviço no estrangeiro conta" para efeitos de bonificação.
Relativamente aos horários, o responsável explicou que o Ministério da Educação apenas se baseou nas propostas elaboradas pelos serviços. "Esperamos que a Justiça funcione e que atenda ao interesse público que está em jogo nesta matéria", concluiu Jorge Pedreira.
O concurso de professores de Português no estrangeiro abriu segunda-feira e deveria terminar hoje, mas o Ministério da Educação decidiu alargar o prazo de candidaturas por mais três dias, até às 00h00 de segunda-feira.
Em causa estão cerca de quinhentas vagas em dez países, às quais podem concorrer professores portugueses a residir a Portugal ou noutros países, assim como cidadãos estrangeiros, que provem o domínio da Língua Portuguesa.

A Direcção–Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE) decidiu prolongar até às 24 horas de segunda-feira o prazo para os cerca de 100 mil professores indicarem quais as escolas onde desejam leccionar no próximo ano.
De acordo com o director da DGRHE, Diogo Simões Pereira, a decisão de alargar o prazo deve-se ao facto de o número de candidatos a esta fase do concurso ser maior que em 2005, o que pode levar ao congestionamento do sistema.
O alargamento do prazo destina-se aos professores que pertencem aos quadros de uma região educativa, aos que pediram destacamento para outro estabelecimento e aos candidatos a um contrato.
Segundo a DGRHE, o número de professores candidatos sobe de 60 mil para 100 mil, mas até ontem apenas 40 mil fizeram a candidatura na internet. “Com este prolongamento, os professores podem aceder ao sistema com mais calma para não haver um pico de utilização. É importante que não deixem para o último dia, porque isso poderia criar um congestionamento, que é exactamente o que estamos a querer evitar”, explicou Diogo Simões Pereira.

28 PEDIRAM PERMUTAS
“O gozo que o projecto me deu foi ter ajudado 28 colegas a conseguirem ficar mais próximos da família”, disse Miguel Grilo, professor de Informática da Escola José Saraiva (Leiria), que criou o ‘site’ www.permutas.pt.vu no final de Janeiro.
O objectivo do ‘site’ era dar aos professores um espaço onde pudessem anunciar permutas para outros locais do País. No total, 2750 docentes registaram-se e colocaram mais de 6000 pedidos de permuta.
Hoje é o último dia para os professores entregarem nas direcções regionais os pedidos de permutas. Miguel Grilo tem conhecimento de que pelo menos 14 requerimentos foram entregues, o que corresponde à mudança de escola de 28 professores.
A maior percentagem dos 6000 pedidos são de professores que querem mudar-se de escolas do Sul para o Centro e Norte. Com as colocações plurianuais, as permutas só serão permitidas daqui a três anos.
“O Ministério da Educação poderia desenvolver no seu ‘site’ uma secção de permutas, o que facilitaria a vida aos professores e também ao próprio Ministério”, sugere o docente.

INFORMAÇÃO
CONCURSO PLURIANUAL
Todas as colocações de professores deste ano são válidas por três anos lectivos, uma regra que se aplica aos professores dos quadros de escola e aos quadros de zona pedagógica, abrangendo também os docentes que pediram destacamento por razões de doença ou para aproximação à residência.

AGOSTO, MÊS-CHAVE
Os resultados dos destacamentos deverão ser conhecidos na segunda quinzena de Agosto. Será também nessa altura que o Ministério da Educação divulgará o número de contratos a prazo que serão celebrados.

EXAMES REGRESSAM
Hoje regressam os exames nacionais do secundário, com a realização das provas de Biologia e Geologia, Geometria Descritiva A, Geografia e Literatura Portuguesa (11.º) e Psicologia e Espanhol (12.º). A 1ª fase termina na segunda–feira.

As associações de pais mostraram-se hoje preocupadas com a possibilidade de eliminação da dedução no IRS dos gastos com Educação, quando têm exigido que estas despesas possam ser deduzidas sem qualquer limite, como acontece com a Saúde.
Um grupo de trabalho criado pelo Governo para estudar a simplificação das leis fiscais sugere o fim dos benefícios fiscais relativos às despesas com educação, lares, prémios de seguros e energias renováveis, noticia hoje o "Jornal de Negócios". Os peritos em fiscalidade recomendam que apenas sejam dedutíveis gastos que estimulem poupanças para a reforma.
Para Emília Bigotte, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), "se os benefícios fiscais relativos à Educação forem retirados às famílias só poderá ser porque o Governo pretende fomentar uma alternativa, que é a total gratuitidade do ensino básico, como prevê a Constituição da República".
A responsável lembrou que a Confap propôs recentemente que as despesas de Educação pudessem ser comparadas às da Saúde em sede de IRS, sem um tecto de dedução definido, salientando que "estes limites prejudicam as famílias com mais filhos".
A oposição rejeitou em bloco a possibilidade de eliminação da dedução no IRS das despesas com Educação sugerida pelo estudo encomendado pelo Governo, enquanto o PS reagiu com cautela, sublinhando que "tudo depende do contexto". "Ir penalizar a classe média nos seus custos com a Educação não é obviamente a intenção do Governo", reforçou a deputada socialista Leonor Coutinho, salientando que esta é apenas uma entre mais de 80 propostas do estudo.
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Melo, manifestou a sua esperança de que o Governo "não siga este estudo", que considera trazer aumento de impostos.
Também o PSD, através do deputado Miguel Frasquilho, considerou que este estudo, "a tornar-se realidade, configuraria um aumento da carga fiscal".
Honório Novo, deputado do PCP, lamentou que o estudo não sugira a eliminação de benefícios fiscais no sector da banca e das grandes empresas e sublinhou que os cortes na educação não fazem sentido "num contexto em que Governo diz apostar na formação e qualificação de recurso humanos".
Ressalvando que o estudo ainda não é conhecido em detalhe, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, sublinhou que o seu partido sempre defendeu "a simplificação fiscal com taxas mais reduzidas e menos benefícios e isenções". "Mas os dois benefícios em que ninguém pode tocar é a Saúde e Educação dos filhos. Isso é completamente intocável", salientou, porém, o deputado do BE.
Fonte do Ministério das Finanças já disse à Lusa que a possibilidade de eliminação da dedução no IRS das despesas com educação é apenas uma entre 80 a 90 propostas e será "analisada a seu tempo".

Os alunos da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (UL), que não pagarem até sexta-feira as propinas em débito, ficarão impedidos de prestar Os alunos da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (UL), que não pagarem até sexta-feira as propinas em débito, ficarão impedidos de prestar provas escritas ou orais, segundo um comunicado do Conselho Directivo., segundo um comunicado do Conselho Directivo.
A direcção da escola justificando as medidas, considera «insustentável» o elevado número de alunos que não pagaram as suas propinas, pelo que lhes deu um prazo, até sexta-feira, para regularizarem a situação, sob pena de sanções.
De acordo com um comunicado no site daquela Faculdade, aquele «incumprimento é absolutamente insustentável», dado que a instituição de ensino «não pode dispensar, para o seu regular funcionamento, as receitas próprias provenientes do pagamento das propinas».
O Conselho Directivo revela que dos 2.736 alunos que deviam pagar este ano a totalidade da propina (900 euros), 660 não efectuaram qualquer pagamento, 375 liquidaram quatro ou menos prestações, 151 cinco prestações e 327 apenas um semestre.
No que se refere aos 536 alunos bolseiros, que deveriam pagar uma propina unitária de 487,11 euros, 78 alunos não fizeram qualquer pagamento, 82 liquidaram apenas uma prestação e 337 pagaram duas.
O presidente do Conselho Directivo, Professor Miguel Teixeira de Sousa, que assina o comunicado, considera a «situação muito preocupante».
Revela que o assunto foi discutido pelo Conselho Directivo, a 19 de Junho, porque a situação «põe em causa a saúde financeira da Faculdade» Assim, não serão divulgadas as notas dos alunos que não regularizarem os seus débitos até sexta-feira.
Esses alunos ficarão ainda impedidos «da prática de qualquer acto académico, nomeadamente endereçar requerimentos e prestar provas de exame, escritas ou orais».
No actual ano lectivo, inscreveram-se, na Faculdade de Direito da UL, 3.397 alunos pagantes, revela o comunicado.

O prazo dado pelo ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy, para a regularização dos imigrantes ilegais que tenham filhos a estudar nas escolas francesas termina hoje, mas este Verão "não haverá expulsões" de pais, anunciou o mediador do processo, Arno Klarsfeld.
Em Outubro do ano passado, o Ministério do Interior permitiu que milhares de imigrantes em situação irregular em França permanecessem no país, para que os seus filhos pudessem terminar o ano escolar com normalidade. O prazo termina hoje, dia em que começam as férias de Verão nas escolas francesas.
Contudo, o mediador do processo que inflamou a opinião pública francesa, Arno Klarsfeld, garantiu hoje que os pais têm até 13 de Agosto para entregar um dossier que ateste que os seus filhos têm "ligações fortes com França". O responsável afiançou ainda que "não haverá caça às crianças" nem expulsões este Verão.
"As crianças cujos pais vivam em França pelo menos há dois anos, que tenham nascido em França ou que tenham chegado antes dos 13 anos de idade e que estejam na escola desde Setembro de 2005 são regularizáveis", indicou Arno Klarsfeld.
Sarkozy terá reconsiderado o prazo dado face à forte reacção da esquerda francesa, das organizações não-governamentais e até de jornais como o diário "Liberátion", que a cada dia apadrinha uma criança em idade escolar que esteja ilegal em França.
Segundo a Rede Educação Sem Fronteiras - a principal activista neste movimento de solidariedade -, há entre 50 mil e cem mil crianças estrangeiras nas escolas francesas cujos pais estão clandestinos no país.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou hoje a realização de uma greve em Outubro, caso o Ministério da Educaçã o mantenha, no essencial, a sua proposta de alteração ao Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Em conferência de imprensa, a federação apresentou o plano de luta para os próximos meses, assim como o seu parecer ao projecto da tutela, que integra as propostas alternativas defendidas pela Fenprof e que será entregue hoje no Ministério.
O documento reitera a oposição aos princípios mais importantes defendidos pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, como a divisão da carreira em duas categorias hierarquizadas e a imposição de quotas para aceder à mais elevada, que a proposta da tutela limita a um terço dos docentes de cada escola.
«Se conseguíssemos conquistar uma coisa estrutural, como o Ministério abdicar da carreira vertical, não faríamos, mas num plano realista, diria que vai mesmo haver greve», afirmou o secretário-geral da Fenprof, Paulo Sucena.
O responsável excluiu, no entanto, a possibilidade de uma paralisação de professores no início do ano lectivo, que começa entre 11 e 15 de Setembro, semana que vai terminar com um luto nacional, promovido pela federação.
Plenários, colocação de faixas de protesto nas capitais de distrito e uma marcha nacional a 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, completam o plano de lutas apresentado hoje.
Além da imposição de quotas, a organização liderada por Paulo Sucena rejeita ainda o estabelecimento de outras barreiras à progressão na carreira como as previstas na avaliação do desempenho.
Segundo a proposta da tutela, qualquer docente que falte mais de cinco vezes ao longo de todo o ano lectivo fica automaticamente impedido de ter uma classificação de Bom na avaliação do desempenho, necessária para poder subir de escalão, mesmo que as faltas sejam justificadas.
Para a Fenprof, esta proposta «é inaceitável porque coloca em causa direitos inalienáveis de qualquer trabalhador e significa, de facto, a impossibilidade de adoecer ou ter um acidente, de fazer nojo pela morte de um familiar directo, de acompanhar um filho menor que se encontra doente ou de casar [e gozar os 10 dias previstos na lei]».
Considerando que o Ministério da Educação quer denegrir junto da opinião pública a imagem dos professores, a Fenprof anunciou ainda estar a ponderar a apresentação de uma queixa-crime por difamação contra Maria de Lurdes Rodrigues, que terá acusado os docentes de não estarem preocupados com o sucesso escolar dos alunos, em declarações proferidas na Maia há cerca de um mês.
As declarações da ministra e a proposta da tutela de alteração ao ECD levaram já a federação a promover uma greve nacional a 14 de Junho, dia em que mais de sete mil professores pediram a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues numa manifestação junto do Ministério da Educação.

Um grupo de trabalho criado pelo Governo para estudar a simplificação das leis fiscais sugere o fim dos benefícios fiscais relativos às despesas com educação, lares, prémios de seguros e energias renováveis, noticia hoje o "Jornal de Negócios". Os peritos em fiscalidade recomendam que apenas sejam dedutíveis gastos que estimulem poupanças para a reforma.
O grupo de especialistas, liderado pelo professor da Universidade de Coimbra António Martins, já entregou o relatório de um ano de trabalho ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz, mas as propostas terão ainda de "passar pelo crivo político do Governo".
Segundo o "Jornal de Negócios", os fiscalistas consideram que os impostos não são o meio mais adequado para as políticas sociais e redistributivas. Por isso, recomendam que o Governo faça opções selectivas e apenas conceda incentivos a despesas de saúde ou poupanças destinadas à reforma.
Para o grupo de trabalho, os apoios à educação e às energias renováveis devem ser feitos fora do sistema fiscal, através de subsídios ou da provisão directa destes bens.

Parlamento aprova novo regime jurídico dos manuais escolares

A Assembleia da República aprovou hoje o novo regime jurídico dos manuais escolares, que institui a certificação dos livros antes do seu lançamento no mercado e alarga os apoios aos alunos mais carenciados.
Aprovado com os votos favoráveis do PS, o diploma contou com a oposição do PSD e do Bloco de Esquerda e com a abstenção do CDS-PP, PCP e partido ecologista "Os Verdes".
O novo regime mantém, no essencial, os princípios da proposta de lei do Governo, aprovada em Abril em Conselho de Ministros, tendo integrado também, em sede de comissão especializada, algumas propostas dos outros partidos.
De acordo com a nova lei, é criado um sistema de avaliação dos manuais escolares, antes destes serem adoptados pelas escolas, um processo que começará a ser aplicado progressivamente a partir de 2007/2008.
Todos os editores passarão a ter de submeter os seus manuais a comissões de peritos nomeadas pelo Ministério da Educação ou a entidades acreditadas, que irão avaliar os livros, com a menção de "certificado" ou "não certificado".
Depois de avaliados, os professores de cada escola ou agrupamento de escolas terão de seleccionar os manuais que mais se adequam ao seu projecto educativo, de entre os que tiverem sido certificados.
O diploma hoje aprovado alarga ainda os mecanismos de apoio aos alunos mais carenciados, instituindo a gratuitidade dos manuais aos estudantes do ensino básico que beneficiam do primeiro escalão da acção social escolar, a partir de 2009. Orçamentada em dez milhões de euros, esta medida deverá beneficiar mais de 200 mil alunos, aproximadamente um terço dos quais a frequentar o primeiro ciclo.
Relativamente aos alunos do básico que beneficiam do segundo escalão da acção social escolar, a proposta prevê o aumento do limite máximo de comparticipação sobre o preço dos livros para reduzir o encargo das famílias.
A comparticipação não abrange os manuais do ensino secundário, mas o seu preço de venda deverá descer, uma vez que o documento alarga a este nível de escolaridade o regime de preços convencionados, que até aqui vigorava apenas no básico.
Também com o objectivo de minorar os encargos financeiros dos orçamentos familiares, o novo regime aumenta de três para seis anos o prazo de vigência dos livros, uma medida destinada a possibilitar que o mesmo manual possa ser utilizado por outros alunos da mesma família, durante mais tempo.

O Ministério da Educação vai distribuir 26 mil computadores portáteis por 1.096 escolas públicas dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário já este ano, segundo informa hoje o Jornal de Notícias.
O gestor da equipa de missão Computadores, Redes e Internet na Escola (CRIE), do Ministério da Educação, estima que sejam gastos quase integralmente os 25 milhões de euros destinados para esse fim, sendo 75% desse valor obtido através de fundos comunitários.
Cada uma das escolas seleccionadas irá receber, em média, 24 computadores portáteis, com dez computadores a destinarem-se exclusivamente à utilização individual e profissional por parte dos professores.
Os restantes 14 portáteis serão destinados aos alunos, que poderão utilizá-los acompanhados pelos professores na sala de aula e em situações curriculares ou extra-curriculares. Neste último caso, acresce ainda um projector de vídeo e pelo menos um ponto de acesso à Internet sem fios.

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) entregou, hoje, uma providência cautelar, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, para suspender o concurso para professores de Português no estrangeiro, invocando erros «que não garantem o seu funcionamento».
O concurso abriu segunda-feira e o prazo do aviso, publicado no Diário da República, previa que terminasse sexta-feira, mas o Ministério da Educação anunciou, hoje, o seu alargamento por mais três dias, até às 24:00 de segunda-feira.
«Não havia qualquer problema com o concurso, mas houve pedidos para adiar o prazo e decidimos fazê-lo. É fundamentalmente para dar mais algum tempo às pessoas», explicou à Lusa o responsável da Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE), Diogo Simões Pereira.
Em comunicado divulgado, hoje à noite, a FENPROF opina que o concurso é «pleno de problemas para resolver e de dúvidas por esclarecer».
«Apesar do Ministério da Educação estar agora disponível para dilatar o prazo de candidatura para além do dia 30 de Junho, permanecem aspectos que não garantem o funcionamento deste concurso», adianta a nota.
Entre outros erros, a FENPROF aponta a duplicação de critérios, o envio, só ao fim da tarde de hoje, das contagens de serviço e o pedido exagerado de documentação.
Os candidatos arriscam-se mesmo, segundo a FENPROF, a prestar serviço semanal em cinco ou seis localidades, afastadas entre si por dezenas ou mesmo uma centena de quilómetros.
O concurso destina-se à educação pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário. Em causa estão cerca de quinhentas vagas em dez países. Podem ser candidatos a dar aulas no estrangeiro cidadãos portugueses e estrangeiros, devendo estes últimos provar o seu domínio da Língua Portuguesa.
A candidatura pode ser feita pela Internet, através do site www.dgrhe.min-edu.pt.
Os professores que aceitem a colocação e não se apresentem no local e data determinados para o exercício de funções docentes e os candidatos que, tendo aceite a colocação, abandonem o exercício das funções em menos de seis meses, ficam impedidos de prestar serviço docente no estrangeiro durante dois anos lectivos.

As escolas do 1º ciclo vão disponibilizar a partir do próximo ano lectivo o ensino do Inglês a crianças dos 1º e 2º anos, anunciou hoje o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos.
As escolas vão oferecer o ensino de Inglês durante o período de prolongamento do horário, entre as 15h30 e as 17h30, cabendo aos pais a decisão de as crianças frequentarem ou não estas aulas.
Segundo o adjunto da ministra da Educação, Ramos André, o "Ministério da Educação já recebeu uma proposta da associação de professores de Inglês, onde estão definidas as orientações programática para o ensino da língua nos 1º e 2º anos".
Segundo o plano de enriquecimento curricular apresentado no dia 7 deste mês pelo Ministério da Educação, as actividades de prolongamento de horário nas escolas do primeiro ciclo vão integrar obrigatoriamente o apoio ao estudo e iniciação ao Inglês para os alunos dos 3º e 4º anos.
Os agrupamentos de escolas terão autonomia para definir outras actividades extracurriculares para ocupar o tempo que sobra do prolongamento de horário, que deverão incluir o desporto escolar e o ensino musical ou outras expressões artísticas.
Valter Lemos lembrou que actualmente mais de 90 por cento dos alunos dos 3º e 4º anos já estão abrangidos pelo ensino do Inglês e salientou ainda que "os maiores problemas do plano tecnológico não são com a aprendizagem pelas crianças, mas, muitas vezes, com a alfabetização tecnológica dos professores".
"As escolas do país estão já reunidas em banda larga, os equipamentos têm estado a ser implementados, mas não é só isso, é preciso saber usar esse material", disse hoje o responsável, durante a apresentação do Programa de Verão 2006. Este projecto permitirá que 60 crianças desfavorecidas, dos oito aos dez anos, de escolas públicas do concelho de Sintra, participem, até 14 de Julho, numa Escola de Verão onde aprendem Inglês e Tecnologias da Informação.
O Programa de Verão 2006 resultou de uma parceria entre a Carlucci American Internacional School of Lisbon, no Linhó, a Câmara de Sintra e a empresa de tecnologia Novabase, com o apoio do Ministério da Educação.
O presidente da Novabase, Rogério Carapuça, afirmou que a empresa de tecnologias da informação aderiu ao programa por considerar que é "um projecto-piloto" que permitirá "tirar ilações, juntamente com o Ministério da Educação e outros parceiros, sobre qual a melhor forma de levar o ensino do Inglês e das novas tecnologias a todos os portugueses", salientando que "em breve os info-excluídos serão os mais excluídos da história da humanidade".
O curso intensivo decorre diariamente durante três semanas, com aulas de familiarização com o computador, de arte e expressão dramática, totalmente em inglês.
As 60 crianças participantes foram escolhidas em cinco escolas básicas do concelho de Sintra que não têm programa de generalização do ensino da língua inglesa. Desde a sua fundação no Linhó, a American School atribui anualmente a alunos do concelho seis bolsas de estudo anuais e dez cursos de verão, segundo um acordo com a Câmara de Sintra, iniciativa que foi alargada este ano devido à participação da Novabase no projecto.

O Ministério da Educação alargou por mais três dias o prazo para que cem mil professores indiquem as escolas onde pretendem leccionar no próximo ano lectivo, anunciou hoje o director-geral dos Recursos Humanos da Educação, Diogo Simões Pereira.
O alargamento do prazo destina-se aos professores que pertencem aos quadros de uma região educativa, aos que pediram destacamento para outro estabelecimento de ensino, por exemplo, para ficarem mais próximo de casa, e aos candidatos a um contrato.
O período de manifestação de preferências começou no dia 26 e deveria terminar amanhã, mas a Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE) decidiu prolongá-lo por mais três dias, até às 24h00 de segunda-feira, para evitar um congestionamento do sistema informático.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tinha pedido um alargamento do prazo de candidatura por mais uma semana, alegando que os docentes não conseguem aceder ao formulário electrónico.
De acordo com Diogo Simões Pereira, não existe qualquer problema informático, sendo que o alargamento do prazo surge apenas devido ao número de candidatos a esta fase ser maior do que em 2005, uma vez que os professores que concorrem a uma contratação têm também de indicar os estabelecimentos de ensino onde gostariam de dar aulas, um processo que anteriormente decorria em separado.
"Como a candidatura para contratação ocorre também nesta fase, o que não acontecia, o número de utilizadores do sistema sobe de 60 mil para cerca de 100 mil, o que podia levar a um congestionamento do sistema, caso o prazo terminasse amanhã", explicou o director da DGRHE.
Até agora, apenas 40 mil docentes fizeram a sua candidatura na Internet, num universo estimado em cerca de 100 mil candidatos. "Com este prolongamento, os professores podem aceder ao sistema com mais calma para não haver um pico de utilização. É importante que não deixem para o último dia, porque isso poderia criar um congestionamento, que é exactamente o que estamos a querer evitar", alertou o responsável.
Os resultados desta fase deverão ser conhecidos na segunda quinzena de Agosto, altura em que os docentes ficarão a saber em que escola irão leccionar nos próximos três anos.
É também nessa altura que o Ministério da Educação divulga o número de contratos a prazo que serão celebrados, que deverá ficar abaixo dos 15 mil estabelecidos no ano passado, o que significa que mais de 25 mil candidatos não deverão ficar colocados em nenhuma escola.
Com as alterações introduzidas este ano no concurso de professores, todas as colocações são válidas por três anos lectivos, uma regra que se aplica aos professores dos quadros de escola e aos quadros de zona pedagógica, abrangendo também os docentes que pediram destacamento por razões de doença ou para aproximação à residência.
Em todos os casos, os docentes terão de permanecer obrigatoriamente até ao ano lectivo 2008/2009 no estabelecimento de ensino em que foram colocados ou para o qual vieram a ser destacados.

O eurodeputado democrata-cristão Ribeiro e Castro alertou hoje que "o estatuto do Português na União Europeia está em risco" e exigiu uma acção vigorosa do Governo, considerando que não está a dar o devido contributo "nesta batalha".
José Ribeiro e Castro falava em Bruxelas após uma reunião com o comissário europeu responsável pelo multilinguismo, Jan Figel, na qual defendeu, "uma vez mais", que, ao definir uma política, a UE "olhe para as línguas europeias não apenas em termos do número de falantes dentro da UE, mas também valorizando-as em termo do número de falantes em todo o mundo".
"As línguas são importantes não apenas para que os europeus comuniquem uns com os outros, mas para que comuniquem com o resto do mundo, e aí o Português surge como a terceira 'língua europeia de comunicação universal'", um estatuto que conseguiu ver consagrado numa resolução do Parlamento Europeu, em 2003.
Para o eurodeputado e líder do CDS-PP, esta luta pela defesa da língua portuguesa é "uma batalha política essencial, para a qual infelizmente o governo português não tem dado o devido contributo". "Creio que o Governo não tem uma política de língua portuguesa, e é indispensável que a tenha, particularmente nesta altura estratégica, de importância decisiva para as próximas décadas, em que a UE está a definir uma política de multilinguismo", assinalou, acrescentando que já sublinhou esta questão em encontros com o primeiro-ministro, José Sócrates.
O líder democrata-cristão advertiu que "hoje o estatuto do Português na UE está em risco" e que recentemente já houve "um indicador de alerta", quando o Parlamento Europeu aprovou, com o voto contra da generalidade dos deputados portugueses, um "indicador de competência linguística" na UE, que consagrava as cinco línguas mais ensinadas na União, deixando o Português de fora.
O deputado indicou ainda que, por sua iniciativa, foi assinada na semana passada, em Viena, uma declaração que procura que o Português passe a ser uma língua de trabalho permanente nas relações entre UE e países ACP (África, Caraíbas e Pacífico), nomeadamente na assembleia parlamentar paritária ACP/UE.
Esta "declaração de Viena", que reclama para o Português o mesmo estatuto do Francês e do Inglês, foi subscrita por outros deputados portugueses, todos os representantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Timor-Leste e mereceu já o apoio de deputados espanhóis, alemães e ingleses, assinalou.
Contudo, também neste caso o eurodeputado reclama uma maior intervenção do Governo. "Os deputados portugueses fazem o que podem, mas é indispensável que o Governo português torne isto também um combate diplomático de primeira linha e não deixe os deputados sozinhos nestes combates, como muitas vezes acontece".

Federação Académica do Porto pede demissão de responsável da Acção Social Escolar

A Federação Académica do Porto (FAP) pediu hoje a demissão do responsável pela Acção Social Escolar no Ensino Superior, por este ter defendido a substituição das bolsas de estudo a fundo perdido por empréstimos.
A FAP reagiu, assim, às declarações feitas sábado à noite pelo presidente do Conselho Nacional para a Acção Social Escolar no Ensino Superior (CNASES), Vasco Garcia, que nas quais defendeu "uma política de empréstimos para formação no ensino superior, em que o Estado seja ressarcido quando o aluno iniciar a sua carreira profissional".
Em comunicado hoje distribuído no Porto, a FAP exige também a clarificação da posição do Ministério da Ciência e Ensino Superior face às declarações de Vasco Garcia.
No documento, a FAP defende que "a política de empréstimos pode existir, mas jamais poderá substituir a política de atribuição de bolsas a fundo perdido".
Para a FAP, "a introdução dos empréstimos apenas deve ser considerada num quadro em que o sistema de bolsas continue a ser intocável e se constitua como acento tónico do sistema de Acção Social escolar".
"O presidente do CNASES assumiu uma posição que contende com a vida e percurso de milhares de estudantes, sem consultar os representantes estudantis presentes neste órgão e não respeitando qualquer princípio de solidariedade para com os demais conselheiros", sustenta a FAP no comunicado.

Escola da Ponte perde alunos e gera revolta


Pais e alunos da Escola Secundária da Vila das Aves, Santo Tirso, manifestaram-se, ontem de manhã, contra a transferência de alunos da "Escola da Ponte" - considerada uma unidade de ensino modelo - para aquele estabelecimento. Alegam que a integração deveria ter sido feita na EB 2,3 daquela vila, dentro dos mesmos níveis de ensino, e nunca na "secundária" e queixam-se de que esta decisão, tomada pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), esteve na origem da extinção dos cursos tecnológicos. Apesar do protesto, que decorreu pacificamente, os exames decorreram com normalidade. A medida justifica-se devido à falta de espaço na Escola da Ponte para albergar tantos alunos.
Um fax, emitido pela DREN, assinado pelo director regional adjunto, António Leite, e recebido na escola, há uma semana, informou que, no seguimento de duas reuniões, o Núcleo de Aprofundamento da EBI S. Tomé de Negrelos/Aves (escola da Ponte) será integrado na secundária no próximo ano lectivo. A associação de pais e a de alunos protestaram e dizem que "este agrupamento é virtual, porque nunca passou do papel".
"A escola está a definhar. Isto é uma morte anunciada", declarou, ao JN, Joaquim Miranda, da Associação de Pais. Depois, seguiram-se vários argumentos contra a decisão "Extinguiram os cursos tecnológicos de informática porque vão precisar das salas para alojar esses alunos", garantiu Carlos Moura, na qualidade de representante da turma do 11ºB. "Estão a roubar a nossa identidade", afirmou Márcio Faria, presidente da Associação de Estudantes.
A manifestação foi pacífica e não perturbou os exames, que, de manhã cedo, começaram na secundária, mas Márcio Faria garantiu que viu, nas imediações, elementos da Polícia de Intervenção. Anteontem, Vila das Aves viveu sobressaltada com a possibilidade de haver uma contra-manifestação da comunidade escolar da "Escola da Ponte". Porém, naquele estabelecimento de ensino, o ambiente era de perfeita normalidade. Paulo Topa, do Conselho Executivo, afirmou, ao JN, que nunca esteve em causa uma contra-manifestação e reafirmou, apenas, a necessidade de ser construída uma nova escola, alegando que esta já esgotou a sua capacidade.
Ao que o JN apurou, está prevista a transferência de cerca de 70 alunos da ""Escola da Ponte", do segundo ciclo, para a secundária. "Suspeitamos que o objectivo é permitir à 'Escola da Ponte' que se apodere do espaço da secundária. Temos 21 salas e os pais suspeitam que a DREN pretende pôr aqui todos os níveis de ensino, desde o primeiro ciclo até ao 12º ano. É um disparate", disse Avelino Nunes, presidente da Associação de Pais.

MODELO ÚNICO. O projecto da Escola da Ponte, em Vila das Aves, nasceu há cerca de 30 anos e começou, apenas, pelo 1.º Ciclo porque era a antiga escola primária. Transformou-se numa escola diferente das outras porque optou por metodologias de ensino e aprendizagem diferentes das práticas normais, seguindo, por outras vias, os programas curriculares. De há seis anos para cá, a Escola da Ponte foi autorizada a leccionar os três ciclos de ensino.
Em vez dos tradicionais ciclos de ensino existem núcleos. Os alunos, independentemente das equivalências, atravessam a fase da iniciação, da consolidação e, finalmente, a fase do aprofundamento do conhecimento. É nesta altura que ficam aptos a entrar para o ensino secundário. Objecto de estudos científicos, este projecto tem resistido no tempo e ao sistema tradicional de ensino.
Quando o Ministério da Educação criou o Decreto-Lei 115/98, que deu origem aos agrupamentos escolares, a Escola da Ponte fez uma tentativa de agrupamento com as escolas de S. Tomé de Negrelos, permitindo o alargamento do projecto ao segundo e terceiro ciclos, o equivalente às fases de consolidação e aprofundamento do projecto.
A escola deverá ver nascer em breve um novo equipamento, depois de o director regional adjunto da DREN, António Leite, ter revelado que essa era intenção do Ministério da Educação. Só não se sabe onde fica e quando começa a construção. A falta de espaço obrigou à transferência de 60 a 70 alunos para a Escola Secundária D. Afonso Henriques (o terceiro ciclo equivalente à fase de aprofundamento).
Manuel Carlos Fernandes, presidente da Associação de Pais, acredita que "a metodologia diferente tem permitido bons resultados" e que "a construção de um equipamento moderno e com melhores condições permitirá a estabilidade e uma perfomance melhor em termos pedagógicos no futuro".

Muito embora a expressão "aulas de substituição" tenha sido retirada do elenco de actividades de ocupação dos alunos aquando da falta de um professor, tudo indica que elas continuarão a existir nos mesmos moldes em que foram concretizadas no ano lectivo passado.Agora, passa a ser obrigatório que o professor registe, "com objectividade", as actividades desenvolvidas no sumário da aula, que deverá ser anotado pelos alunos no caderno diário.
As novas orientações para a organização do próximo ano escolar já são conhecidas pelos gestores escolares, depois das reuniões organizadas, com esse intuito, pelo ME. O despacho contendo as orientações para a planificação do ano escolar já foi divulgado e recebeu protestos das organizações sindicais.
Como já havíamos noticiado, os professores passam a ser obrigados a comunicar, com antecedência, o dia em que pretendem ausentar-se do serviço, deixando na escola o plano de aula que deveria ser cumprido nas turmas a que pretende faltar. Este plano servirá à escola para designar o professor substituto - com formação adequada -, a quem caberá cumprir com o plano traçado pelo professor titular.
As "aulas de substituição" foram retiradas do elenco - que, de resto, é o mesmo do ano anterior - do que agora o ME designa por "actividades de enriquecimento e complemento curricular". Assim, quando o professor-substituto não vai cumprir o plano deixado pelo colega faltoso, não estará a dar uma "aula de substituição", mas a cumprir com uma "actividade de enriquecimento e complemento curricular".
E todas as actividades realizadas nesse espaço passarão a constar "com objectividade" - como diz o ponto 10 do artigo 12.º do referido despacho, que ainda aguarda publicação - do sumário da aula.
A legislação referida estipula, ainda, que, no início do ano lectivo, a escola faculte aos encarregados de educação o currículo de cada disciplina, bem como o número de aulas previstas em cada uma delas. E, no final de cada período, o director de turma deverá informar os pais sobre os conteúdos que foram leccionados em cada disciplina, assim como revelar o número de aulas previstas e as que foram na realidade ministradas.
O despacho, assinado pela ministra da Educação, já mereceu protestos por parte das organizações sindicais. A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) contesta o facto da referida legislação antecipar "a aplicação de um conjunto de normas que, em Setembro, deveriam estar em aberto em sede de negociação da revisão do Estatuto da Carreira Docente".
Segundo o despacho, os professores podem leccionar qualquer disciplina para a qual detenham habilitação adequada, independentemente do grupo de recrutamento ou de docência. Num caso concreto, um professor com formação académica em Português/Inglês agora passa a poder leccionar a disciplina de Inglês no 3.º ciclo e Ensino Secundário, em caso de necessidade de distribuição do serviço docente.
Também a falta dos professores a aulas de 90 minutos conheceu alterações. O ponto 4 do artigo 13.º mantém que a falta do professor a parte ou totalidade de uma aula de 90 minutos é obrigatoriamente registada como falta a dois tempos lectivos.
Contudo, a legislação abre uma excepção nos casos em que, em situações de atraso, o professor "inicie a aula tão cedo quanto possível". Neste caso, a direcção executiva da escola poderá considerar a falta a apenas um tempo lectivo.

A prova de Matemática do 12º ano foi, ontem, criticada pela Associação de Professores de Matemática (APM) que a considerou "demasiado extensa" e ressaltou a existência de alguma indefinição no que diz respeito a duas questões e aos respectivos critérios de correcção. No comentário efectuado às provas com os códigos 435 e 635, a APM antecipa os maus resultados gerais, que "não vão espelhar o real nível de conhecimento dos alunos", e conclui que é "mais um factor a contribuir para todos os adjectivos calamitosos que ocuparão as primeiras páginas dos jornais". A APM atribui à extensão da prova uma parte substancial do seu nível de dificuldade, inclusive devido ao facto de alguns dos itens "incorporarem em sim mais do que uma questão a carecer de resposta". Para alguns dos alunos que haviam acabado a prova na Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, esta não pareceu ter um nível de dificuldade inesperado. Teresa Rodrigues, cujo objectivo é frequentar um curso de Gestão Hoteleira, muito possivelmente numa escola "lá fora", resumiu esta apreciação: "Acho que me correu bem, mas era preciso ter estudado". Maria, limitou-se a dizer que a prova não lhe correra bem e que "podia ter corrido pelo menos um pouquinho melhor".

Tecnologia abre polémica entre liceus

O Conselho Executivo (CE) da Escola Secundária Clara de Resende refuta liminarmente as críticas veiculadas por alguns professores do Fontes Pereira de Melo, liceu vizinho, que ontem se manifestaram frente ao respectivo estabelecimento de ensino.
A Fontes Pereria de Melo manifestou-se contra a abertura da área de Ciência e Tecnologia (C&T) no liceu Clara de Resende, situado na mesma rua, a escassos 80 metros. A Fontes Pereira de Melo teme que a concorrência ao lado lhe roube os alunos.
"Não somos uma escola elitista e não podemos, obviamente, seleccionar os alunos. Temos cursos tecnológicos e de educação e formação para alunos que não conseguiram completar o 9.º ano", afirmou José Pinho, presidente do CE do Clara de Resende.
No entanto, José Pinho diz que não será preciso comprar novo material, como alegam os professores do Clara de Resende (foram construídos recentemente dois novos laboratórios), e esclarece que a maioria dos alunos que terminava lá o 9.º ano e queria seguir C&T ia sempre para o liceu Garcia de Orta e não para o Clara de Resende. "Só queremos dar a hipótese aos alunos de fazer o 10.º ano em C&T sem deixar o Fontes Pereira de Melo", disse José Pinho.

Exames Nacionais: Matemática foi a matar

Se os resultados a Matemática não foram animadores em 2005, este ano o caminho para a razia nas avaliações ameaça ser igual. A avaliar pelas opiniões de quem fez ontem o exame do 12.º ano, a prova não foi nada fácil.
Em Aveiro a prova de Matemática foi “a matar”. A cara dos alunos da Escola Secundária Homem Cristo dizia tudo. Inês Ferreira só encontrava uma forma de descrever a prova: “Foi a matar!” Segundo a aluna, “o Ministério está a exagerar. A prova deste ano foi muito mais difícil do que a do ano passado, com muito mais interpretação e cálculo”.
No campo oposto estava Fernando Pina, a quem o exame correu bem. O aluno admite que “o raciocínio exigido era para mais de duas horas, pelo que foi tudo feito sob grande pressão”. Na sua opinião, “a dificuldade e a exigência das provas de Biologia, Química e Matemática, todas necessárias à área de Saúde, deve ser uma tentativa para baixar as notas a Medicina”.
Nas Caldas da Rainha as expectativas saíram defraudadas. Os alunos da Escola Secundária Raul Proença consideraram que o teste, não sendo muito difícil, foi extenso de mais. As duas horas foram “insuficientes”. “Não tive tempo para fazer tudo”, relatou Sérgio Pereira. Diana Mendes, de 20 anos, deu o exemplo da pergunta n.º 7 – em que se tinha de elaborar um gráfico depois de achados os dados – que “era um bocado puxadinha”. Para Filipe Simões, de 20 anos, “devia haver tolerância de mais meia horinha, dava para organizar melhor as ideias”.
Em Lisboa, a ideia geral foi de que a segunda fase é um destino fatal. “A prova correu muito mal e a segunda parte, pessimamente”, frisou Paula Alves, que fez o exame na secundária Padre António Vieira. A falta de tempo e a questão 7, onde tinha de se calcular valores gráficos com a máquina calculadora, foram os problemas mais complicados de resolver. “Demorava-se muito tempo a chegar ao resultado, o tempo era curto”, lamentou Ana Faria, de 20 anos.

MANUAIS CERTIFICADOS
O Ministério da Educação (ME) vai acreditar sociedades científicas, universidades e especialistas para avaliarem os manuais escolares antes da sua comercialização. O Governo não terá assim de nomear comissões de peritos para certificarem previamente os livros – como consta da proposta de lei a ser votada esta semana no Parlamento. A medida agora avançada aproxima-se da solução encontrada pelos principais editores de manuais escolares, que divulgaram ontem um acordo com várias entidades especializadas, no sentido de certificarem os livros. Para o próximo ano lectivo estão em causa os manuais dos 4.º, 7.º e 12.º anos, já certificados.

EXAMES NACIONAIS
Mais de 66 mil alunos do 12.º estavam inscritos para as provas de Matemática. Os exames foram muito extensos. Os professores de Matemática criticam algumas das questões e temem maus resultados.
O ar descontraído à saída das salas mostrava que o primeiro exame nacional para os alunos dos cursos científico-humanísticos de Ciências e Tecnologia do 11.º ano correra bem. “Acessível e equilibrado” foram os adjectivos encontrados pelos estudantes para explicar a prova.
Ana Rita, de 16 anos e aluna da Escola Padre António Vieira, em Lisboa, considerou que no exame “saiu o que demos, mas houve muita coisa que estudámos e que acabou por não vir no teste”.
Para João Gonçalves, a prova “correu bem e estava equilibrada. O mais difícil foi a primeira parte”, disse. “Era acessível, mas estudei, o que facilitou”, disse Ana Filipa.
Um pequeno grupo juntou-se à entrada da escola para discutir possíveis soluções. Quando a professora Maria José Varela saiu, ‘atacaram-na’ com perguntas. E logo ali se aperceberam, pelas respostas da docente, de que os resultados poderão ser positivos.
A prova, disse a professora, “está dentro dos conteúdos dados ao longo do ano”. A professora de Física e Química A considerou que a prova “era bastante acessível, acho que um aluno que tenha estudado não teve muitas dificuldades”. Na sexta-feira há nova prova, desta feita de Biologia e Geologia.

INFORMAÇÃO EM TORNO DOS EXAMES DO SECUNDÁRIO E BÁSICO
MAIS 5600 FALTARAM
Na segunda-feira faltaram aos exames nacionais do Secundário mais de 5600 dos 25 667 inscritos. Às provas de Desenho e Geometria Descritiva faltaram 4652 (16 816 inscritos). Às cinco provas de Francês faltaram 544 alunos.

MAIS DE 60 MIL
Dos 3088 alunos que iriam testar conhecimentos a Alemão, 405 não compareceram à chamada. No total dos seis dias de exames nacionais do Secundário, que começaram a 19 de Junho faltaram às provas 62 773 alunos.

LATIM E ECONOMIA
Ontem também foi dia de exames a Latim e Latim A e de Introdução à Economia e Economia A. Alguns alunos ouvidos pelo ‘CM’ mostraram-se confiantes para a prova de Economia. “Se não der agora, temos a 2.ª fase, o que não é mau”, frisaram.

2ª FASE DO BÁSICO
Ontem cerca de 1400 alunos realizaram o exame de Língua Portuguesa do 9.º ano. A prova de Matemática da segunda fase realiza-se na sexta-feira e deverão comparecer os 1361 alunos que estavam inscritos mas falharam a primeira fase.

90 MIL NA SEXTA
Depois de amanhã, os exames do Secundário deverão ser realizados por mais de 90 mil alunos. As provas de Biologia e Geologia (26 mil inscritos) e de Psicologia (47 mil inscritos) são as que reúnem o maior número de estudantes.

700 A ESPANHOL
Na sexta-feira realizam-se os exames de Espanhol. Estão inscritos cerca de 700 alunos para quatro provas. A última língua estrangeira a exame é Grego, na segunda-feira. Deverão realizar o exame 22 alunos.

RESULTADOS DIA 13
Os exames nacionais do 12.º ano prolongam-se até dia 3, com mais de 176 mil alunos inscritos em 618 escolas secundárias de todo o País. Até ao final da primeira fase vão realizar-e exames a 36 disciplinas. Os resultados saem dia 13.

2ª FASE DIA 19
A candidatura ao Ensino Superior decorre entre 17 e 21 de Julho. A segunda fase dos exames do Secundário decorre entre 19 e 25 de Julho, iniciando-se com as provas de Português, A e B. As pautas serão afixadas em 4 de Agosto.


Ligações:
Proposta de correcção da prova 835 (Matemática Aplicada às Ciências Sociais)

Proposta de correcção da prova 435 e 635 (Matemática)
Proposta de correcção da prova 175 (Física e Química)
Proposta de correcção da prova 132 (Latim)


Um livro de autógrafos de todos os jogadores e seleccionadores das 32 equipas do Mundial está a ser leiloado na internet. As receitas revertem a favor da criação de seis novas Aldeias de Crianças SOS, numa campanha de angariação de fundos promovida por esta organização e pela FIFA. As licitações podem ser realizadas no sítio www.sos-childrensvillages.org, até às 23h59 do dia 9 de Julho.
"Os jogadores vêem todo o tipo de dificuldades durante as suas viagens à volta do mundo. O bem mais precioso que podemos oferecer a estas crianças é uma casa e uma boa educação", disse Franz Beckenbauer, director-geral do comité organizador do Mundial, na apresentação do livro.
Brasil, México, Nigéria, África do Sul, Ucrânia e Vietname são os países destinados a receber as novas aldeias, que darão um tecto a 800 crianças órfãs, abandonadas ou pertencentes a famílias de risco que não podem cuidar delas. Os donativos deverão ainda ajudar a criar novas escolas e centros sociais, que prestarão auxílio a 5000 crianças e mil famílias.

Ligações:
http://www.sos-childrensvillages.org

Tutela vai acreditar entidades para avaliar manuais escolares

O Ministério da Educação abrirá no próximo ano lectivo um concurso destinado a acreditar entidades como sociedades científicas e departamentos universitários para avaliarem os manuais escolares, antes da sua comercialização, anunciou esta terça-feira o secretário de Estado Adjunto.
Em declarações à agência Lusa, Jorge Pedreira explicou que «a ideia é que as entidades entreguem candidaturas para terem uma acreditação do Ministério que lhes permita avaliar os manuais, recebendo contrapartidas financeiras», cujo montante não está ainda calculado.
Com entidades acreditadas, a tutela já não terá de nomear comissões de peritos para procederem à certificação prévia dos livros, como prevê o novo regime jurídico dos manuais que será votado esta semana no Parlamento.
Para poderem receber uma acreditação, as entidades terão de cumprir vários requisitos, nomeadamente terem especialistas que possam avaliar o rigor científico, mas também professores dos anos de escolaridade a que se refere o manual que possam certificar a sua qualidade pedagógica.
Isso implica, por exemplo, que um departamento de uma determinada faculdade tenha de recrutar um docente do ensino básico ou secundário para poder participar no processo, explicou o secretário de Estado Adjunto da Educação.
«Vamos definir as regras e os requisitos para abrir o concurso no próximo ano lectivo porque nunca foi intenção do Ministério centralizar a avaliação. Temos abertura para atribuir a certificação prévia a outras entidades», adiantou.
A imposição de uma certificação dos livros escolares, antes do seu lançamento no mercado, merece, no entanto, a oposição dos principais editores, que acordaram com sociedades científicas e departamentos universitários a revisão científica dos manuais para o próximo ano lectivo, de forma a tornar dispensável a avaliação obrigatória por parte de comissões de peritos nomeados pela tutela.
Em conferência de imprensa, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) apresentou hoje um projecto de auto-regulação da qualidade dos manuais, que passa pela revisão científica e pedagógica dos livros por especialistas das diversas áreas disciplinares, um modelo que segue a recomendação do Conselho Nacional de Educação.
«Pelos vistos, a iniciativa legislativa do Governo foi suficiente para que os editores também tomassem uma iniciativa no sentido de melhorar a qualidade dos manuais, o que mostra que era necessário actuar neste sector», considerou Jorge Pedreira.
No entanto, o mesmo responsável adiantou que o Ministério da Educação não pretende prescindir do princípio da certificação prévia, uma vez que para assegurar a qualidade «não basta um selo que os editores tenham encomendado».
Assim, os livros terão de ser submetidos à avaliação de entidades acreditadas pela tutela, mesmo que tenham sido revistos cientificamente por especialistas.
O novo regime jurídico dos manuais, aprovado em Abril em Conselho de Ministros, deverá ser votado favoravelmente na quinta-feira, para começar a ser aplicado no ano lectivo 2007/2008.

Dez freguesias de Paredes vão deixar de ter escolas do ensino básico, as antigas primárias, e duas destas localidades perdem, também, os actuais jardins-de-infância. A decisão resulta da Carta Educativa concelhia que será hoje apresentada, em conferência de Imprensa, pela Câmara. Mas antes de o documento ter sido tornado público, há já críticas que prometem trazer dores de cabeça.
As alterações propostas pelo pelouro da Educação para a rede educativa de Paredes prevêem o encerramento de 62 estabelecimentos de ensino, mas, em contrapartida, serão construídos 16 novos estabelecimentos e feitas 13 remodelações e ampliações. Na maior parte dos casos, haverá uma concentração de alunos nos novos estabelecimentos .
O programa, no valor de 70 milhões de euros, é, segundo a autarquia social-democrata, o maior investimento sectorial realizado até hoje no concelho de Paredes.
Estas medidas, que têm por base uma projecção demográfica até 2016, irão permitir a concentração de recursos didácticos, materiais e humanos e, por outro lado, a disponibilização de valências educativas complementares, refere uma nota da assessoria de imprensa da Câmara de Paredes.
A intervenção proposta será acompanhada de compensações no âmbito do transporte escolar de alunos, com o objectivo de atenuar a existência de maiores distâncias entre a residência dos alunos e a escola, assegura aCâmara. Porém, a Carta Educativa não está a ser bem aceite por alguns presidentes de junta, indignados pelo facto de não terem sido ouvidos nesta decisão.

Ameaça de demissão
O caso paradigmático da polémica gerada pela Carta Educativa está em Parada de Todeia. Álvaro Pinto, presidente da Junta de Freguesia (o único eleito da CDU no concelho) ameaça fazer "uma guerra sem tréguas" contra a extinção da única escola básica da freguesia.
"Fizeram uma projecção para 2016 e tomaram por base os censos de 2001, mas a realidade de Parada de Todeia é outra e aqueles números estão errados. Temos uma população muito jovem e a única escola básica tem 93 alunos, com tendência a crescer. Por isso, fechá-la é um disparate", frisa.
A Carta Educativa prevê que os alunos do ensino básico de Parada de Todeia frequentem um novo estabelecimento de ensino, a ser construído em Baltar, mas Álvaro Pinto não se mostra convencido.
"Baltar é um centro mais urbano que este. Aqui, é a Junta que assegura transportes e toda a mobilidade necessária e a escola básica tem vindo a crescer em número de alunos, ao contrário de outras zonas, mais desertas. Por isso, lutarei até ao limite contra o encerramento da escola básica; e até já pensei em me demitir, se a decisão avançar, mas alguma coisa vamos fazer".
Agastado com a decisão, Álvaro Pinto lança um aviso "Vão ver quem é o povo de Parada de Todeia e podem contar, desde já, com a nossa resistência total a essa decisão".

O Instituto Superior Técnico (IST) lançou um site específico relativo ao Processo de Bolonha que estará em vigor a partir do próximo ano lectivo. Em www.bolonha.ist.eu estarão disponíveis informações acerca da reforma dos cursos do estabelecimento de ensino para se adequarem ao documento.
Em comunicado, o IST adianta que na página estarão informções sobre «a reforma de todas as suas formações de acordo com o Processo de Bolonha», de modo a que os novos e actuais alunos do estabelecimento possam perceber as transformações inerentes aos processo.
As reformas curriculares dos cursos actuais, assim como informações sobre os novos cursos a ser estruturados e as opções para os actuais alunos na altura da transição para o processo, as condições de ingresso e as opções para os novos alunos são algumas das informações disponíveis online.

Ligações:
http://www.bolonha.ist.eu

O Ministério da Educação já aprovou oito licenciaturas do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) ao abrigo do processo de Bolonha, que visa promover a igualdade de oportunidades no espaço europeu, foi hoje anunciado.
O anúncio foi feito pelo presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, Armando pires, durante uma conferência de imprensa para balanço dos primeiros três meses de exercício da actual direcção daquele estabelecimento de ensino.
Segundo Armando Pires, o Instituto Politécnico de Setúbal, que integra as Escolas Superiores de Educação, Tecnologia (Barreiro e Setúbal), Ciências Empresariais e Saúde, espera conseguir a aprovação das outras 22 licenciaturas até ao início do próximo ano lectivo de 2007/2008.
«Estamos a fazer um grande esforço de adequação dos nossos cursos ao processo de Bolonha», disse Armando Pires, salientando que a par das exigências legais que passam pela existência de uma «maioria de docentes doutorados ou especialistas» reconhecidos nas suas áreas de actividade, é igualmente necessário promover uma «mudança de mentalidades».
«O processo de Bolonha representa um novo modelo de educação baseado no desenvolvimento das capacidades e aquisição de competências dos alunos e não no modelo clássico de transmissão de conhecimentos», sublinhou Armando Pires.
Armando Pires salientou que a estratégia da actual direcção do IPS passa também pela captação de novos públicos, designadamente maiores de 23 anos, que procuram valorizar-se e certificar competências que entretanto adquiriram na vida profissional.
Com o objectivo de proporcionar melhores condições a docentes e alunos, o IPS pretende também avançar rapidamente para a construção das novas instalações da Escola Superior de Saúde, com um investimento estimado de 8,2 milhões de euros, a funcionar provisoriamente em instalações cedidas pela Escola de Ciências Empresariais.
«São duas escolas (Ciências Empresariais e Saúde) em crescimento e neste momento já existem algumas tensões devido à falta de espaço», disse Armando Pires, frisando ainda a necessidade de dotar a Escola Superior de Saúde de «espaços com características específicas que, naturalmente, não existem na Escola de Ciências Empresariais».
«É fundamental que a escola Superior de Saúde comece em 2007», referiu, reconhecendo, no entanto, que ainda não há verbas previstas para equipamento no Programa de Investimentos e Despesas de desenvolvimento da administração Central (PIDDAC).

Apenas três semanas é o prazo dado pela Nuclisol - Instituto Jean Piaget a cerca de 25 famílias para que arranjem uma escola e um espaço de ATL (actividades de tempos livres) alternativos para os seus filhos, devido ao encerramento da escola do 1.º ciclo no Bairro do Paraíso, em Vila Franca de Xira, propriedade da instituição.
A decisão apanhou de surpresa os encarregados de educação, aos quais foi pedido que renovassem - no princípio de Junho - a matrícula para o próximo ano lectivo. Agora, deparam-se com a falta de vagas em instituições onde possam colocar as crianças e as dificuldades resultantes das férias escolares.
«Houve o pagamento da matrícula e o anúncio do começo das aulas em Setembro, como normalmente, mas há duas semanas, por telefone, informaram os pais que a escola iria fechar por falta de condições e ordens da DREL (Direcção Regional de Ensino de Lisboa)», queixou-se uma das mães, que pediu o anonimato. Ao JN, diversos pais admitiram que terão de faltar ao trabalho a partir do momento em que as crianças ficarem em casa, por não existir resposta nas suas áreas de residência. Casos bem piores registam-se em algumas famílias de Samora Correia (Benavente) e Salvaterra de Magos.
O descontentamento levou já à realização de um abaixo-assinado (e à contratação de uma advogada), onde é exigida a manutenção da escola e uma indemnização aos pais, pelo que consideram ser «danos psicológicos causados às famílias e educandos». «Há crianças que irão ficar em casa porque não têm colocação em lado nenhum e outras que choram porque sabem que vão ficar sem os colegas e os professores», garantiu Manuela Cardoso, a magistrada representante da comissão de pais.
«Não tínhamos condições para manter em funcionamento umas instalações degradadas e os bombeiros não nos deram o auto de vistoria», justificou Manuela Marques, directora da Jean Piaget. Mas perante a evidência de se manter em funcionamento o pré-escolar, em salas com pior estado do que as que agora encerram, a responsável admitiu que em causa estão também razões económicas. «Se os pais pudessem suportar uma mensalidade de 300 euros, talvez se equacionasse a manutenção da escola. O Piaget é uma IPSS», admitiu. Sabe o JN que a DREL não aconselhou ao fecho do estabelecimento e que foi a própria instituição a informar dessa decisão.

Câmara não se pronuncia
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira cedeu à Nuclisol, em Dezembro passado, um terreno localizado no Casal do Malacieiro, destinado à construção das novas instalações para a instituição, com uma área total de 4492 metros quadrados. Com base no protocolo estabelecido - em Maio deste ano - a duração do direito de superfície é válida por 70 anos e renovável por períodos de 25 anos.
Todavia, perante a decisão de encerramento dos responsáveis da Nuclisol, e depois da insistência do JN, a autarquia socialista ainda não se pronunciou quanto ao incumprimento do acordo entre as duas entidades. Comportamento também adoptado em relação a um pedido de auxílio endereçado à autarquia pelos pais.
Já Manuela Marques, do Instituto Piaget, assumiu que «não houve condições para avançar com a construção das novas instalações porque a escritura só foi realizada recentemente». «Assim que tivermos possibilidades para construir, avançamos com o projecto. Mas os pais têm de entender que o Jean Piaget tem de ter viabilidade económica», concluiu a porta-voz da instituição.

Professores de Lisboa envoltos em polémica

A nova direcção do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) tomou ontem posse, num ambiente de polémica devido às suspeitas de irregularidades no processo eleitoral apresentadas pela lista derrotada, que decidiu avançar com queixa em tribunal.
"Vamos avançar com uma acção em tribunal para clarificar o que aconteceu, uma vez que foram detectadas várias irregularidades", disse à agência Lusa Manuel Pinto André, mandatário da lista B, que saiu derrotada nas eleições do maior sindicato de professores do país, ganhas pela lista A por uma escassa margem de 127 votos.
Apesar de ter conquistado a maioria dos boletins depositados em urna, a lista B acabou por perder as eleições de dia 6 devido aos votos por correspondência, cuja entrega afirma ter violado as normas.
Segundo a lista derrotada, presidida por Conceição Cuco, 366 dos 443 votos por correspondência foram entregues em mão, muitos por dirigentes da lista que acabou por sair vencedora, e 108 foram validados sem um documento com assinatura.
Depois de ter sido indeferido pela Mesa da Assembleia-Geral (MAG) o recurso com vista à anulação destes votos, a lista B pediu a convocação de uma assembleia-geral de sócios "para apurar a verdade sobre o processo eleitoral", mas a realização da reunião magna foi também negada, por ter sido feito o pedido fora do prazo.
"A lista B tinha um prazo de 24 horas após a nossa deliberação para pedir a convocação da assembleia-geral de sócios, mas não o cumpriu e, de acordo com os estatutos, não há mais nada a fazer. Agora, só o tribunal pode intervir", explicou à Lusa Ana Carita, presidente da MAG.
Todos os procedimentos eleitorais, incluindo os votos por correspondência, decorreram "à luz dos estatutos e do regulamento em vigor", adiantou a responsável, garantindo que o apuramento dos resultados foi feito "com inteira transparência e rigor".
Os candidatos da lista derrotada prometem, no entanto, não desistir, invocando ainda outras alegadas irregularidades, como a utilização de meios técnicos e financeiros do sindicato, afecto à Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em favor da lista A, liderada por António Avelãs, do Secretariado Nacional daquela federação.
"Utilizaremos todos os instrumentos ao nosso dispor para repor a verdade do acto eleitoral, pelo que iremos dar início a um processo de destituição dos corpos gerentes e simultaneamente a uma acção em tribunal", garantem em comunicado.

A Câmara de Oeiras deu parecer favorável ao encerramento da Escola Básica nº 2 Joaquim Moreira Rato, de Paço d’Arcos, uma decisão que os pais contestam, alegando que no estabelecimento de ensino para onde os alunos serão transferidos existem problemas de violência.
"A mudança daquela escola é um imperativo, não tenho dúvidas", disse o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, na reunião da Assembleia Municipal, onde foram rejeitadas recomendações da CDU e do Bloco de Esquerda para que a autarquia desse parecer desfavorável ao encerramento da escola.
O fecho da escola foi justificado pela Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) com a falta de condições do estabelecimento de ensino, cujos perto de 80 alunos serão transferidos para a Escola Básica Integrada 2+3 Joaquim de Barros, do mesmo agrupamento escolar. Para o presidente da Câmara Municipal, a Joaquim de Barros oferece melhores condições.
A associação de pais, que ao fim da tarde vai intervir na reunião da Assembleia Municipal, está contra o encerramento da escola e alega que a Joaquim de Barros tem problemas de violência.
Segundo um relatório do Instituto Ricardo Jorge, citado por Isaltino Morais, as condições exteriores e o refeitório da escola Joaquim Moreira Rato são insuficientes. "De facto, aquela escola é má e admito que também por culpa da Câmara Municipal de Oeiras, que poderia ter tido mais cuidado ao longo dos anos", disse o presidente da autarquia.
A associação de pais refuta os argumentos da DREL e do município e afirma que as crianças vão ser transferidas para um estabelecimento de ensino onde são frequentes roubos, agressões entre alunos e violência de estudantes contra auxiliares. "Na Moreira Rato, os nosso filhos estão em segurança. A Joaquim de Barros é uma escola muito problemática, com assaltos e agressões, onde inclusivamente uma auxiliar foi agredida e teve de receber tratamento hospitalar", disse Margarida Berger, da associação de pais.
Segundo a representante dos encarregados de educação, a escola Moreira Rato tem um refeitório onde são servidas cerca de 80 refeições diariamente, a sala das actividades de tempos livres tem uma biblioteca e os alunos utilizam o pavilhão do centro comunitário de Alto da Loba para praticar desporto.
Por outro lado, acusa Margarida Berger, o pavilhão desportivo da escola para onde serão transferidos os alunos não oferece condições, chegando a chover no seu interior. Para a responsável, que com dezenas de outros pais se deslocou à Assembleia Municipal, "todos os argumentos alegados para o fecho da escola são insuficientes".
Isaltino Morais afirmou na reunião que o edifício da Moreira Rato servirá, depois da realização de obras, para infantário e pré-escolar.
Segundo o autarca, a mudança dos alunos da Moreira Rato para a Joaquim de Barros pode acontecer já no próximo ano lectivo, se houver verbas disponíveis a tempo de se realizarem obras na segunda escola durante as férias.
A associação de pais está a ponderar acções de luta contra o fecho da escola Moreira Rato, mas escusou-se a avançar os contornos da contestação.

O Governo britânico vai duplicar o orçamento de uma iniciativa que pretende encorajar os alunos a irem para a escola de bicicleta, anunciou hoje o Ministério dos Transportes.
O projecto, que vai investir 45 milhões de euros em três anos, salienta a importância da segurança, com a criação de novas ciclovias que liguem as escolas e um plano de formação para as crianças.
“Se conseguirmos que as crianças se desloquem em bicicletas desde cedo, conseguiremos importantes progressos para a sua saúde, para o ambiente e para o tráfego”, disse o ministro dos Transportes, Douglas Alexander. O anúncio foi bem recebido pelas associações de ciclistas e suscitou o cepticismo da oposição.
Em Londres, menos de dois por cento de todas as deslocações são feitas com bicicleta. Em Amesterdão essa percentagem é de 28 por cento, em Copenhaga 20 por cento e em Munique doze por cento.

Manifestação frente a escola do Porto

Os professores da Escola Secundária Fontes Pereira de Melo concentram-se hoje, às 12 horas, frente ao estabelecimento de ensino, para protestarem contra a abertura da área de Ciência e Tecnologia (C&T) no liceu Clara de Resende, situado na mesma rua, a escassos 80 metros. A Fontes Pereira de Melo tem tradição no ensino de C&T e teme que a concorrência ao lado lhe roube os alunos.
Segundo fonte oficial da escola, nada de "pessoal" move os docentes da Fontes Pereira de Melo contra a escola vizinha. O problema é mais vasto. A duplicação da oferta numa mesma zona da área de C&T implica a aquisição de equipamento por parte da Clara de Resende. Além disso, esse novo equipamento irá impedir aquela escola de cumprir o objectivo do Ministério da Educação oferecer cursos profissionais em todas as escolas do Porto. Por falta de espaço e devido ao arranque da C&T, a Clara de Resende não poderá oferecer qualquer curso profissional.
Ontem, Alda Macedo, deputada do Bloco de Esquerda, visitou a Fontes Pereira de Melo e criticou o encerramento de um curso profissional na área da electrónica e telecomunicações.
O director regional adjunto de Educação do Norte, António Leite, refutou a acusação de promoção da desigualdade social nas escolas do Porto, feita pela deputada. António Leite explicou que o curso de electrónica e telecomunicações prossegue apenas para o 11º ano de escolaridade, podendo no futuro reabrir para o 10.º ano.

Alunos do ISAVE elegem associação

Os alunos do Instituto Superior de Saúde do Alto Ave elegem hoje o futuro presidente da Associação de Estudantes, na segunda volta das eleições. Na semana passada, a lista t, liderada por Bruno Ferreira, venceu o sufrágio, obtendo 169 votos. Em segundo lugar, ficou a lista i, encabeçada por Vasco Carvalho, que se recandidata ao cargo, com 156 votos. A lista c, de Aníbal Monteiro, conseguiu 129 votos. Dada a pequena diferença de votação entre as listas t e i, estes resultados implicam agora a realização de uma segunda volta, a ser disputada entre as duas candidaturas mais votadas, na passada quinta-feira.
Em fim de campanha e durante um debate com as três candidaturas, Vasco Carvalho, de Radiologia, apontou a experiência como principal trunfo da sua lista. "A minha candidatura baseia-se na experiência que adquiri no mandato anterior e baseia-se nas pessoas". Bruno Ferreira, de Prótese Dentária, prometeu trabalho. "Estamos cá para trabalhar, temos pessoas na lista que já deram mostras de responsabilidade e de trabalho e que estão motivadas para lutar pelos direitos dos alunos do ISAVE".
O tema das propinas também foi abordado. Vasco Carvalho pediu moderação. "Não defendo extremismos, nem ir para a greve, porque isso pode ser muito mau para a imagem do ISAVE que somos nós". Bruno Ferreira referiu que "se o aumento é feito é porque é necessário e se é para termos melhores condições, concordo com ele".

As provas de Desenho e Geometria Descritiva (A e B) foram consideradas fáceis por alunos e professores. O mesmo aconteceu em relação ao exame de Alemão – o mais complicado foi a interpretação e a composição.
O exame de Desenho e Geometria Descritiva foi considerado fácil pela generalidade dos 45 alunos da Escola Poeta António Aleixo (Portimão) que realizaram a prova. “Correu bem. Só achei difícil um exercício”, confessou Vânia Pereira. Inês Glória foi mais taxativa: “Não senti grandes dificuldades em relação a qualquer questão.” Segundo os estudantes, os exercícios eram muito trabalhosos, mas não apresentavam grandes dificuldades de entendimento.

INFORMAÇÃO EM TORNO DOS EXAMES DO SECUNDÁRIO
ONZE EXAMES
O dia de ontem foi aquele em que se realizou o maior número diferente de provas – onze. Em Alemão, foram realizadas quatro provas, mais duas a Desenho e Geometria Descritiva e cinco de Francês. Havia cerca de 26 mil inscritos.

ALEMÃO "BÁSICO"
O CM ouviu alunos que realizaram o exame de Alemão na José Gomes Ferreira, em Lisboa. Todos consideraram a prova fácil e acessível, apesar de várias perguntas de interpretação. O mais complicado foi a composição.

PROVA EQUILIBRADA
A Associação de Professores de Geometria Descritiva e Desenho considera que a prova B (409) é “equilibrada, criteriosa e adequada às circunstâncias. A formulação das questões é clara, concisa e rigorosa”.

QUEIXA DE QUÍMICA
Alguns alunos da Escola Michel Giacometti (Quinta do Conde) queixam-se que a matéria do exame de Química (programa novo) não foi aquela que foi dada ao longo do ano. Os estudantes ponderam expor o caso ao Ministério da Educação.

MATEMÁTICA HOJE
A partir das 09h00, mais de 66 mil alunos começam as provas de Matemática do 12.º. À mesma hora, entram nas salas de aula 27 mil alunos, inscritos para Física e Química A, 1191 para Latim e 5400 para Matemática Aplicada.

UM TERÇO FALTOU
15 426 dos 48 019 alunos inscritos para os exames de sexta-feira faltaram às provas. Em Química, foram 12 741 os que se ‘baldaram’ aos exames (havia 36 692 inscritos). No total, na primeira semana de exames, faltaram 57 172 alunos.

30% DA NOTA
A classificação no exame nacional vale 30 por cento da nota final da disciplina e entre 35 a 50 por cento para a nota de candidatura ao Superior. A 2.ª fase de exames decorre entre 19 e 25 de Julho. As pautas da 1.ª fase saem no dia 13.

REGRESSO NA SEXTA
Os alunos voltam às escolas só na sexta-feira para a realização das provas de Biologia e Geologia, Geometria Descritiva A, Psicologia, Espanhol, Geografia e Geografia A e Literatura Portuguesa. A 1.ª fase termina na segunda-feira.

Proibicionismo de drogas inspira debate

O Grupo Temático das Dependências da Rede Social promove, em Paços de Ferreira, na próxima quinta-feira, pelas 21 horas, no auditório da Biblioteca Municipal professor Vieira Dinis, um debate sobre "Drogas entre o proibicionismo e o anti-proibicionismo"
A acção, aberto a pais, professores e público em geral, contará com as presenças de Freitas Gomes, médico psiquiatra, e Luís Fernandes, professor universitário, dois oradores convidados com vasto currículo na área. Freitas Gomes é também director de uma Comunidade Terapêutica e Luís Fernandes é professor auxiliar na Faculdade de Psicologia do Porto e Investigador e Consultor no âmbito das drogas e comportamentos desviantes.
A iniciativa tem por objectivo assinalar o Dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico de Drogas Ilícitas, que se comemora hoje. A acção, organizada, para todos, no âmbito do Plano de Acção da Rede Social para 2006,poderá interessar sobretudo a pais, professores e a jovens.

Exames nacionais do 12.º ano Proposta de correcção de Geometria Descritiva A - Prova 408 1.ª Fase - 26/6/2006






I-1) A recta "r" é fronto-horizontal e escolhemos nela um ponto P, qualquer, para por ela passarmos uma recta "p" perpendicular ao plano obliquo a. O plano obliquo a é um qualquer dos muitos que estão nessa posição e portanto paralelos uns aos outros, uma vez que não foi feita nenhuma referência a nenhum plano em especial. De seguida escolhemos na recta "p" um ponto Q, qualquer, bastante afastado do ponto P, para dar espaço ao traçado. Consideramos então um plano horizontal n da cota da recta "r" e de encontro a ele rebatemos o plano de rampa definido pela fronto-horizontal "r" e pela perpendicular ao plano oblíquo a rodando-o em torno da recta "r" e "puxando-o" pelo ponto Q. O ângulo encontrado entre as duas rectas "p" e "r" é complementar do ângulo pedido.

I-2) É pedido um cubo com faces frontais, as quais se projectam em verdadeira grandeza no plano frontal de projecção. As arestas perpendiculares a essas faces são de topo e projectam-se em verdadeira grandeza na projecção horizontal. Para fazer a sombra projectada do cubo aproveitamos o facto de duas faces estarem paralelas ao plano frontal de projecção e fizemos a sombra dos vértices A e E no plano frontal de projecção. Por esses pontos fizemos a sombra do quadrado com os lados paralelos, cada um a cada um. Assim evitámos o traçado de muitos raios de luz, e porque o contorno da sombra projectada é a sombra da linha separatriz, por aí analisámos a sombra própria e concluímos que das faces em sombra só é visível a face [ADHE].

II-1) Este prisma hexagonal era simples mas bastante trabalhoso. Optámos por rebater o plano de rampa, da base superior, de encontro ao plano lateral de projecção. Os diedros que os planos de rampa fazem com o plano horizontal de projecção vêem-se na projecção lateral. Aconselha-se o ordenamento dos vértices num esboço de rascunho para que as letras fiquem bem ordenadas. As invisibilidades são simples pois a base superior é visivel nas projecções frontal e horizontal.

II-2) Numa dimetria há dois eixos com um coeficiente de redução igual. Neste caso eram os eixos X e Z. Optámos por rebater o plano horizontal XY e desenhar o pentágono logo no plano da base das pirâmides. Para a construção do pentágono utilizámos o método do tranferidor dividindo a circunferência em cinco ângulos de 72º. Para a marcação das cotas medimos no eixo do X e transferimos para o eixo Z uma vez que o coeficiente de redução é semelhante.

Comentário

A prova tem um grau de dificuldade razoável. O primeiro problema é para quem sabe. O segundo é para todos. O terceiro, como já disse, era simples mas trabalhoso. O quarto era de exigência normal. A prova era boa e selectiva como é de esperar de uma prova de ingresso.

Exames Nacionais: 1 em cada 3 alunos faltou na sexta-feira

Mais de 15 mil alunos faltaram sexta-feira aos exames nacionais do 12º ano a Introdução ao Direito, Química e Inglês, quase um terço do total de 48.019 inscritos, segundo dados do Júri Nacional de Exames.
Dos 15.426 estudantes que não compareceram ao quinto dia de provas, 12.741 faltaram aos dois exames de Química (relativos ao programa novo e ao programa antigo), os que registaram o maior número de ausências na sexta-feira.
Às cinco provas de Inglês faltaram 1.237 alunos, 27 por cento dos inscritos, enquanto que dos 6.739 que iriam testar conhecimentos a Introdução ao Direito, 1.448 não compareceram à chamada.
No total, faltaram à primeira semana de exames nacionais do ensino secundário 57.172 alunos. Hoje realizaram-se as provas de Desenho e Geometria Descritiva A e B, Alemão e Francês.

A deputada do Bloco de Esquerda Alda Macedo acusou hoje a ministra da Educação de "incongruência", ao afirmar-se preocupada com a desigualdade entre escolas quando a promove com o seu desenho de rede escolar.
No final de uma visita à Escola Secundária Fontes Pereira de Melo, no Porto, a deputada afirmou que "o processo em curso nesta escola demonstra a falta de orientação estratégica do Ministério da Educação no que tem a ver com a perspectiva global da rede escolar e as orientações para as várias direcções regionais de educação".
Em causa, explicou, está o encerramento na Fontes Pereira de Melo de um curso profissional na área da electrónica e telecomunicações, quando esta é uma área "indicada pelo Governo como de grande interesse na formação científica e tecnológica". "Não faz qualquer sentido quando a escola tem feito, nesta área, uma série de protocolos com universidades e se tem candidatado a vários projectos", sustentou, considerando o encerramento do curso como "perfeitamente irracional e um desperdício de recursos e de experiência dos profissionais".
Sendo este um de vários cursos na área de prosseguimento de estudos a nível das ciências e tecnologias, Alda Macedo denunciou o facto de, na escola vizinha Clara de Resende, ter aberto pela primeira vez um curso com a mesma vocação de prosseguimento de estudos e precisamente nesta área de estudos.
Para a deputada, "tudo indica tratar-se de um projecto a longo prazo", que já aconteceu "entre outras escolas" do país, de "produção de diferenciação social a partir da diferenciação de cursos".
"Este desenho da rede escolar permite antever que a Fontes Pereira de Melo será vista com uma escola só vocacionada para a área tecnológica e para cursos de especialização tecnológica" e a Clara de Resende como uma escola com cursos essencialmente virados "para o prosseguimento de estudos", sustentou.
Para Alda Macedo, esta é "uma política errada", porque "leva à diferenciação social entre escolas".

As duas centenas de professores de Português das 67 escolas portuguesas dos Estados Unidos queixam-se de "abandono" por parte do Governo português e lamentam a falta de um coordenador de ensino.
A acusação é feita por João Coelho, director da escola Portuguese United for Education, de New Bedford, no estado do Massachusetts. "Somos como uns filhos órfãos que andamos à deriva e só sobrevivemos porque nos ajudamos uns aos outros conforme podemos", disse, lamentando o facto de não haver um coordenador de ensino de Português nos Estados Unidos.
A coordenação de ensino foi criada no final da década de 1970 com o objectivo de dar apoio pedagógico aos professores e às escolas e ser o elo de ligação com o Ministério da Educação e as entidades oficiais em Portugal.
Contudo, em Novembro de 2005, o Ministério da Educação exonerou a conselheira para os Assuntos do Ensino do Português, Graça Castanho, devido à necessidade de se proceder a uma reformulação do sistema de coordenação do ensino nos Estados Unidos.
Desde então, os cerca de 3150 alunos das 67 escolas comunitárias portuguesas nos Estados Unidos estão sem qualquer coordenação, segundo João Coelho.
"O deixar correr, o não fazer nada, o ignorar, é como Lisboa estar a dizer-nos na cara que nós somos filhos de segunda categoria, que não temos os mesmos direitos e as mesmas necessidades dos outros portugueses que vivem na Europa", acusou João Coelho.
Nos Estados Unidos - ao contrário do que se passa na Europa e na África do Sul, onde os professores são colocados pelo Ministério da Educação -, são as escolas comunitárias (propriedade de clubes, igrejas e associações) que organizam o ano lectivo e contratam os professores.
Para Judite Fernandes, directora da escola Infante D. Henrique, de Mount Vernon, em Nova Iorque, a falta de coordenador e de apoios não é surpresa. "Já nos habituámos a sobreviver sem o apoio de Portugal, pois somos nós que contratamos professores, compramos livros e materiais escolares", disse à Lusa.
"Mesmo assim, custa a aceitar este abandono completo, pois os pais pedem diplomas para os filhos quando completam os cursos e nós nem temos sequer uma autoridade que os possa assinar de modo a conferir-lhes uma validade, ainda que simbólica", admitiu.
Judite Fernandes considera também injusto "Portugal investir milhões de euros anualmente no ensino do Português na Europa e não gastar nem um euro nos Estados Unidos, onde reside uma das maiores comunidades portuguesas no exterior".
A directora garante ainda que as comunidades não reivindicam apoios financeiros, mas sobretudo "colocação de professores habilitados, apoio pedagógico e materiais didácticos adequados".
"É irónico verificar que é o Governo Regional dos Açores, que não tem responsabilidades nas questões do ensino de português no estrangeiro, quem mais apoia estas escolas com materiais e fundos", acrescentou.
O presidente da secção local do Conselho das Comunidades, Diniz Borges, aponta o dedo "à falta de uma política do ensino de Português no estrangeiro". "O Governo não tem investido no ensino da língua portuguesa nos Estados Unidos. Aliás, não existe em Portugal uma política concreta para o ensino da língua portuguesa nos Estados Unidos, que vai sobrevivendo graças ao esforço dos professores e das associações", afirmou.

Alunas seniores terminam ano escolar em Viana

A mais velha das nove alunas de um curso de educação de adultos que terminou no final deste ano lectivo, em Alvarães, Viana do Castelo, concretizou, aos 67 anos, o sonho antigo de aprender a escrever o seu nome. Luzia Alves - que trabalhou sempre na lavoura e é mãe de dez filhos - nunca se tinha sentado num banco de escola, pelo que foi "muito difícil" aprender a escrever o nome.
"Ainda tenho receio de me enganar, mas já vai indo", refere, sublinhando que um dos seus sonhos é um dia ter um bilhete de identidade onde o actual "Não sabe assinar" seja substituído pela letras do seu nome, escritas pelo seu próprio punho. Daqui em diante, Luzia Alves nunca mais será obrigada a "pôr o dedo" sempre que a sua assinatura for necessária. Diz, com orgulho, que também já sabe ler a palavra "pai" e refere que gostaria muito que os cursos continuassem, porque o seu maior desejo é, agora, "ler como deve ser".
Em contrapartida, com apenas 31 anos, Ângela Lima foi a mais nova do grupo, confessando, hoje, estar arrependida de, no seu tempo, não ter ligado nada à escola.
O curso de alfabetização de adultos que decorreu em Alvarães, na sede da Junta de Freguesia, foi frequentado por nove mulheres, todas beneficiárias do Rendimento Social de Inserção, três das quais vão ter direito a um diploma que lhe confere equivalência ao 4º ano de escolaridade.
Fruto da colaboração de técnicas dos ministérios da Saúde e da Segurança Social, as alunas tiveram "aulas" sobre alimentação e obesidade, divórcio e separação, planeamento familiar, higiene habitacional e geral, competências parentais, controlo orçamental e relação entre a escola e a família.
Além disso, houve ainda tempo para várias "visitas de estudo", nomeadamente à Citânia de Santa Luzia, ao castelo de Santiago da Barra, ao horto municipal e até a um shopping. Hoje, haverá um almoço "de fim de curso", uma ocasião para reviver as peripécias de todo um ano nos bancos de escola.

Estudantes mostram máquinas voadoras

Um total de 45 engenhos tentaram voar ontem à tarde na Covilhã, no pavilhão Expolan, no âmbito de um concurso aberto a estudantes de Engenharia da Universidade da Beira Interior (UBI).
Uns com melhor sorte do que outros, todos foram projectados na disciplina de Desenho Técnico II, leccionada pelo professor João Monteiro. Os alunos são avaliados através do projecto, concebido por computador. «A construção dos aviões e dos overcrafts não é obrigatória, só o sugeri porque me pareceu interessante passar das ideias à prática», explica o docente. Os estudantes aceitaram o desafio e assim surgiu o concurso - organizado pelo Departamento de Electromecânica da UBI e destinado a alunos das engenharias Electromecânica, Mecânica, Electrotécnica, Têxtil, Produção e Gestão Industrial, Aeronáutica e Design Industrial, todos os que partilham a disciplina de Desenho Técnico II.
Apesar de anunciados prémios para os mais bem classificados, a maioria dos participantes parecia não se interessar muito por isso. Bárbara Pereira, caloira de Engenharia Aeronáutica, estava mais preocupada com a descolagem do seu avião de guerra 'Spitfire'. «Trocámos algumas peças para favorecer a estabilidade e agora acho que já não há problemas», referiu.
O entusiasmo partiu do professor, que há anos se dedica ao modelismo. Actividade que o fez acumular componentes que agora disponibilizou para os alunos. «O objectivo é motivá-los para a disciplina e o curso», concluiu João Monteiro.

O ano de todas as mudanças na Educação

Pedro Sousa Tavares e Maria João Caetano
Oano lectivo 2005/2006, que ontem terminou, foi seguramente um dos mais agitados da história da Educação em Portugal. Não só pelo volume de medidas como pela forma, quase sempre agitada, com que se deu o relacionamento entre o Ministério da Educação e os seus parceiros sociais. Se foi um ano positivo ou não, é sobretudo uma questão de pontos de vista, já que o essencial dos resultados só agora começará a ser conhecido.
As crónicas taxas de insucesso dos estudantes portugueses, com a Matemática como símbolo máximo, têm sido o principal argumento para as medidas adoptadas pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
O 1.º ciclo, onde tudo começa, concentrou grande parte das atenções do ministério. O encerramento, no final deste ano lectivo , de pelo menos 1500 "escolas do insucesso" será sempre um marco, até pelo simbolismo destes espaços para as comunidades em que se inserem.
Mas houve outras medidas assinaláveis: o Inglês nos 3.º e 4.º anos, apesar de na prática só ter chegado a um quarto das escolas, foi uma vitória. Sobretudo porque abre caminho ao objectivo da "escola a tempo inteiro", com actividades extracurriculares como a Música e o Estudo Acompanhado até às 17.30.
Nos outros ciclos são também muitas as novidades. Ao abrigo da iniciativa "Novas Oportunidades" surgiu a promessa de, até 2010, se canalizarem 650 mil jovens para cursos profissionais, capazes de oferecer uma alternativa à do ensino superior e uma arma contra as epidémicas taxas de abandono.
Surgiram também os planos de recuperação do ensino básico, com os alunos problemáticos a serem acompanhados a partir do segundo trimestre. Lançaram-se aulas de substituição para evitar os furos nos tempos lectivos. Medidas bem aceites pela opinião pública, mas cuja eficácia está ainda por verificar.
É entre os professores - pelo menos nos seus representantes - que o ministério tem encontrado mais resistência. Colocações a três anos e mudanças no estatuto da carreira, que afectam os graus e a forma de avaliação e progressão dos docentes, contribuíram para este mal-estar. Mas foi sobretudo devido ao diálogo difícil entre as partes que a situação atingiu contornos quase inimagináveis.
"Nós resumimos este ano lectivo numa frase: era excelente para a educação que não tivesse existido", diz António Avelãs, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). "Não se resolveram os problemas estruturais da educação (o mais grave é o insucesso dos alunos) e tomaram-se medidas que desmotivaram e agrediram os actores principais do processo, os professores."
"O mais negativo foi mesmo estas mudanças terem sido implementadas sem a colaboração das pessoas que as iam concretizar de facto", explica João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação. "Ninguém está em desacordo com uma língua estrangeira no primeiro ciclo, uma escola que funciona a tempo inteiro com actividades extracurriculares, ou que a ausência eventual de um professor possa ser colmatada com uma aula de substituição."
Os pais, apontados como grandes aliados do ministério, elogiam algumas medidas, como "o enriquecimento curricular" do 1.º ciclo", mas também têm reticências: "Este ano lectivo foram estabelecidas algumas medidas positivas", admite António Castela, da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais. "Mas estão muito aquém daquilo que seria necessário. Se tivéssemos que dar uma nota ao Governo seria Insuficiente, não chegaria a positivo".

Última aula para toda a aldeia em Mogadouro

Foi com nostalgia que a população de São Martinho do Peso, no concelho de Mogadouro, assistiu, ontem, "à última aula" leccionada nas quatro escolas da freguesia. Os habitantes juntaram-se numa espécie de reunião colectiva, para se despedirem dos seus estabelecimentos de ensino, que ao longo de algumas gerações encheram de vida as quatro aldeias que integram aquela freguesia.
"Ao assistir ao encerramento da escola fica um sentimento de tristeza. No meu tempo eramos 42 alunos, agora a escola foi obrigada a fechar por não ter crianças", diz José Felgueiras, de 65 anos.
Já Cláudia Teixeira, uma menina que frequentava a escola de Valcerto, uma aldeia anexa de São Martinho do Peso, disse ao JN "Com o encerramento da escola, tenho de me deslocar todos os dias para Mogadouro e na minha aldeia sentia-me melhor, já que estava perto da minha família".
Segundo Vítor Coelho, presidente da Junta de Freguesia local, esta cerimónia de enceramento das escolas da freguesia gerou sentimentos diversos, em que não faltou uma lágrima ou outra no rosto das pessoas. Outro dos objectivos da iniciativa foi não deixar fechar a escola vazia e por isso se convidou toda a população para a despedida.
"Apesar do encerramento das escolas, é preciso provar às pessoas da aldeia que a freguesia tem de continuar viva", defende o autarca. De acordo com Gorete Fernandes, professora do 1.º Ciclo, o mais importante é que as condições para as crianças melhorem.
As escolas de São Martinho tinham uma ou duas crianças por sala. Mogadouro é o concelho do distrito onde mais escolas do 1.º Ciclo encerram de um total de 25, apenas duas ficam em funcionamento. No distrito de Bragança fecham a porta este ano 325 escolas do 1.º Ciclo. Francisco Pinto

Professora
"É inevitável o fecho das escolas. Só tinha uma aluna do quarto ano, e só entrava mais um aluno no próximo ano lectivo. Era bom que abrissem escola em vez de as encerrarem, mas em muitos casos a situação não se pode alterar, porque não há crianças."

Aluna
"Fico triste porque a minha escola vai fechar. Andei aqui quatro anos, mas no último só já era eu, não tinha com quem brincar e tinha de me divertir com o computador que há na sala de aulas."

Livro questiona sistema de Ensino

Educação ou armadilha pedagógica? Uma interogação bem sugestiva, que deixa em aberto o debate sobre o sistema de Ensino, ao qual Manuel Madaleno aponta deficiências, num livro apresentado em Cantanhede.
Natural de Febres, Manuel Madaleno é diplomado em Ciências da Educação pela Universidade francesa de Lille e ex-responsável pelo Ensino do Português em vários consulados de França. Em Portugal, foi orientador pedagógico do Ensino Básico Mediatizado.
Na sua obra, Manuel Madaleno escreveu que, "em Portugal, nos últimos 30 anos, não tem existido, objectivamente, avaliação da função docente", num capítulo dedicado a este tema bem actual. Considera que esta "é uma questão de grande sensibilidade" e "por isso ninguém se atreveu a enfrentá-la com a coragem política necessária". Portugal é "o único país europeu onde não existe, de facto, qualquer avaliação do desempenho docente", considera o autor, que também aponta o dedo aos docentes. Muitos deles a leccionarem matérias, como "a iniciação à leitura e à escrita", quando "foram especificamente preparados para outras áreas do Ensino".
Manuel Madaleno considera que "o sistema educativo malbarata as potencialidades dos seus alunos, permitindo a muitos que atinjam a licenciatura em estado primitivo de conhecimento". Uma questão que se torna "ainda mais grave" quando "esses licenciados se destinam à docência".
Na sua intervenção na apresentação do livro, o autor, a dado trecho, considerou que "os professores estão subordinados a toda a gente, mas os alunos não estão subordinados a ninguém e são insubordinados". Ao desmontar e analisar o sistema de ensino, o livro é polémico, mas directo na abordagem da problemática da educação. Em jeito de conclusão, considera que "é um dever de cidadania recusarmo-nos assistir à transformação do país no reino, por excelência, do mais funcional iletrismo".


Search

Sugestão

Calendário


Internacional

eXTReMe Tracker BloGalaxia

Powered by Blogger


Which Muskehound are you?
>

XML